04/05/2007

Poluição Musical

As "intoxicações musicais" são um problema de saúde pública cada vez mais frequente, e que se alastra às zonas rurais.
Porque é que eu hei de ser obrigado a consumir música quando vou ao super mercado, a um restaurante ou ando de transportes públicos?
Devia existir legislação que erradicasse a poluição musical dos espaços públicos, pois a quantidade de música má que invade estes espaços é um autêntico atentado aos direitos, liberdades e garantias do cidadão. E é possível forçar a assembleia a legislar, à semelhança de outros países.

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Sei que já existe uma associação na Holanda que anda a trabalhar no sentido de apresentar uma proposta de lei ao Parlamento Europeu mas ainda não a consegui descobrir. Gostava de me associar também.

33 comentários:

António Pires disse...

Olá Rui,

E os centros comerciais? E os táxis? E os comboios?... Pois, se não me engano, a «culpa» é do Empire State Building que, quando foi inaugurado, mostrou como novidade música nos elevadores, nos halls, nos corredores. O muzak... Teve, no meio de milhões de coisas más, uma coisa boa: a influência, muitas dezenas de anos depois, sobre o Brian Eno. Acho eu, também.

Abraços (com chumaços de algodão e tampões nos ouvidos)

Rui Rebelo disse...

parece que quem começou foi a "Muzak Holdings LLC". Nos anos 30. Daí o termo.

retribuo os abraços, os chumaços e os tampões.

Anónimo disse...

Então foi ESSA a associação da qual estavas a falar no post de 11 de Abril (da qual faz parte a Judith Herzberg). Percebi mal (veja o meu comentário no post de 16 de Abril). Percebi que era uma associação contra a música no ar livre, etc. (tique de músico de rua, já achei muito estranha a participação de Judith Herzberg...).
Pronto, está esclarecido. Sim, aquela "música" em centros comerciais e também hotéis de luxo tem um efeito paralisante, deve ser essa a intenção....

Anónimo disse...

Já no séc XVII ou XVIII os Campos Elísios eram animados com música ambiente proveniente de harpas eólicas (sim, o nome é auto-explicativo, harpas tocadas pelo vento). O problemas é termos de viver juntos. Como diz o Mediero nas Férias Grandes com Salazar "o inferno são os outros". A mim até a moda dos espanta-espíritos nas varandas me enerva. Claro que se o espanta-espíritos e a varanda forem meus, o caso muda figura. Estamos entendidos?

P.S.: Os "muitos quilómetros" são um suspiro de quem já tem saudades de passar uma semana seguida na Alameda e de tomar um pequeno almoço domingueiro com os livros que comprou este mês e ainda mal começou a ler. O "gostamos de cá estar" é um sorriso para este país que improvávelmente ainda vai conseguindo cativar-me com a sua simpatia. Quando funciona é dos melhores sítios para se viver. Há dúvidas?

Anónimo disse...

Realmente, o muzak é uma praga... Agora modernizada pelos pseudo-louges que pululam por aí...
Um abraco,
Renato

Anónimo disse...

Olá laureado,

Já leste os meus comentários ao teu post aqui em baixo!?
Um dia com muita animação, com Fragateiro a chegar directamente de carrinha de Espanha (a negociar "A Filha Rebelde", parece) e a dizer "O que é isto!?" quando nos viu (o elenco) sentado no chão no Salão Nobre.
Resultado (da reunião com Carretas e Sena): já recebemos ordenado (pelo menos alguns) e na próxima quarta feira temos reunião sobre a digressão na Politécnica.
O.K., isto não é assunto para o blogue, mas tão divertido, também por causa da reacção do Rui (de alguma compreensão pela situação, compreensão que eu não partilho, estamos a falar do Teatro Nacional, caramba!...).
Hasta luego, compañero!

Anónimo disse...

Também quero!
Também me quero associar.
Concordo que tem que haver liberdade e espaço para todas as músicas.
Mas também imagino a indignação que provocaria na maior parte das pessoas, se o Continente ou o elevador das Amoreiras resolvessem presentear os seus clientes, com uma selecção musical de qualidade que incluísse Stockhausen, Schoenberg ou Risset...já estou mesmo a ver: gritos, insultos juras de nunca mais comprar nada nos ditos estabelecimentos comerciais.
Temos que coabitar com todos os géneros, pois claro, não só com a "pimbalhisse".

ps: não é que eu queira ouvir Stockhausen ou qualquer um dos outros no supermercado, é só um exemplo. O ideal é ouvir coisa nenhuma nesse tipo de lugares.

T disse...

Direito ao silêncio! Isso sim!
A música é pessoal e intransmissível!

Tinta Azul disse...

A mim o que mais me irrita são algumas pessoas dentro dos seus automóveis, com a música aos berros, e a janelinha aberta para que todos possam ouvir as suas (que quase nunca são as minhas) preferências musicais.GRRRRR

(Obrigada pelo comentário às minhas fotografias...é que eu nada sei de fotografia, apenas gosto e me dá prazer...tal como a música, que é a coisa que gosto mais a seguir às pessoas. A algumas, evidentemente. :)

GRINGA SEMPRE disse...

Preciso do silêncio para tocar as almas...mais do que certa musica para as atrair! ;)))

Anónimo disse...

bom, estou a ver que temos mais apoiantes na luta contra a poluiçäo sonora (näo encontro o til neste teclado español que apenas tem o til juntamente com un n)

redonda disse...

Eu sou contra a música dos telefones quando nos deixam pendurados à espera!!

Anónimo disse...

começam a irritar-me também os sites onde a música dispara assim que os abrimos e depois nem um botãozinho de “pause” existe. Toda a gente sabe carregar no “play” se quiser ouvir a música.
O visionamento (apenas visual) da Internet é selectivo, ou seja: vemos e lemos apenas o que queremos. Já a escuta sonora é absoluta: ou ouvimos tudo ou não ouvimos nada.
Eu gostaria de poder escolher o que oiço.

Paulo Bastos disse...

Os almoços com aquelas músicas de plástico por baixo - muito mau mesmo é quando são aquelas versões de adagios Albinoneiros tocadas em flautas de pan! - provocam-me frequentemente problemas na digestão. Mas o que mais me espanta é que há quem goste...!

Anónimo disse...

É verdade, caro pb, aquele Adagio é um clássico entre as anestesias sonoras não solicitadas, um tipo de curare músical, paralisa mesmo, só que (infelizmente) não perdemos a consciência, e temos de aguentar todas as breves e semi-breves até ao fim....
Efeito colateral é que também já não suporto as bandas de rua com flautas de pan (ainda por cima amplificadas, isto sim devia ser proibido!), e tudo o negócio artesanal em volta disso.
Um efeito psicológico que objectivamente não tem razão de ser...

isabel mendes ferreira disse...

:)))))))))))))))))))))))))))))


_____________________

gostei!!!!!!!!!!!!!

olá bom gosto!



beijo.

Anónimo disse...

Pois é por todo o lado, agora até nos atendedores automáticos dos telefones, realmente é demais.Também me associava.

papagueno disse...

É um dos meus maiores martírios. Onde é que eu assino?
Olá, obrigado pela visita ao meu Bairro, Um abraço.

Gi disse...

Hummmm...

Nunca tinha pensado no assunto :)
Gosto do silêncio mas consigo abstraír-me com relativa facilidade. Com tantas proibições qualquer dia não será de perguntar: Onde andas liberdade? :)

Se todos gostassem do que nós gostamos não seria tudo demasiado monocromático? Porque deverão ser todos feitos à nossa imagem? Não somos deuses ...

Isto são mais dúvidas do que afirmações, não tenho por hábito fazer leituras sem ver os dois lados da questão. A assinatura vai ter que esperar :)

Noite feiz e um beijinho soprado em notas de música suave (a gosto e com botão para desligar quando apetecer :) )

Susana Serrano Pahlk disse...

Se quiserem mais uma assinatura podem contar comigo!

Nómada disse...

Ponham lá mais uma assinatura:a minha!!!
Abaixo a música "rstreptum!rstrptum!!!!!!!!!!tummmmmmm!!!

PS. Quanto aos bimbos com música aos berros nos auto-tunings defendo que lhes seja aplicada uma excepção à abolição da pena de morte!

Anónimo disse...

eu votarei a favor tb. ás vezes, é insuportável.

Sand disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
avelaneiraflorida disse...

E os vizinhos de bairro que partilham connosco COMPULSIVAMENTE os seus "gostos" musicais?????

E não se pode "EXTERMINÁ-LOS"????

Ka disse...

Bom dia,

Tem toda a razão pois é uma questão de respeito pelo próximo.

Para mim a música é essencial na minha vida mas tenho a noção que é para mim... e não tenho que obrigar os oturos a ouvir a que eu gosto.

PS - MAs também gosot dos meus momentos de silêncio :)

maria inês disse...

e na praia???

eu relaxo (quando me deixam) imenso com o som do mar!

**:*******

Jorge Oliveira disse...

E as melgas? Ninguém fala nas melgas...
eheheheheheh

Anónimo disse...

O assunto "melgas e mosquitos" foi amplamente abordado neste blogue nos comentários ao post do dia 12 de Dezembro 2006: "A Genialidade do Simples - Um Hino à Existência". Para vossa informação: o meu tormento continua, quando foi invulgar de ter mosquitos na minha casinha na época de Natal, no início de Maio já é mais normal, mas chateia na mesma...

Anónimo disse...

...invulgar TER mosquitos... (sem DE )...

Anónimo disse...

Porra...
se também já legislaram sobre o tabaco... porque não?
Mas há sempre o perigo da normalização massiva... a ditadura cultural, também não! è preferível deixar cada um com o seu mau gosto!

Anónimo disse...

sim, o direito ao mau gosto deve existir mas não me obriguem a comer com ele...

Anónimo disse...

apoiado

Anónimo disse...

apoiado