30/11/2009

Loreena McKennitt - "The Lady of Shalott" & "The Mummer's Dance"


Nos últimos anos tenho passado noites muito agradáveis em estabelecimentos como O'Gillins (pub irlandês recomendado, perto do Cais do Sodré), mas ligar (como no post anterior) a música tradicional celta indissociavelmente ao consumo de quantidades consideráveis de Guinness e Scotch seria uma injustiça, por isso este post "complementar".
Não consigo apreciar todas as "fusões" de Loreena McKennitt (música celta com influências árabes, mediterrânicas, orientais), mesmo assim ela será sempre uma das minhas musas preferidas.
http://www.quinlanroad.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Loreena_McKennitt



"The Lady of Shalott" do álbum "The Visit" (1991).
"The Mummer's Dance" do álbum "The Book of Secrets" (1997), ao vivo em "Nights from the Alhambra" (2007)

28/11/2009

Drunken Sailor

Uma das músicas tradicionais "afloradas" na peça "O Peso das Razões" (post 21 de Novembro).

O mini-digressão já terminou. Ensaios e espectáculos num grupo de uns vinte Artistas Unidos, tudo num período de menos de um mês, soube-me a pouco, mas foi muito bom!

O Salvador vem aí...

26/11/2009

24/11/2009

Lua na Água II

Salar de Atacama

21/11/2009

O Peso das Razões

Espectáculo comemorativo do bicentenário do nascimento de José Estevão.
Dia 25 de Novembro na biblioteca da Assembleia da República.
Dia 27 no Teatro Aveirense.
Texto de Nuno Júdice
Encenação de Jorge Silva Melo
E a participação de dois elementos do Anacruses.

19/11/2009

Mário Barradas (1931-2009)




Em 1975 o Mário Barradas convidou a minha mãe para fazer parte da fundação do Centro Cultural de Évora (o grande modelo da descentralização do teatro em Portugal). Com ela fui eu e os meus irmãos e o meu caminho ficou em grande parte aí traçado. Cresci a ver um teatro com uma função social, com um propósito específico. Vivi o sonho deles de que essa arte iria transformar o mundo. Na realidade não transformou, mas em mim esse sonho ainda não morreu. Já não através de ideologias políticas, mas sim de uma esperança de acordar o melhor do Humano que há em todos os Seres. E hoje com a partida do Mário percebi que foi ele o grande responsável por isso. É a ele que devo o saber o que quero dizer com a arte que faço e o meu entendimento do mundo através dela.
OBRIGADO MÁRIO.




Elogio da Dialéctica

A injustiça avança a passo firme.

Os tiranos fazem planos para dez mil anos.

O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.

Nenhuma voz além da dos que mandam.

E em todos os mercados proclama a exploração: isto é apenas o meu começo.

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:

Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.

Quem ainda está vivo diga: nunca.

O que é seguro não é seguro.

As coisas não continuarão a ser como são.

Depois de falarem os dominantes

Falarão os dominados.

Quem pois ousa dizer: nunca?

De quem depende que a opressão prossiga? De nós.

De quem depende que ela acabe? Também de nós.

O que é esmagado, que se levante!

O que está perdido, lute!

O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha?

Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.

E nunca será: ainda hoje.


Bertolt Brecht


e ainda do mesmo:


“Estais realmente comprometidos no movimento das coisas que se elaboram?
De acordo com tudo o que está em evolução?
Vós próprios continuais a evoluir?
Quem sois?
Para quem falais?
A quem aproveitam as vossas palavras?”

Lua na água

18/11/2009

"I'm gonna make him an offer he can't refuse".



Qualquer semelhança é mera coincidência...

15/11/2009

Bobby McFerrin e Maria João


Amazing



Hélio Pena ("Helium High, international juggler-comedian") enviou-me este vídeo com uma actuação espantosa do malabarista Chris Bliss.

NASA descobre água na Lua

A Lua agora...

...e no futuro!?

Finalmente uma boa notícia. Vamos embora!

ass. Marinus Lunaticus

10/11/2009

Canto de baleias

Uma experiência: ouvir esta "Whale Song" e o "OpusZen" do Rui (post 5 de Novembro) ao mesmo tempo.

Eu acho maravilhoso!

Guitarra Dimelo Tú

Adoro esta canção.
Tem uns desafinanços mas não me apeteceu repetir. Ficou com emoção e verdade que é o mais importante. O Resto é maquilhagem...

09/11/2009

A Máfia por detrás da saúde e da gripe A.

Depoimento arrepiante da Dra. Rauni Kilde, ex-ministra da Saúde da Finlândia.

Sem comentários...

Ver também "O negócio sujo por detrás das gripes", Anacruses, 28 de agosto 2009, http://anacruses.blogspot.com/2009_08_01_archive.html .

05/11/2009

OpusZen

Depois de ter divulgado este som no Facebook e de ter tido feedbacks surpreendentemente bons, resolvi publicar aqui também.
É apenas um esboço, saído de jorro em duas tardes de estúdio e sem misturas nem acabamentos. Mas parece que alguma coisa passa, pois bateu forte a muita gente.
Livre de direitos, é música para se utilizar. E para se ouvir com tempo. Dura meia hora.



Carregando na setinha do lado direito do player pode-se fazer um "download for free"
Enjoy

03/11/2009

"The word FUCK has become the most important word in the English language"





" The problem is that if God is dead, then you lose the most important word in your language and you will need a substitute. God was one end, one extreme, and when one extreme disappears from your mental vision, the necessary and inevitable is that you will fall to the other extreme.

And that's what has happened, Milarepa. Instead of God, `fuck' has become the most important word in our language. Even if Friedrich Nietzsche comes back, he will be surprised and he will try to resurrect somehow the dead God, because this is stupid. But you will need a whole report on it, a whole research.

One of the most interesting words in the English language today is the word `fuck'. It is a magical word. Just by its sound it can describe pain, pleasure, hate and love. In language it falls into many grammatical categories. It can be used as a verb, both transitive, "John fucked Mary," and intransitive, "Mary was fucked by John", and as a noun, "Mary is a fine fuck." It can be used as an adjective, "Mary is fucking beautiful."
As you can see, there are not many words with the versatility of fuck. Besides the sexual meaning, there are also the following uses:
Ignorance: Fucked if I know.
Trouble: I guess I am fucked now!
Fraud: I got fucked at the used car lot.
Aggression: Fuck you!
Displeasure: What the fuck is going on here?
Difficulty: I can't understand this fucking job.
Incompetence: He is a fuck-off.
Suspicion: What the fuck are you doing?
Enjoyment: I had a fucking good time.
Request: Get the fuck out of here.
Hostility: I'm going to knock your fucking head off.
Greeting: How the fuck are you?
Apathy: Who gives a fuck?
Innovation: Get a bigger fucking hammer.
Surprise: Fuck! You scared the shit out of me!
Anxiety: Today is really fucked.
And it is very healthy if every morning you do it as a transcendental meditation just when you get up, first thing, repeat the mantra "fuck you" five times; it clears your throat too! "

Claude Lévi-Strauss (1908 - 2009)



Morreu no fim-de-semana passada o filósofo e antropólogo Claude Lévi-Strauss, um dos grandes pensadores do século XX. Em 1955 ficou conhecido também fora dos círculos académicos pela publicação da sua obra prima "Tristes Tropiques".

01/11/2009

Fernando Mota by fernandomota

Fernando Mota  by  fernandomota

Valse en Si mineur, op. 69 nº 2, Frédéric Chopin (1829)








Valsa que entra como tema final no belíssimo filme "L'amant" de Jean-Jacques Annaud, baseado no livro de Marguerite Duras (na madrugada passada na RTP 2).
Aqui duas interpretações: de Tzvi Erez em piano e de Roland Dyens em guitarra(!).

Dia de Todos os Santos: Maria, a coveira de Merufe



Uma mulher com 68 anos é há cinco décadas a coveira de serviço de Merufe, Monção, uma "arte" que pode estar em vias de extinção, já que, afirma, "todos fogem dela como o diabo foge da cruz".

"As pessoas parece que têm medo dos mortos, não sei. Mesmo os homens têm a mania que são muito corajosos mas pelam-se de medo quando têm que abrir uma cova ou pegar numa ossada. Pois olhe, eu tenho medo é dos vivos, não dos mortos", sentencia a coveira de Merufe.
Maria Cerqueira, localmente conhecida por "Maria Coveira", já perdeu a conta às pessoas que enterrou, desde que, há 55 anos, começou a dar os primeiros passos (as primeiras pazadas!?, R.L.) na actividade, como ajudante do pai.
"Depois do meu pai morrer, fiquei eu sozinha com o serviço de coveira. Os meus filhos ainda me ajudavam um bocado, mas o meu marido, das poucas vezes que me acompanhava, ficava sempre em cima, nunca entrava na cova. Fazia-lhe impressão estar ali dentro, não sei porquê", acrescenta.
Autêntica mulher de armas, a "Maria Coveira" pega na sachola, na pá e numa escada e em meio-dia abre uma cova com a sua altura.
Confessa que já apanhou alguns sustos, não por causa das ossadas que encontrou, mas sim pelos deslizamentos de terras, que por várias vezes a cobriram até à cintura.
Hoje, pode levar até 110 euros pela abertura duma cova. "As pessoas acham muito, mas, se é assim tão bom, por que é que são cada vez menos que pegam nisto?", questiona.
No cemitério, Maria Cerqueira "está por tudo": limpa o recinto, abre covas, desenterra e traslada sepulturas, levanta ossadas. E tem sempre solução para os problemas mais intricados que se lhe deparam.
Numa ocasião, teve que ir desenterrar uma urna a uma freguesia vizinha, já que o coveiro que lá havia "não tinha coragem".
"Eu tenho coragem para tudo, os mortos nunca fizeram mal a ninguém. Os vivos sim, os vivos às vezes são levados do diabo", repete.
A "Maria Coveira" diz que não quer mal a ninguém mas não esconde que, se tiver oportunidade, enterrará com um cuidado especial umas certas pessoas que ainda há pouco tempo foram ao seu quintal e lhe roubaram as espigas do milho e um toldo de plástico "com 20 metros" que as cobria.
"A algumas pessoas, até as enterrava vivas, se pudesse", atira.
Em relatos meio a sério, meio a brincar, Maria Cerqueira garante que continuará a enterrar até que as forças lhe faltam.
"Enquanto for eu a enterrar os outros, é bom sinal. O pior vai ser quando forem outros a enterrarem-me a mim", diz. (VCP, Agência Lusa, 31 de Outubro).

No vídeo RTP a Maria Coveira pede um simples retrato seu na sede da Junta de Freguesia.
Caro leitor, eu acho que ela merece uma estátua!