28/04/2009

Aqui há piano!




Abençoados somos nós que podemos desfrutar uma oferta cultural tão diversificada neste país!
No sábado passado muitos pianos e orquestras nos "Dias da Música" no CCB,
no dia seguinte durante um passeio em Vila Franca de Xira este cardápio aliciante para carnívoros:
"Para mim pode ser uma espetada mista e um piano grelhado, mais um jarrinho de tinto, por favor!"


25/04/2009

"Misère au Borinage" - Joris Ivens / Henri Storck (1933)


Hoje fui aos "Dias da Música" no CCB, mas acabei por passar mais tempo na fantástica exposição de imagens "Arquivo Universal" (a não perder, ainda até ao dia 3 de Maio).
Para mim a obra prima é o documentário "Misère au Borinage" (1933) sobre a vida miserável dos operários na região mineira de Borinage (Bélgica) e a sua luta contra as autoridades durante a grande greve de 1932 .
Foi um dos primeiros grandes documentários sociais de Joris Ivens, em colaboração com Henri Storck.
Uma cópia algo defeituosa (às vezes falta parte das legendas em francês/holandês, mesmo assim vale a pena) a ver em: http://www.blinkx.com/video/documentaire-la-misere-au-bori-mpg/U1kpHX7oZJBSJXZYeilUCw .
Mais sobre o cineasta holandês Joris Ivens em http://en.wikipedia.org/wiki/Joris_Ivens

22/04/2009

35 de Abril sempre! (publicidade)


Não posso ir mas gosto do cartaz!
Uma "notícia 25 de Abril" alternativa seria a decisão da C.M. de Santa Comba Dão de inaugurar naquele dia as obras de requalificaçao do Largo Dr. Salazar no valor de 80 mil euros.
Grande sacanas, pá!

21/04/2009

100.000


No dia 20 de Abril 2009 às 22.25 horas o visitante nº 100.000 passou por este blogue "Anacruses".
Já faz quase dois anos e meio que estamos a tecer esta manta de retalhos!


20/04/2009

"Jovem sem alternativas de trabalho vira mariscadora na Ria de Aveiro"


Hoje vi pela terceira vez em poucos dias este depoimento impressionante, comovente e (quanto a mim) também revoltante da jovem Sandra Marisa, mariscadora há 6 anos, sem grandes expectativas sempre a viver "um dia de cada vez".

18/04/2009

O gato e a lua

Hoje a "Cinemateca Júnior" celebrou o 2º aniversário com uma sessão especial da melhor animação portuguesa. Foi uma tarde bem passada no Palácio Foz com filmes escolhidos e introduzidos por Abi Feijó, obras premiadas de José Miguel Ribeiro, Regina Pessoa, Zeppe, Abi Feijó, Mário Jorge Neves, Joana Toste e também esta bela "Estória do gato e da lua" de Pedro Serrazina com música de Manuel Tentúgal e a voz de Joaquim d'Almeida.

15/04/2009

Para que lado gira a menina?


Com um bocadinho de esforço gira para os dois lados e até para um lado e para o outro.

14/04/2009

"Menina Júlia" de August Strindberg no Teatro Nacional D. Maria II

Quando o Rui Mendes me convidou para fazer a música deste espectáculo eu estava de malas feitas para a Suécia - nem de propósito - "fui à fonte beber água". Apesar de não ser fã do Strindberg, a minha ida a Estocolmo fez-me reler o autor com neve, frio e toda aquela luz estranha, o que me deu um estimulo muito certeiro para o trabalho. Numa peça que se sustenta pelo trabalho de actor, todos os outros elementos apenas devem estar ao serviço da representação. E penso que é isso que acontece neste espectáculo. Três bons actores em cena (a Beatriz Batarda vai maravilhosamente bem) e um clássico do teatro moderno, são razão mais do que suficiente para passar por eles no Rossio.

MENINA JÚLIA

de August Strindberg | tradução Augusto Sobral | encenação Rui Mendes | cenografia Manuel Amado e Ana Paula Rocha | figurinos Ana Paula Rocha | luz Carlos Gonçalves | música Rui Rebelo | com Beatriz Batarda, Albano Jerónimo e Isabel Abreu | figurantes Ana Gil, Bruno Gonçalves, Nuno Nolasco, Raimundo Cosme, Regina Gaspar e Teresa Athayde | assistência de encenação Maria Arriaga


A agência Lusa hoje dizia assim:

Comédia, tragédia, luta de classes, luta de sexos, tudo está em "Menina Júlia", de Strindberg, um texto clássico da literatura dramática universal que o Teatro Nacional D. Maria II estreia quinta-feira, numa encenação de Rui Mendes.

A escolha desta peça foi ditada pela sua actualidade, que "é a qualidade dos grandes textos", disse Rui Mendes, frisando que o dramaturgo sueco August Strindberg (1849-1912) "é um dos iniciadores de uma coisa a que se veio a chamar o teatro moderno (...), de uma nova forma de escrever teatro".

A actualidade da obra de Strindberg, a par da de Ibsen e Tchekhov, reside, indicou o encenador, no facto de ter rejeitado "a ideia de as personagens serem muito monolíticas, tipificadas", por exemplo, como as de Molière, que "são excelentes, mas são muito monolíticas, não têm altos e baixos".

Nesta peça, as personagens "são muito instáveis", observou: oscilam entre o desejo, recalcamentos e sentimentos de atracção e repulsa, o que desencadeia e alimenta conflitos de poder e humilhações várias, no âmbito de um violento choque de classes sociais e sexos.

A menina Júlia (interpretada por Beatriz Batarda) é a filha de um conde que, pouco depois de anunciar o fim da relação com o noivo, decide não acompanhar o pai numa visita social e passar a noite de S. João na sua propriedade, na companhia dos criados, que festejam, com um baile, a noite mais curta do ano.

Inicia, então, uma relação condenada com o criado de seu pai, João (Albano Jerónimo), que tem, por sua vez, uma relação com a cozinheira da casa, Cristina (Isabel Abreu).

"Esta peça é de 1888, portanto, finais do século XIX, em que as lutas sociais, as lutas pela libertação da mulher, a análise dos comportamentos (com Freud) e da 'alma', chamemos-lhe assim, se intensificam. É uma época de transformações extraordinárias", sustentou o encenador.

Em Portugal, "Menina Júlia" subiu pela primeira vez ao palco em 1960, precisamente no Teatro Nacional D. Maria II, pela Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, com encenação e interpretação de Jacinto Ramos, Lourdes Norberto e Helena Félix.

Quarenta e nove anos depois da estreia em Portugal, esta é a 14ª encenação de "Menina Júlia" e tem por base uma nova tradução da peça, feita por Augusto Sobral.

Por vezes acusado de não fazer encenações muito "arrojadas", Rui Mendes defende-se afirmando que gosta de "deixar o texto fluir" e de que os actores interpretem as respectivas personagens como as sentem, não os contrariando, até porque acha que isso "nunca dá bom resultado".

Com música original e direcção musical de Rui Rebelo e cenografia de Manuel Amado e Ana Paula Rocha, também responsável pelos figurinos da peça, esta "Menina Júlia" estará em cena na sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II até 24 de Maio, de quarta-feira a sábado às 21:30 e domingo às 16:00.

11/04/2009

Quinten Matsys, ferreiro e pintor (1466 - 1529)





Quinten Matsys foi um pintor flamengo, fundador da Escola de Antuérpia.
Na semana passada durante um passeio na cidade, descobri que ele começou a sua vida profissional como ferreiro. Em frente à catedral de Antuérpia está o "Poço de Quinten Matsys" com ferro forjado pelas suas mãos.
A história reza que a vocação de Matsys para a pintura surgiu por amor: o pai da sua amada exigiu que o futuro genro fosse pintor! Daí a frase em (mau) latim na sepultura do artista: "Connubialis amor de mulcibre fecit apellem" (clicar na imagem para ampliar).
Aqui acima um dos seus quadros mais conhecidos: "A duquesa feia".

Um Diabo holandês

Jeremy Sisto e Jeroen Krabbé em "Jesus" (2000)

09/04/2009

Imaculados

Para dar as boas vindas ao Rini.

Tema da peça "Imaculados" (Unschuld) Dea Loher, estreada no Teatro Aberto em Novembro de 2008.

08/04/2009

Rotterdam Marathon


Para mim, ex-atleta amador em provas de fundo, foi um dos maiores eventos desportivos de sempre nesta modalidade e tive a sorte de estar lá perto (a assistir, claro) no domingo passado: a Maratona de Roterdão.
Nunca antes numa mesma prova três atletas conseguiram alcançar resultados de tão alto nível:
1. Duncan Kibet 2.04.27; 2. James Kwambai 2.04.27; 3. Abel Kirui 2.05.04.
A luta final entre os quenianos foi emocionante.
Imagens: http://www.fortismarathonrotterdam.nl/ ,
http://www.youtube.com/watch?v=fRw0SYHQx24

02/04/2009

Obrigado? Agradeço mas não.


Sempre me fez confusão dizer obrigado para agradecer algo pois nunca me senti obrigado a tal.

Proponho portanto a todos a substituição da palavra "obrigada/o" sempre que utilizada para agradecer.


Grato.