27/10/2010

Os Medos do Mundo



Projecto 6 Billion Others http://www.6billionothers.org

Joana Come Cavaco


(Título: alusão ao post http://anacruses.blogspot.com/2010/05/afinal-nao-eram-os-comunistas.html ).

Ainda há poucos dias vi a Joana Carneiro dirigir a Orquestra Gulbenkian num concerto comentado: uma ópera de marionetas de Manuel de Falla; "O Retábulo de Mestre Pedro", com direcção cénica de José Ramalho (Marionetas de Lisboa), um excelente espectáculo.

E agora uma primeira mini-entrevista desastrada (vídeo em http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=62584 ) como mandatária de Cavaco... Será que a maestrina sabe em que se meteu?
Ai Joana...

24/10/2010

PSV - Feyenoord 10 - 0 !!

PSV Eindhoven, vencedor Liga dos Campeões 1988 (o penálti falhado de António Veloso...) contra Feyenoord Rotterdam, vencedor Liga dos Campeões 1970: 10 - 0, imagina um resultado assim num Porto - Benfica ou Porto - Sporting, "du jamais vu"!

O jogo acabou há uma hora e já está no Youtube com comentários em húngaro...

23/10/2010

Overdose "L'accordéon" - Lydie Auvray (1991)

A versão mais ouvida nas aulas de dança de salão nos Alunos de Apolo...

Juliette Gréco - "L'accordéon" (1983)

Lembrando Juliette Gréco (comentário ao post "Le temps des cerises"), "la voilà" a interpretar "L'accordéon" de Serge Gainsbourg.

Letra bem actual, acho que vou já juntar a canção ao meu repertório!


Dieu que la vie est cruelle
Au musicien des ruelles
Son copain son compagnon
C'est l'accordéon
Qui c'est-y qui l'aide à vivre
A s'asseoir quand il s'enivre
C'est-y vous, c'est moi, mais non
C'est l'accordéon

Accordez accordez accordez donc
L'aumône à l'accordé l'accordéon.

Ils sont comme cul et chemise
Et quand on les verbalise
Il accompagne au violon
Son accordéon
Il passe une nuit tranquille
Puis au matin il refile
Un peu d'air dans les poumons
De l'accordéon

Accordez accordez accordez donc
L'aumône à l'accordé l'accordéon.

Quand parfois il lui massacre
Ses petits boutons de nacre
Il en fauche à son veston
Pour l'accordéon
Lui, emprunte ses bretelles
Pour secourir la ficelle
Qui retient ses pantalons
En accordéon

Accordez accordez accordez donc
L'aumône à l'accordé l'accordéon.

Mais un jour par lassitude
Il laissera la solitude
Se pointer à l'horizon
De l'accordéon
Il en tirera cinquante
Centimes à la brocante
Et on fera plus attention
A l'accordéon.

22/10/2010

Wim de Bie - "Nationale Mental Coach" dos Holandeses


Protesto radical do artista holandês Wim de Bie ("Nationale Mental Coach") contra o estado das coisas no país após a formação do novo governo Rutte, apoiado por uma minoria de 35 %(!) dos deputados, mas viabilizado pela tolerância ("gedoogsteun") do partido da extrema-direita PVV de Geert Wilders.

Vídeo em
http://weblogs.vpro.nl/wimdebie/2010/10/, 15 de Outubro 2010, "De regering in bunkerschap".

Tradução das palavras de Wim de Bie no vídeo:


(0:25) "Estamos aqui a deliberar, vimos há pouco uma pequena colina (estamos numa zona de dunas) e em nove de cada dez casos deste género trata-se dum “bunker” (abrigo subterrâneo, fazendo parte da "Atlantikwall", construida pelos alemães na 2ª Guerra Mundial), vocês também estão convencidos, não é?
Então hoje vamos escavar esse bunker.
Mas primeiro eu queria apresentar as pessoas aqui:
- Erik van Boegschoten, ex-vice-presidente do CDA (partido cristão), agora no nosso “terreno” Ministro de Administração Interna,
- Job de Ronde, ex-vereador do VVD (partido liberal) numa grande cidade no Oeste do país, aqui Ministro de Negócios Estrangeiros,
- Marga van Meekeren, ex-membro do CDA num conselho municipal, agora Ministra de Bem-estar Humanitário, Artes e Cultura, muito importante no nosso terreno.
Vocês já podem começar a escavar, o.k.? Eu ainda vou explicar umas coisas.

(1:15) Pois é, eles pertencem a um grupo crescente de dissidentes (políticos), pessoas que não aguentam mais, não aceitam o que se está a passar: a violação da ordem jurídica e democrática na formação do Governo Rutte, um governo, apoiado por uma minoria de 52 deputados (31 do VVD, 21 do CDA, o parlamento holandês conta 150 deputados!).
Não aceitamos isso. Pois, nos bastidores inventaram coisas como “gedoogsteun” (palavra típicamente holandesa, “apoio por tolerância”) pelo PVV (partido da extrema-direita com 24 deputados!), bem isso não vamos admitir de modo algum.
Por isso nós formamos o Governo em “Bunkerschap” (“estado de abrigo”), pois a palavra “ballingschap” (“estado de exílio”) tem uma carga muito pesada.
Em toda a zona das dunas os “bunkers” estão a ser escavados e adaptados para habitação, para começarmos a construção duma sociedade humana.

(1:55) “Já se vê alguma coisa? Ah sim, sim, nós sabíamos.
Ah, conheço isso, é uma unidade de habitação, para seis, sete pessoas, penso, considerando o tamanho da colina.
Muito bem, fica detrás da minha cabana, todo o governo pode ficar aqui dentro. Quando vocês acabam aqui ainda podem escavar um túnel até à minha cabana, assim vamos ter uma ligação directa entre o Governo e o Quartel-General, o.k.?
Agora eu vou ao posto “Sul”, para arranjar mais uns reforços para o trabalho, sim? Força!

(2:35) Pois, ainda não sabemos exactamente o que vamos fazer com este Governo em “Bunkerschap”, mas uma coisa é certa toda a gente é bem-vinda! Aqui nesses antigos “bunkers” da “Atlantikwall” podem ficar milhares de pessoas, são todos bem-vindos, do mundo inteiro, tanto faz, venham!
O Governo Rutte só fala de redução de despesas, segurança, estrangeiros, está tudo mal.
Pelo contrário, nós aqui estamos mais interessados na beleza e na conservação da paisagem das dunas, é tão bom viver na segurança duma habitação em betão, é tão agradável falar com pessoas cuja língua não conhecemos. É muito fixe!"

21/10/2010

Amin Maalouf recebe Prémio Principe das Asturias

O escritor e origem libanesa Amin Maalouf recebeu ontem o Prémio Principe das Asturias na área das Artes.
Para mim ele é um dos maiores contadores árabes, depois de ler "As Cruzadas vistas pelos Árabes" tenho comprado todos os seus romances históricos (em Portugal editados pela Difel).
Os seus livros apelam sempre a uma diversidade cultural, baseada em respeito e tolerância.

Aqui o texto duma entrevista, publicada no domingo passado no "El País" e que encontrei no blogue http://coriscos.blogspot.com/:

No es un autor cómodo porque va por libre. Libanés de nacimiento y exiliado en Francia, defiende que los valores son universales y compatibles con la diversidad de las culturas. La próxima semana recibe el Premio Príncipe de Asturias de las Letras.

Amin Maalouf, escritor libanés de 61 años, último premio Príncipe de Asturias de las Letras, es un hombre tranquilo al que la historia ha zarandeado. Ahora vive en Francia, prácticamente desde que la guerra convirtió su país en un infierno dividido por la metralla y por la sangre. Por su biografía pasan los dramas de Líbano y de Oriente Próximo, esa sangre derramada que le ha hecho gritar, en los libros, que el mundo está mal hecho; en realidad, deshecho, desajustado. En esta entrevista lo dice: “Estamos avanzando hacia un mundo de conflicto, de amargura, de discriminación, de guerras, de sufrimiento; este mundo probablemente nos lleve al empobrecimiento también”.

En su obra El desajuste del mundo (Alianza Editorial), esa predicción se transforma en una alarma que podría cifrarse en este titular: “Occidente no respeta la dignidad de las personas”. Esa actitud suya sobre el estado del mundo, sobre la desintegración de la esperanza, no tiene ninguna raíz demagógica; es el producto de una vivencia que ha seguido como periodista y como ciudadano en un país al que sigue queriendo como si cargara con él, con el pasado ensangrentado o feliz, con sus contradicciones y con su dificilísima esperanza.

Como si estuviera rebuscando en la historia el hilo conductor de esos estados de ánimo que convierten Líbano en la metáfora de su opinión acerca de la humanidad, Maalouf ha acometido una tarea que cualquiera podría sentir que es titánica: durante más de diez años buscó, en archivos, en correspondencia familiar, en las notas sobre entradas y salidas de viajeros en el puerto de Nueva York, las huellas de su abuelo, un maestro, político y periodista que hizo de la pasión por la educación y por la modernidad un acicate de su vida. Maalouf rebuscó en la vida del abuelo, y de ahí nació un libro, Orígenes, que es una biografía vibrante, un diálogo singular de un hombre de otro tiempo que ahora, gracias al nieto, revive como si fuera un contemporáneo.

Por ese libro solo Maalouf merece estar en la historia de la literatura. Pero ha escrito mucho más: León el Africano, Las cruzadas vistas por los árabes, Las escalas de levante, El viaje de Baldassare y un librito de pocas páginas en las que resalta su rabia sobre uno de los azotes de este tiempo, las identidades arrojadizas, Identidades asesinas.

Por el conjunto de esa obra que hoy es el carné de identidad de Amin Maalouf, el jurado del Premio Príncipe de Asturias de las Letras le concedió el galardón que recibe la próxima semana. Irá a Oviedo a recogerlo desde su refugio en la isla de Yeu, el lugar donde murió Petain y donde él se concentra. Maalouf nos recibió allí con su esposa, Andrée, autora de libros de cocina, libanesa como él, su compañera desde hace muchas décadas; y nos enseñó su lugar favorito en esta isla, un rincón en el que rocas inmensas resguardan un mar que aquí abandona toda inquietud. Y es en Yeu donde Maalouf adquiere esa tranquilidad que le permite convivir con las turbulencias de la vida; la escritura le ha ayudado a ordenar el mundo.

Dice usted en ‘Orígenes’ que la vida surge de una sucesión de encuentros…
Sí, pensé en ello cuando estuve en Cuba, buscando las huellas de mi abuelo, que fue allí al encuentro de su hermano… Él estaba soltero; si se hubiera quedado allí, ¿quién sería yo hoy? En ese contexto dije que yo había nacido de encuentros. Mi padre se quedó en la aldea, allí conoció a mi madre, allí se casaron. De modo que yo no habría nacido (o no habría nacido para ser lo que fui) si mi abuelo hubiera decidido quedarse en Cuba… Pero me gustó la idea de pensar en una vida alternativa: habríamos vivido allí, y habríamos pasado por todo lo que pasó Cuba hasta ahora. Habría sido otra vida…

Fue usted allí y no solo rebuscó en la memoria de su abuelo. Comprobó, aunque no lo nombra, lo que se espera que deje Fidel Castro: “Cuando sus sucesores se rebelen contra sus recuerdos, no encontrarán ninguna cerca que tirar abajo ni ninguna gran obra que inaugurar…”.
Fidel es, por supuesto, muy autócrata; eso lo sabía antes de ir, y lo tenía presente cuando estaba allí, pero lo que yo no sabía antes de ir a Cuba es que él no tiene el hábito de poner su nombre a las calles o a las avenidas, ni de erigir estatuas suyas o publicar sus fotos en carteles. Inevitablemente, todos los autócratas de la historia son expulsados algún día. La última estatua que vimos derribar fue la de Sadam Husein en Irak, pero hay otros ejemplos, como Stalin, Lenin… En Cuba, sin embargo, cuando se vayan los dos hermanos Castro, no habrá estatuas que destruir. No tendrán que rebautizar avenidas, porque allí se llaman Che Guevara o Allende, pero no hay ninguna llamada Fidel Castro.

La avenida del Che Guevara también tendrían que rebautizarla, porque el Che ya no es el héroe que fue para nuestra generación…
Sí, probablemente. Los héroes no son hoy personas cuyas imágenes sean difundidas por todas partes. Para mí, un hombre como Lula es un héroe, pero no es el tipo de héroe cuya imagen sea repetida en camisetas. Probablemente el único héroe actual cuya imagen se ve repetida en todas partes es Mandela. Pero esto es muy inusual.

Los héroes ahora duran menos.
Todo dura menos. Estamos en la civilización del zapping. Nos cansamos con mucha facilidad de todo. Lo que no es nada bueno, me parece a mí. Yo creo que a veces debemos concentrarnos y no somos capaces. Es una actitud que no me parece muy sabia, pero así es como somos hoy día.

Volvamos a ‘Orígenes’. ¿De dónde viene esa energía que le impulsa a buscar casas, documentos, lugares que le devuelvan la historia de su vida?
Toda mi historia personal es una historia de hogares abandonados. He vivido durante mi juventud con el recuerdo de nuestro hogar en Turquía, donde vivía mi bisabuelo, de nuestro hogar en Egipto, donde vivían mi madre y su familia, y luego tuve que dejar mi hogar en Líbano. Yo siento que hay un camino de hogares abandonados a lo largo de mi vida. Cuando comencé a buscar a la parte de mi familia que se fue a Cuba, tuve la misma sensación: este es también uno de mis hogares abandonados. A veces encuentro un lugar en el que me instalo durante un tiempo, y siempre hay algo en mi mente, una especie de voz, que me dice: “No te instales demasiado, podrías tener que irte de nuevo”.

Cuando llega a esa casa cubana en la que vivió Gebrayel, el hermano de su abuelo, siente como si con usted viviera Líbano, como si llevara ese país no solo en la memoria, sino en el alma.
La casa creó en mí una impresión muy extraña; dejó de estar habitada por mi familia hace más de setenta años, pero cuando entré tuve la sensación de que se acababan de ir. La decoración estaba igual. Gebrayel la había hecho al estilo de Andalucía, un recuerdo de sus orígenes, pero también un tipo de decoración que estaba muy de moda en aquella época. Los techos de la casa imitaban exactamente los de la Alhambra y los azulejos ilustraban episodios del Quijote. Esa decoración expresa un deseo que está presente en mi familia y que creo que es vital para nuestra identidad. Manifiesta la necesidad que tenemos de estar ligados a ambas civilizaciones: el Este y el Oeste, Europa y el mundo árabe…

Parece, en este libro, que la ficción, que usted ha cultivado tanto, se ha encontrado con la vida. Y es ahora como si escribiera con los instrumentos de la novela la realidad de su historia.
Algunos escritores comienzan con su propia historia y luego se van separando de ella. Mi actitud es exactamente la opuesta. Por supuesto que hay aspectos de mi historia que aparecen en libros como León el Africano u otros, pero yo siempre dudaba sobre si hablar directamente de mi familia. Y ahora me voy acercando poco a poco hacia ella y hacia mí mismo, y hablando más y más acerca de aspectos más íntimos, porque soy una persona muy pudorosa y este es el espíritu de la familia. Casi no hablamos de nosotros mismos. Somos una familia de personas silenciosas. Y es muy difícil para mí hablar de estas cosas, pero cuanto más envejezco, más siento que necesito hacerlo. Y creo que continuaré haciéndolo porque hay muchos aspectos en los que necesito ir más allá.

¿Qué sintió cuando dejó esa actitud pudorosa?
Durante el proceso de escritura de Orígenes tuve un sentimiento de tensión. Y siempre que hablaba de mi familia, de mi padre, de mi abuelo, estaba presente esa tensión. Y esto no creo que cambie. Siempre que hablo de cuestiones íntimas percibo que debo obligarme desde dentro para poder hacerlo.

En su escritura, usted parece identificarse con las edades de sus antecesores. Dice, cuando está en la casa de su abuelo: “Hoy el pasado no me parece ya tan lejano. Va ataviado con las luces del presente”.
Me identifico con cada uno de ellos. Tuvimos que enfrentarnos al mismo problema: un problema de identidad. Venimos de una parte complicada del mundo, provenimos de minorías, nunca hemos sentido que este país [Francia] es nuestro, siempre sentimos que solo somos minoría… Siempre está presente el sentimiento que encierra la frase: “Bueno, quizá tenga que irme algún día”. Y ellos lo sentían así. Cuando leía las cartas entre mi abuelo y su hermano, los problemas de los que hablaban eran exactamente mis problemas, mis dilemas. Y esto anula años, décadas.

Y parece que usted alcanza el sentido del exilio. Dice: “Siento que tengo la obsesión del extraviado, de alguien que siempre está alejándose del centro. Vagabundo, doméstico, me olvido de mí mismo, me imagino yendo a lugares que desconozco, sin saber adónde voy”.
Yo tengo la sensación de que nunca formo parte del común de la gente. De que siempre estoy en el exterior de la sociedad en la que vivo. Tenía esta sensación cuando estaba en Líbano… Y cuando me mudé a Francia sentí lo mismo. Por supuesto que siempre he intentado decir: “soy parte de este nuevo país al que he emigrado”…; quiero ser parte de ambas culturas, de ambas naciones, pero obviamente eso no es lo que pasa en realidad. Porque por la manera como la gente te mira sabes que son conscientes de tus orígenes. Y eso afecta a la manera como te hablan, a tu lugar en la sociedad, lo que puedes decir y lo que no puedes decir, lo que puedes hacer y lo que no puedes hacer. Y siento que ahora es más difícil que antes adherirse completamente a la sociedad, porque el fenómeno de las identidades se está volviendo mucho peor en todo el mundo. Te empuja a demostrar claramente tu identidad o a callarte.

Ese es el asunto de ‘Identidades asesinas’. Dice usted: “No quiero tener tolerancia. Yo soy lo que soy y tú debes aceptarme como te acepto yo”. Desde que escribió ese libro, el asunto es cada vez más grave: Francia, Arizona, España, Inglaterra… En todas partes, esa enajenación del otro, del diferente, se ha vuelto más peligrosa…
El libro me lo presentó José Saramago en Madrid. Cada uno había preparado unas notas. Y el primer punto del que yo quería hablar era que lo contrario de la intolerancia no era la tolerancia, sino el respeto. Y Saramago había apuntado exactamente lo mismo… La tolerancia no basta. La tolerancia es una actitud del vencedor hacia el vencido. Lo que necesitamos decir no es “yo te tolero”, sino “yo te respeto”. Respetar al otro, conocer al otro, establecer un tipo diferente de relación con el otro y con la cultura del otro. La tolerancia estaba bien en los siglos XV o XVI, ahora no basta. Necesitamos ser conscientes del hecho de que compartimos el mismo planeta, de que somos personas diferentes en el idioma, en la religión, en el color, en el estatus social, en la nacionalidad… El asunto principal del siglo XXI es cómo vivir juntos armoniosamente, y me temo que muy pocos países están enfrentándose a este tema adecuadamente.

¿Qué hay en el alma que produce esta falta de respeto, en Arizona con los mexicanos, en París con los rumanos, en España o en Italia con los africanos…?
Sería muy ingenuo de nuestra parte pensar que la actitud natural del ser humano es aceptar a los demás. La actitud natural a lo largo de la historia ha sido expulsar. Esto tiene que ser estudiado, explicado y aprendido por generaciones y generaciones. No surge simplemente porque la gente viva unos junto a otros. Esa es una de las cosas más complicadas: aceptar al otro. Esto es extremadamente serio y difícil, y debemos afrontarlo con seriedad, respetando los sentimientos de todos.

¿Hubo otras épocas mejores, por ejemplo en el país del que viene? ¿O el presente y el pasado muestran la misma amargura?
Yo no creo que haya habido tiempos mejores. Lo que tenemos hoy es algo muy avanzado comparado con lo que la gente conoció. Pero no podemos conformarnos con decir que siempre ha sido así, que no cambiará nada y que no podemos esperar que esto cambie. Por ejemplo, cuando hablamos del mundo árabe, muchas personas en Occidente están convencidas de que fue siempre así: atrasado, lleno de fanatismo y violencia. Uno debe recordar que hubo siglos de debates, de investigación científica, de desarrollo, de filosofía, de traducciones… Eso quiere decir que no es inherente a esa cultura producir lo que estamos viendo hoy. Lo importante es saber que lo que vemos en esa cultura hoy no lo podemos asignar a su esencia. Tiene que deberse a circunstancias históricas. No es excusa, solo digo que debemos seguir creyendo que cada sociedad producecosas diferentes en momentos diferentes de su historia. Y si una sociedad ha sido abierta y ha aceptado opiniones diferentes, eso quiere decir que no es imposible que las acepte de nuevo. Me gustaría estar seguro de que mis hijos y mis nietos van a vivir mejor que nuestros ancestros. Y no estoy seguro.

¿Vamos a peor?
Por primera vez en la historia, me temo que estamos yendo cuesta abajo. No en el campo de los desarrollos tecnológicos o científicos; pero sí siento que hay una regresión moral en todas partes. Estamos avanzando hacia un mundo de conflicto, de amargura, de discriminación, de guerras, de sufrimiento, y todo esto nos llevará también a un empobrecimiento. De manera que estoy muy preocupado acerca del futuro, pero ciertamente no soy nostálgico del pasado.

Cuando salió su libro ‘El desajuste del mundo’ en España [a principios de 2010], usted me dijo: “El futuro es una mala palabra”. Ahora, la propia palabra ahora parece una mala palabra también… ¿Qué es lo que va mal?
Muchas cosas están yendo mal. Tenemos un mundo que está bastante globalizado, pero no hemos alcanzado la mentalidad de impedir que parte de ese mundo se sienta excluido, discriminado. Y no podemos manejar un mundo así. Por decirlo de este modo, yo creo que hay mucha universalidad, pero no suficiente universalismo. Y esto no es sostenible. Tenemos que elevar nuestra visión del mundo para que pueda estar al nivel del progreso material que hemos alcanzado.

Es como si viviéramos en una situación de engaño. Alguien nos dijo algo que resultó no ser cierto. Ahora que todas las posibilidades de solidaridad podrían estar al servicio de la gente, la solidaridad no existe.
Le pongo el ejemplo de Europa. Estoy convencido de que Europa no puede manejarse hoy con diferentes países llevando políticas diferentes. No es sostenible. Tenemos que tener algo como los Estados Unidos de Europa. No es un sueño. Ya no podemos continuar con políticas diferentes y aun así esperar un continente unido. Y lo que digo de Europa se puede aplicar, en un periodo más largo, al resto del mundo… El problema es que, una vez más, las mentalidades no están siguiendo los movimientos. Las realidades económicas, científicas, materiales, tecnológicas, nos están empujando hacia la integración, pero nuestras mentalidades nos están impidiendo movernos en esa dirección.

En su libro ‘Identidades asesinas’, usted se hace una pregunta que ahora le hago a usted. ¿Es el islam compatible con la libertad?
Yo diría que ninguna religión es en sí misma incompatible o espontáneamente favorecedora de la libertad. Todas las religiones, en un punto u otro de su historia, han experimentado el fanatismo de una manera muy negativa. La libertad viene de la evolución de la sociedad, de las ideas de los pensadores y los filósofos, y entonces es adoptada y aceptada por la religión. Estoy convencido de que todas las religiones pueden interpretarse de una manera que sea compatible con la libertad, con los derechos humanos, con los derechos de la mujer, con el laicismo y con la modernidad…

Va a España a recibir el premio que preside el heredero del trono. Un país en el que se le lee mucho y que tiene tanta simbología…
Un país muy querido. Los seres humanos deben incluir en su identidad todos los elementos de esa identidad. Y las naciones también. España tiene un pasado romano, un pasado fenicio, el pasado de la presencia árabe. Es también el país de la Reconquista, de Santiago de Compostela, del descubrimiento de América Es todas esas cosas. Y la riqueza de España es asumir, respetar e incluso amar todos los momentos de su historia. Porque todos esos momentos han contribuido a lo que es ahora. De manera que no tengo ningún problema en saludar los grandes momentos del pasado de España, y especialmente el gran momento de coexistencia que representa España.

El diálogo entre dos mundos
Amin Maalouf nació en Beirut en 1949 en una familia de origen cristiano. Estudió Economía Política y Sociología en la Universidad Francesa de Beirut y trabajó como periodista en el diario libanés ‘An-Nahar’. Desde 1976 vive exiliado en Francia, donde continuó ejerciendo el periodismo y llegó a ser redactor jefe de ‘Jeune Afrique’.

Su primer libro, Las cruzadas vistas por los árabes, se publicó en 1983 y desde dos años después se ha dedicado exclusivamente a la literatura. León el Africano, Identidades asesinas, El viaje de Baldassare, Orígenes y El desajuste del mundo son algunas de sus obras. Su vida de continuo nómada por el mundo y la herencia de dos culturas, la occidental y la árabe, le ha convertido en un crítico de la intolerancia y el fanatismo y un defensor del respeto a las distintas identidades.“La tolerancia no basta. Lo que necesitamos decir es: yo te respeto”.

18/10/2010

Le temps des cerises - Noir Désir




"Le temps des cerises", version "Le temps des crises"!

Mas oui!

Quand nous chanterons, le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête.
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur
Quand nous chanterons, le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur.

Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles,
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendant de corail qu'on cueille en rêvant.

Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles!
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai point sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des peines d'amour.

J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps là que je garde au coeur
Une plaie ouverte.
Et Dame Fortune en m'étant offerte
Ne pourra jamais fermer ma douleur,
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.

Aqui a versão original (http://www.maldoror.org/documents/Audio/Le%20Temps%20des%20cerises.htm )

16/10/2010

Gainsbourg - Vie héroïque

Hoje, no último dia da Festa do Cinema Francês, vi finalmente o filme "Gainsbourg - Vie héroïque", primeira obra cinematográfica do autor de BD Joann Sfar (ver post http://anacruses.blogspot.com/2010/03/gainsbourg-vie-heroique-de-joann-sfar.html ).

Gostei da visão muito pessoal do realizador (ele chama o filme um "conto") sobre a vida de Gainsbourg: o filme inclui, além de personagens importantes na vida do artista, desenhos animados e uma marioneta gigante "La Gueule" (goela, tromba), uma especie de alter ego/fantasma de Gainsbourg.

Aqui acima o vídeo "Je bois", um dueto de Serge Gainsbourg (Eric Elmosnino) e Boris Vian (Philippe Katerine): "Je bois systématiquement pour oublier les amis de ma femme, je bois sytématiquement pour oublier tous mes emmerdements".

P.S. A partir de hoje 21 de Outubro nos cinemas Lusomundo (Amoreiras - Lisboa, Dolce Vita - Coimbra e Porto), Medeia Monumental - Lisboa e Castello Lopes - Villa Cascais.

15/10/2010

Moz'ART Group

10/10/2010

Medina Carreira continua a malhar...


O primeiro-ministro não tem estratégia nenhuma na cabeça senão andar a fazer espectáculo e ir conciliando as circunstâncias para ver se vai durando. Aliás, este primeiro-ministro foi realmente uma desgraça para o país”, afirmou o fiscalista Medina Carreira em entrevista ao DN e à TSF.

A chamada consolidação de que o ministro Teixeira dos Santos e o primeiro-ministro falam – ‘já fizemos uma, podemos fazer mais duas ou três’ – não tem nenhum assento na realidade”, acrescentou.

Na entrevista de quatro páginas no Diário de Notícias, Medina Carreira afirma que "desde há dois anos que não acredito naquilo que o Ministério das Finanças diz. O Ministério das Finanças já não merece crédito. E o Ministério das Finanças era das coisas mais rigorosas que havia no país. Aquilo já é considerado uma barraca de farturas”, acusou (gostei desta, R.L.).

Medina Carreira deseja que a actual legislatura não chegue ao fim, “porque as asneiras acumuladas, a desconfiança e as mentiras já liquidaram qualquer crédito de confiança que possa dar ao primeiro-ministro”.

Sossego

Trabalhos de pavimentação.
Uma semana sem carros na rua ou quem sabe até duas por causa do intemperie.
É um sossego.

09/10/2010

"Bitches Brew" - Miles Davis (1969)

Hoje no programa "Palcos" na RTP 2 o concerto ao vivo em Copenhague (1969) de "Brews Bitches", álbum considerado um marco na história do jazz, com (ainda novinhos) Miles Davis, Chick Corea, Wayne Shorter, Dave Holland e Jack Dejohnette.

Hoje John Lennon faria 70 anos...

08/10/2010

Ajudar a combater a crise

De certo modo é um complemento do post anterior, recebi por mail o blogpost seguinte, aqui "gentilmente copiado"...

"Eu renuncio!
Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir.

Assim:
• Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;
• Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e áquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;
• Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;
• Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;
• Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;
• Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;
• Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;
• Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmísisma medida do corte nas transferências;
• Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;
• Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;
• Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.
• Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.
• Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.
• Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da empresa Estradas de Portugal.
Seria fastidioso alongar-me nas coisas que o Estado criou para o meu bem estar e que me disponho a não mais poder contar. E lanço um desafio aos leitores do 4R : renunciem também! Apoiemos todos, patrioticamente, o governo a ajudar o País nesta hora de aflição. Portugal merece."

Publicado em: http://quartarepublica.blogspot.com/2010/09/eu-renuncio.html

"Temos políticos mais autoritários"


"O ainda embaixador português na Unesco, Manuel Maria Carrilho, afirmou esta quinta-feira que hoje Portugal «tem políticos mais autoritários» do que no passado recente porque são pessoas «impreparadas» para o poder e que para se defenderem tendem a «gerar o medo» nos outros.

Carrilho não pronunciou o nome de José Sócrates mas as críticas eram-he dirigidas. «Os grandes estadistas não geram medo, gostam da crítica e do debate», continuou, em entrevista na SICN, lembrando que no PS não ha verdadeiro debate desde 2004, altura em que Sócrates foi eleito secretário-geral do PS, mas apenas reuniões a que chama de «debates com teleponto».

Como pecados capitais dos actuais políticos, o ex-ministro da Cultura de António Guterres aponta «a demagogia» e «o deslumbramento», nomeadamente com as novas tecnologias, como o Magalhães, e a propaganda.

Sobe a sua anunciada substituição como embaixador da Unesco, Carrilho explicou que exerce as suas funções «sempre com muita liberdade e desapego aos cargos» e que a sua recusa em votar no candidato egípcio Farouk Hosni a director-geral da Unesco, em 2009, (e que esteve na base da decisão do Governo em o afastar) não devia ter sido surpresa para quem o nomeou. Lembrando que o egípcio «perseguiu escritores e impôs censuras», afirmou: «Se alguém esperava que eu fosse para uma organização de direitos humanos votar numa pessoa com aquele passado é não me conhecer»."
(Artigo no jornal SOL desta semana)

-------

R.L. - Agora que já foi "saneado" do seu posto, Carrilho já não se cala! Gostei e também gostei do comentário duma leitora:

"Mariaaa
07-10.2010 - 22:39

Confesso que nunca gostei muito do senhor M M Carrilho. O seu ar de superioridade sempre me irritou, mas ao mesmo tempo confesso que cada vez mais o admiro pela sua postura na manutenção dos valores que em consciência defende e mantem sem se sujeitar a pressões vindas de quem nunca lhe chegará aos calcanhares."

05/10/2010

Accordéon


Primeiro dia de aulas de acordeão na nova Academia de Música da Graça (iniciativa louvável, http://academia-de-musica.blogspot.com/ ) e logo uma surpresa.
Quando eu estava à espera de três alunos iniciantes, entrou na sala decidamente Maïmouna, uma menina francesa de 10 anos, já com uma partitura elaborada de "Carnevale di Venezia" nas mãos. Tocámos isso, a seguir foi a minha vez de fazer umas propostas: a famosa valsa de "Les Negresses Vertes" (http://www.youtube.com/watch/?v=m-AWfhTzxEU ), mais a não menos famosa valsa de cinco tempos "Vivre" de Stéphane Delicq (só agora soube que ele faleceu em Fevereiro deste ano, dois dias antes de completar os 60 anos, uma grande perda...), a ouvir em http://www.delicq.org/extraits.html .
"Musique avex des couleurs", disse Maïmouna, entusiasmada.
Uma afirmação extraordinária para uma menina tão jovem, vou já à procura de mais repertório para ela.

03/10/2010

Aurélie Dupont & Manuel Legris dançam "Le Parc" (Mozart)

Excelente documentário hoje à noite (na RTP 2) de Cédric Klapisch sobre a bailarina Aurélie Dupont (Opéra de Paris).

Aqui com Manuel Legris em "Le Parc" de Mozart numa coreografia de Angelin Preljocaj, o fragmento do beijo (5:25) é um momento supremo de bailado.

Comunicado do Candidato Vieira




"Caros amigos,

Todos achamos que os governantes são farsantes mediáticos que parecem ingenuamente acreditar que detêm algum poder. Eu quero aparecer no boletim de voto, como intervenção artística, como uma performance na qual todas as portuguesas e portugueses podem participar como verdadeiros artistas! Essa é a revolução: Fazer aparecer uma fotografia a preto e branco num papel oficial do estado português de um palhaço que bebe com' ó caraças e que diz que só desiste se for eleito... Essa vai ser a vossa recompensa!

As 7500 assinaturas de que preciso são 7500 peças desta obra de arte. Cada um de vocês tem uma das peças. Se as juntarmos todas, fazemos com que o "Candidato Vieira" seja uma gigante espinha de bacalhau cravada na garganta da política portuguesa!!!

Assinem e façam assinar! É como ir ao dentista, à tropa ou à catequese. Há coisas que têm mesmo de ser feitas. Acreditem em mim!!! Não têm alternativa neste teatro com tão maus actores e péssimos cantores.

Sinceramente,

O Vosso
Presidente Vieira

VIEIRA, UM BANANA PARA UMA REPÚBLICA"

Mais palavras para quê? Assine Vieira, viva Portugal!

http://www.vieira2011.com/
http://vieira2011.blogspot.com/

02/10/2010

A outra Xuxa...


(A propósito do comentário do visitante Dervich no post anterior).
Maria da Graça "Xuxa" Meneghel, aqui no auge da sua glória no "Xou da Xuxa", na edição alemã "Geo-Special" sobre o Brasil.
Comprei a revista em Munique em Fevereiro 1988, quando estava de visita à amiga Ulrike que ia partir para o Brasil pouco depois. Carnaval na Baviera, Glühwein, Weisswurst mit Breezn, tocar acordeão na rua com dois graus negativos (luvas com dedos cortados), três tardes: 400 marcos, "geht schon"!
A minha ideia era atravessar o Atlântico meio ano mais tarde e ficar pelo menos seis meses.
Uma parede da minha mansarda em Lisboa estava coberta dum mapa gigante do Brasil com vários possíveis itinerários já marcados. No Verão consegui as poupanças necessárias para a viagem, actuando 80 noites seguidas no Café Paris em Sintra.
Eu feliz, o dono feliz, menos felizes talvez os empregados, 80 noites de acordeão é muito...
Só que numa noite apareceu lá Farinha Master (http://anacruses.blogspot.com/2007/02/farinha-master.html ), ele convenceu-me a entrar no seu projecto Ocaso Épico e todo o dinheiro amealhado foi investido num teclado Yamaha da última geração (na altura).
Bye bye Brasil, é a vida (so ist das Leben)...

01/10/2010

Nem a xuxa escapa...


...ao aumento do IVA.
Todos os bebés em protesto nas ruas!