28/02/2009

Alaaf!


A palavra "Alaaf!" é uma saudação muito usada durante o Carnaval na Holanda e Alemanha; na minha terra vem obrigatoriamente acompanhada pelo gesto na foto: polegar da mão aberta encostado ao nariz.
Sobre o significado as opiniões dividem-se:
- pode haver uma ligação com "elf" ("onze" em holandês e alemão). Na Holanda 11 é o "número dos loucos" ("gekkengetal") e tem um grande papel no Carnaval. Há um "Raad van Elf" ("Conselho dos Onze") que reune no dia 11 de Novembro às 11 horas e 11 minutos, oficialmente o início da época de Carnaval;
- mas o "Dicionário Etimológico da Língua Holandesa" diz que não: "Alaaf" vem de um dialecto alemão "all-ab" que significa: "tudo embora, abre caminho!"
Eu prefiro acreditar na primeira explicação (mesmo se for incorrecta) e fazer o "Elogio da Loucura" (Erasmo de Roterdão, publicado em 1511!).
Hoje completo o meu 11º lustro de vida. Viva a loucura!

26/02/2009

Sporting 0 - Bayern de Munique 5


Hoje fui ver a exposição "O Surrealismo na Fundação Cupertino de Miranda" na Cordoaria Nacional (ainda até 29 de Março, muito recomendada), uma colecção de pinturas, esculturas e fotografias, obras ligadas ao Surrealismo português.
Entre outros: Cesariny, Cruzeiro Seixas, Eurico Gonçalves, Jorge Vieira, Alexandre O'Neill, Paula Rego.
Quando vi o quadro aqui acima ("O Anzol", Philip West, 1977), o "link" com a derrota "surrealista" do Sporting ontem à noite foi inevitável....

24/02/2009

"Fossils" (Le Carnaval des Animaux / 9)




Cinzas: "Porque tu és pó e ao pó voltarás" (Génesis, 3, 19)


ou no http://www.youtube.com/watch?v=vGI-hYVslPU , com animação a condizer...

"Aquarium" (Le Carnaval des Animaux / 7) - Camille Saint Saëns (1886)

"De la baleine à la sardine et du poisson rouge à l'anchois dans le fond de l'eau chacun dîne d'un plus petit que soi " ( http://fr.wikipedia.org/wiki/Le_Carnaval_des_animaux ).

Depois de uma noite de folia é bom acordar suavemente com esta música.

"Zadelpijn" - um incómodo tipicamente holandês

(Tradução da notícia) "Pelo menos um milhão de holandeses sofre de "zadelpijn". As queixas mais frequentes são: dores nas nádegas e durante a micção, falta de sensibilidade nas partes genitais e uma diminuição temporária do interesse sexual (início do riso descontrolado do pivot Harmen Siezen). Segundo os investigadores as queixas surgem porque, na altura da compra da bicicleta, muitas vezes não se presta atenção suficiente ao tamanho adequado e à posição certa (do selim). Para terminar: o estado do tempo com Peter Timofeeff". (Telejornal, Holanda 1991)
"Zadelpijn" = "dor nas nádegas por causa de estar montado numa sela ou num selim".
É Carnaval, ninguém leva a mal.... este fragmento é um clássico da televisão holandesa!

21/02/2009

Carnaval: na minha terra chama-se "Vastenavend"...

"Wagetjes kijke" ("espreitar os carros alegóricos") é um evento muito apreciado no fim-de-semana antes de "Vastenavend" em Bergen op Zoom (Holanda), pois durante o desfile é quase impossível ver de perto toda a beleza das construções.

A canção no vídeo é um clássico do Carnaval: "Ik ben zo blij, zo blij dat mijn neus van voren zit en niet opzij!" (para manter a rima: "Estou tão contente, tão contente por ter nariz, não no lado (da cabeça) mas na frente"!)

20/02/2009

Acção Fantasma em Defesa do Clarinete - AFDC

A AFDC vem manifestar o seu apoio incondicional ao clarinete e, no exercício do seu direito de antena anacrúsica, postar portanto uns youtubinhos. (que falta de originalidade) 

John Surman no Clarinete Baixo, com Anouar Brahem e Dave Holland. Pelo que percebi, o vídeo é uma produção da/para a ECM Records.




O Quinteto para clarinete do Mozart é uma obra que mexe comigo.  Foi a primeira música que a minha filha mais velha ouviu depois de nascer.  Durante as primeiras semanas de vida ela ficava especialmente calma quando ouvia o segundo andamento


17/02/2009

Bandoneon: hasta la victoria final - Aníbal Troilo "Pichuco" & Tango Fire!



A última parte deste vídeo (Troilo e orquestra) é lindíssima... ver e ouvir a versão inteira do tema "Quejas de Bandoneon" em http://www.youtube.com/watch?v=yXVLktRRkwY


Fuego!

16/02/2009

Hoje faz anos...




...o autor do blogue "El Diablo en el Ojo", aqui acima no papel de Marechal Carmona na peça (já referida na semana passada) "Longas Férias com Oliveira Salazar".
Ele sim ainda tem a sua ponte (Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira, na foto com campino)!
Parabéns, Pedro Filipe!



Narizes


O meu amigo Fernando Mora Ramos enviou-me este texto que, com a devida autorização, vou 
postar aqui:


NARIZES

"Até me parece infantil esta do nariz, mesmo que na resolução coxa do cartaz o esticado do nariz deixe muito a desejar, sem requinte, desenhado não como inexplicável mistério de crescimento exponencial da carne, porventura exercido sob alçada de um poder da verdade a castigar mentiras, mas esteticamente aposto como uma prótese, miserável quanto a flor de plástico na iludida espera dos labores da abelha e virtudes do pólen fertilizador.

Seria a meu ver menos ofensivo para o nariz e também para o feliz contemplado, se o nariz de que se fala fosse de clown – quem não gostará, uma vez na vida, de mudar de nariz, mesmo num episódico Carnaval na política espectáculo?

Só mesmo na personagem de Gogol o nariz foge do dono e este desespera, a identidade perdida. Sem nariz, nem sequer estatuto de proletário avant la lettre, nobreza leninista por vir, nem mujique, nada, um vácuo de ser. E como o horror ao vazio nos determina mais que o medo do chefe, eis a tragédia metida a farsa: “sou ou não sou, diz-me lá nariz meu que partiste”. Acresce no caso gogoliano que ELE vem com bigode, bilateral e promontório plantado a meio do rosto, ou melhor, do seu desaparecimento, um nariz e peras, protagonista. 

Embora em Portugal se diga depreciativamente que tal tipo é um palhaço, constituindo isso ofensa, um nariz de palhaço ao lado de um de Pinóquio fazem parelha, casal bucha e estica, complemento de extremos desiguais irmanados. Portanto o Pinóquio também é um Clown, mas não sabe e não traz com ele geneticamente a graça que baptiza o outro. 

É das coisas burras que cá se faz, essa depreciação do palhaço – és um palhaço pá – já que é arte subtil e tradição de origens ricas, uma delas nossa. O bobo da corte, assim como o parvo vicentino, cá está, são arautos do que é necessário que se saiba mas não se deve dizer, que o rei vai nu – e nisso o nariz ajuda, porque mascara quem o diz, anonimato que evita policiamento e permite dizer sem peias, ou, outra hipótese, dirige a verdade na direcção para que aponta, míssil, como o nariz antiquíssimo do Capitão da Commedia dell’arte. Neste caso, todo perfil. Il Naso mais que um estatuto é uma máquina de guerra.

Nos antípodas destes, um nariz clandestino, o de Cyrano, capaz de suspiroso verbo e no amor inexcedível, amante dedicado mesmo que interposto alcoviteiro solidário, interessado sem interesses, como não há nesta era da comissão. E este é talvez o mais nobre de entre os narizes, tocado pela flor da beleza. Não há semelhante localmente, peritos em saudade e não em amor prospectivo.

É extraordinário como certos narizes se relacionam com a verdade e com verdades sociais: no caso do clown, o mundo de pernas para o ar baseado numa vocação do apego ao literal retrata o podre das hierarquias, verdade oficial incutida ou imposição inseminada ideológica abrangente.

O nariz do parvo vicentino não é reconhecível à primeira. Infelizmente como tipo não tem o estatuto ímpar da marca portuguesa, mais fidalgote na pose e único concorrente do Arlequim italiano. Do fidalgote, e das Beiras (eles lá são aos molhos), diz-se: “Assim que bafejais logo me cheirais a nabos”, responde quem os vê dentro sabendo como desejam Lisboa e andares nas Avenidas. O parvo vicentino é só nariz, espirra sem sentidos que podem ser lidos como matriz do absurdo, cócegas no calcanhar de intelectuais de setentas ou de noventas, nada a ver com Beckett, criador do supremo clown, homem detrito, sem qualidades.

Como amante das clowneries, memória de Fellini e também do russo Popov – vi-o no Coliseu – diria que se há quem não tenha qualquer possibilidade de ser tocado pela graça genuína do clown é certamente o Primeiro-Ministro. Nem com o nariz de Pinóquio, sem gag, ou de um gag só. Para pior só mesmo o Presidente Cavaco. Nenhum deles se ajeita. Já falando da figura do palhaço rico, isso sim, seriam candidatos possíveis num casting aberto. E já agora que se fala muito de ricos, espero que os taxem também no corte das deduções, aos palhaços ricos. Os palhaços pobres vão rezar por isso."

Fernando Mora Ramos

Escrevinhador

15/02/2009

O artista enquanto espera o subsídio


Cartaz subsidiado pelo Ministério da Cultura (clicar para ampliar).

Fim-de-semana é fim-de-semana...


...devem ter pensado os construtores de andaimes aqui no Alto dos Moinhos.
Material espalhado à toa no asfalto de uma rua movimentada (ao lado do Externato Marista). É ver para crer. Felizmente não houve temporal como no fim-de-semana anterior.

14/02/2009

O instrumento dos deuses


The Tempest

A Tempestade de Shakespeare pela Companhia do Chapitô. Três actores, um pano e um livro em cena até 1 de Março, de Quinta a Domingo às 22h, no Chapitô.


Astor Piazzolla - Bandoneon - Tango Nuevo

Olhando para os resultados da votação até agora, acho que o bandoneon tem uma boa hipótese de ganhar a competição parcial dos aerofones livres, vamos ver se consegue ameaçar a flauta na classificação geral!

Aqui um "masterclass" de Astor Piazzolla sobre o Tango Nuevo (mais de 45 minutos em 5 partes, clicar duas vezes na imagem para procurar as outras partes na coluna do lado direito da página).

Na terceira parte Astor fala um pouco sobre a história e a técnica do bandoneon: "The person who wants to learn this instrument must be a little out of his mind!"

11/02/2009

Karl Richter toca J.S. Bach - Passacaglia & Fuga em Dó menor, BWV 582

O maestro Karl Richter no Dreifaltigkeitsorgel (Órgão da Trindade) da Basílica de Ottobeuren, isto deve trazer votos a este instrumento majestuoso! Aqui a primeira parte com a Passacaglia, a segunda parte com a Fuga em http://www.youtube.com/watch?v=TOnNMXPggVs .

A inscrição no órgão diz: "Laudate Deum in chordis et organo" (vídeo às 6 min. 20 seg.), podia ser o lema destas eleições!

Já dediquei um post ao grande intérprete Karl Richter (16 de Novembro 2007) a tocar a "Toccata & Fuga em Ré menor, BWV 565" no mesmo instrumento: http://www.youtube.com/watch?v=qMycbc7Lusw .

Fa Ut La - A mágica flauta





Há pelo menos 40.000 anos que a flauta nos acompanha. E já antes os pássaros e o vento interpelavam o espírito dos nossos antepassados, alimentando a necessidade da melodia e incentivando a criatividade dos sons produzidos pela voz. A palavra terá nascido da música, da capacidade de produzir sons diferenciados. O cérebro humano com a música dá o seu maior passo evolutivo depois da libertação do polegar.

A flauta faz parte do nosso património genético. É, juntamente com a voz, a mãe da melodia. 
Vamos votar no nosso sangue. VOTA FLAUTA.

09/02/2009

Oboé - hobo!?

Três "hobos" em Chicago (1929)





Tempo de antena para um "aerofono rissonante" menos votado: eu gosto muito do oboé. A palavra vem do francês "hautbois", em muitos línguas germânicas é escrita e/ou pronunciada como "(h)obo".

Um aparte, mas uma questão que me intriga: será que há uma relação etimológica com a palavra "hobo", o fenómeno americano do início do século XX? Um "hobo" era (é) um sem abrigo por opção, sempre "on the road", viajava de preferência em comboios de mercadorias, vivia de biscates, muitas vezes trabalhos que ninguém quis fazer. A população de "hobos" aumentou muito na era da Grande Depressão (foto), o "Charlot" de Charles Chaplin (personagem criada já em 1912) foi um "hobo" por excelência.

Na Wikipédia inglesa encontramos muitos dados interessantes sobre a "hobo-culture": linguágem "hobo", código de símbolos, código ético(!), uma lista de "hobos" famosos, p.ex. Woody Guthrie, Jack Kerouac, Jack London, Robert Mitchum, George Orwell (ver link "Orwell Diaries" nas nossas "Harmonias"!), John Steinbeck, etc. http://en.wikipedia.org/wiki/Hobo .

Sobre a origem da palavra "hobo" há várias teorias. Um site "American Dialect Society"" fala da existência das palavras "oboe/hautbois/hautboy/hoboy/hobo".

Uma citação de um diário de 1848: "A year's bronzing and "ho-boying" about among the mountains of that charming country called Mexico, has given me a slight dash of the Spanish." Também no século XIX a palavra "hoboy" era outro nome para a profissão de "nightman": alguém que limpava as latrinas públicas durante a noite; será que houve "hoboys" oboistas!?

Direito de Antena - Flauta

A flauta é o instrumento melódico mais antigo e é a mãe de todos os restantes instrumentos de sopro. Por isso, caros leitores, vamos dar à Flauta o lugar que ela merece: o primeiro. (vote na tabela da direita)

fica aqui uma brincadeira flautistica:


07/02/2009

A vida privada de Salazar

Governanta Maria de Jesus, cardeal Cerejeira, Salazar


Salazar e Maria de Jesus com a galinha Felismina....


Salazar na cama com o seu primeiro amor Felismina (com arfador ao vivo)


Três irmãs de Salazar: Marta, Maria Leopoldina, Laura

A jornalista francesa Christine Garnier


Então amanhã e segunda-feira vamos saber tudo sobre "A Vida Privada de Salazar" em dois episódios na SIC. Mal posso esperar....
Para começar a escolha de Diogo Morgado para o papel de Salazar, mas também o leque de actrizes a representarem as mulheres na vida do ditador promete.
Como aperitivo vou matar umas saudades: aqui acima imagens da peça de teatro "Longas Férias com Oliveira Salazar" (TNDM II, 2007), também com algumas das mulheres na vida de Salazar...(clicar para ampliar)


06/02/2009

Richard Galliano & Michel Portal - "Mozambique"

Consultei o "Metrónomo" e parece que o meu post "Richard Galliano plays Piazzolla" provocou uma queda a pique nas audiências deste blogue, menos de 100 visitantes anteontem, a "cotação" mais baixa em meses. Para salvar o blogue é preciso uma nova injecção de "capital"!

Acordeão e saxofone, dois dos aerofones mais votados até agora, um "libero" , o outro "rissonante", um bom casamento...

Bail Out Bill - Toma-lá uma nota e safa-te como puderes!



Em Setembro 2008 o Governo americano lançou um plano de apoio económico de 700 mil milhões de dólares para salvar grandes empresas e instituições financeiras da falência, a chamada "Bail Out Bill".
Muitos americanos consideraram este projecto de lei nada mais nada menos do que uma ajuda exclusiva aos banqueiros e só com um aumento de 150 mil milhões de dólares (destinado a uma baixa de impostos para a classe média e incentivos a pequenas empresas) o plano foi aprovado pelo Senado e Congresso e promulgado como Lei no dia 3 de Outubro.
Mesmo assim o homem vulgar, "the man in the street", não vai ter nenhum benefício desta "Bail Out Bill".
Assim pensou o ilustre desconhecido que montou nesta semana um pequeno balcão "The Bail Out Booth", perto da Time Square em Manhattan (Nova Yorque)... e começou a dar dinheiro vivo aos transeuntes sob o nome "Bail Out Bill" (trocadilho: "Bail out" = libertar sob fiança, ajudar, safar; Bill = projecto de lei... e diminutivo do nome William... e tambem nota de banco!), notícia a ver em: http://www.nbcnewyork.com/news/local/_Bailout_Bill__Hands_Out_Free_Money_Near_Times_Square_New_York.html.
"Por um lado a ideia é divulgar um novo website onde as pessoas podem postar vídeos publicitários, por outro lado "Bailout Bill" também quer ajudar as pessoas da mesma maneira que o governo está a ajudar os bancos!", disse um porta-voz. "Em vez de gastar 500.000 doláres em anúncios de televisão damos uma oportunidade às pessoas de ganhar algum dinheiro."
A única contrapartida: o "feliz contemplado" (ninguém sai com menos de 50 dólares) tem que contar os seus problemas a um colaborador com câmara e microfone.
Muitas histórias sobre problemas comuns: desemprego, doença, dívidas, mas também relatos invulgares como "An unusual bailout request" de "Mysticme" (uma senhora que pede 1000 e tal dólares para o seu gato, Mr. Jenks, que sofre de obstrução uretral e precisa de ser operado; ele é o seu único companheiro desde há 9 anos, uma vez que o marido está na prisão), ou "6 death in 2 years" de "Pickaname" (em dois anos morreram seis membros de uma família, um ataque cardíaco depois do outro, os parentes não têm meios para suportar as despesas dos funerais, com tantas contas a pagar vão ter que vender a casa).
Não posso continuar a ler muito tempo sem a sensação de estar a praticar um género de "voyeurismo" muito esquisito.... é o outro lado do "Sonho Americano".


03/02/2009

Richard Galliano plays Piazzolla

Minhas Senhoras, meus Senhores, qual é a dúvida!?

VOTEM ACORDEÃO!

Eleição do AEROFONE



Depois das disputadas eleições cordofónicas, seguem-se as aerofónicas. O critério será o mesmo e teremos de ter em conta que ao existir, por exemplo, uma candidata flauta, ela engloba todo o tipo de flautas, assim como o candidato clarinete, representará também os vários clarinetes e os seus antepassados. 

E os Nomeados são:

Acordeão, Bandoneón, Clarinete, Fagote, Flauta, Gaita-de-fole, Oboé, Orgão, Trompa, Trompete e Saxofone

Vote na tabela da direita. 

VOTAR É UM DEVER MUSICAL

02/02/2009

Flat Life (Jonas Geirnaert, Bélgica - 2004)

"Pendurar um quadro na parede, construir um castelo de cartas, lavar a roupa, passar os dias e as noites em frente do pequeno ecrã...estas são algumas rotinas do dia a dia que os protagonistas desta animação irão realizar perante os vossos olhos que, para os devidos efeitos, precisam de estar atentos aos diversos quadradinhos em que estas personagens urbanas habitam...

Seja voyeur e lembre-se, nem sempre estamos sós...!"

(Prémio do Júri curtas-metragens Festival de Cannes 2004, hoje na Onda-Curta na RTP 2)

01/02/2009

Violoncelo e Piano - Os grandes vencedores

Depois de um balanço muito positivo das eleições do cordofone, estamos já a preparar as próximas: A eleição do Aerofone.

Para comemorar a vitória do violoncelo e do piano aqui fica Beethoven por Rostropovich e Richter.

"Welterusten, Mijnheer de President" - Boudewijn de Groot (1967)

Depois de ouvir a canção "Le deserteur" de Boris Vian lembrei-me desta "protest song" holandesa de Boudewijn de Groot (letra de Lennaert Nijgh) contra a guerra no Vietnam.

Reapareceu neste vídeo YouTube 40 anos depois por causa da guerra no Iraque (clicar em "mais informações" à direita para ver a letra original e a tradução em inglês).

A versão com imagens de 1967 em http://www.youtube.com/watch?v=zxYXLcy6WP8

Balanço das Eleições do Cordofone - o chamado BEC

Alaúde
  15 (5%)
 
Contrabaixo
  22 (7%)
 
Cravo
  8 (2%)
 
Guitarra
  36 (12%)
 
Harpa
  58 (20%)
 
Piano
  125 (43%)
 
Saltério
  9 (3%)
 
Viola
  27 (9%)
 
Violino
  51 (17%)
 
Violoncelo
  126 (44%)
 
Um primo de um destes
  7 (2%)
 


Votes so far: 285 
Poll closed 

O mais extraordinário desta votação foi a vasta afluência à urna nas últimas horas de votação. Ontem à tarde o violoncelo contava apenas com cerca de cem votos , o piano com noventa e poucos e o total de votos pouco passava dos duzentos.
Houve portanto uma disputa de dois amantes de cordofones, que tiveram a santa paciência de estar a aldrabar a votação vezes e vezes e vezes e vezes. Eles são os verdadeiros vencedores destas eleições pois demonstraram um amor inabalável pelo seu instrumento.
Eu fiquei contente: O violoncelo tem realmente um timbre único e muito humano e o piano é sem dúvida o instrumento mais completo  no que diz respeito às possibilidades harmónicas e melódicas. E a minha querida harpa ficou em terceiro lugar.

Aceitam-se sugestões para as próximas eleições do aerofone.