02/01/2009

Viva o Cymbalon!




Penso que o cymbalon (ou saltério) não vai ganhar muitos votos na Eleição Instrumento de Corda.

Hoje em dia o instrumento aparece muitas vezes associado à música cigana (por exemplo Taraf de Haïdouks), mas neste vídeo (ou)vimos o romeno Robert Miu numa virtuosa interpretação do "Caprice 24" de Paganini (ouvir a execução em violino por Yehudi Menuhin no post Anacruses de 1 de Outubro 2008).

9 comentários:

Rui Rebelo disse...
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Rui Rebelo disse...

Caro Rini,

O saltério, cymbalon, dulcimer ou santur (trouxe um do Irão) é um belíssimo istrumento, mas a nível sonoro não está à altura nem, da Harpa, nem do violoncelo.

O contacto com o corpo do instrumentista é fundamental num istrumento de corda. e as cordas quando perutidas produzem um som muito menos puro e de expressividade bastante limitada.

Eu penso que o Sr. Rini deveria arranjar melhores argumentos para defender esse instrumento ou mudar o seu voto para outro.

Peço desculpa por ser tão directo mas campanha é campanha.

VIVA A HARPA, VIVA O VIOLONCELO.

Rini Luyks disse...

Rui, cada um defende a sua dama ou o seu partido ou o seu instrumento, mas será permitido votar em mais do que um(a)!??
Na política esses votos são nulos e também no caso das damas (mesmo sendo votos em segredo) o "voto múltiplo" em geral só traz complicações...(o que não impediu o grande Jorge Amado de afirmar: "Não se pode dormir com todas as mulheres do mundo, mas deve-se fazer esforço").
Claro que podemos considerar esta eleição tanto do ponto de vista do tocador como do ouvinte.
Neste vídeo, por exemplo, acho que o cymbalon "outshines completely" os dois outros instrumentos de corda (o acordeão praticamente não se ouve).
Como ouvinte acho que pode haver lugar de protagonista para cada instrumento no seu tempo.
Como tocador admito que o contacto directo entre dedos e cordas proporciona uma sensibilidade diferente em comparação com o contacto indirecto através de teclas ou martelinhos. Mas infelizmente até agora só senti chamamento para as teclas (e gostava de tocar o cymbalon como faz este romeno!).
O meu "Viva..!" é por isso menos em tom de desafio e mais em tom de discriminação positiva.

De resto acho muito bem haver um tom de campanha nesta eleição, faz-me lembrar a campanha pelo "Aborto musical" neste blogue há dois anos!

Delfim Peixoto disse...

Folgo que o meu instrumento esteja em primeiro lugar na votação...
Bom Ano

Rui Rebelo disse...

Meu caro Rini,

Penso que uma votação realmente pluralista permite o polivoto. Só é pena que não se possa atribuir valores diferenciados. Continua a ser uma votação democrática, visto todos os eleitores terem os mesmos direitos.

No entanto, caro rival, admiro a sua luta por causas perdidas. ou seja, pelo direito à igualdade dos instrumentos musicais e pela desfesa das minorias étnicas e do património arqueológico.

Mas devo dizer-lhe, meu caro saltérista, que estamos a eleger "O instumento de cordas". Trata-se de uma votação de alta responsabilidade, que pode reflectir a profunda influência que os instrumentos de corda exercem no Ser Humano.

Resta-me acrescentar que também tinha saudades de umas eleições aqui no Anacruses. É um prazer poder defender um ou vários instrumentos. Não em detrimento de outros mas sim pelas suas mais valias.

Rui Mota disse...

Rini,

Em primeiro lugar, os meus melhores votos para este ano que agora se inicia.
Sobre o cymbalon, ainda há bem pouco tempo ouvi em Sevilha um dos seus mais criativos intérpretes (Kálmán Balogh) que actuou num dos "showcases" da Womex. É de facto um instrumento extraordinário que exige do instrumentista uma impressionante sincronização de movimentos; mas, se tiver de escolher, a minha preferência vai para o violoncelo...

Rini Luyks disse...

O.K., caros Ruis, olhando para a votação até agora já percebi que a contenda vai ficar decidida a favor do violoncelo....outra coisa não seria de esperar em terra de Guilhermina Suggia. Mas, Rui R., vou continuar a minha pequena cruzada pela "defesa do património arqueológico", viva a viola da gamba!

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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