Se tivermos uma ideia musical e não a escrevermos, tocarmos ou gravarmos, só poderemos considerar isso um aborto musical se apagarmos por completo essa ideia da nossa memória. Pois se compusermos uma música e nos lembrarmos dela para o resto da vida é considerado gravidez musical eterna, e não aborto.
Existe outra questão que é a da interrupção voluntária da ideia musical. Se, por exemplo, alguém me interromper o pensamento musical e me transferir a atenção para outro pensamento, fazendo-me esquecer da música, isso será uma interrupção involuntária do pensamento musical à qual já não poderemos chamar de aborto. Mas se for eu próprio a distrair-me e a interromper o pensamento musical poderemos nós classificar o voluntariado dessa acção de interrupção? Penso que não.
Outra questão pertinente é se será o embrião musical considerado música?
Ora imaginem que o João Sebastião Ribeirinho quando estava a ter uma ideia musical que consistia num começo de arpejos (género dó-mi-sol-dó-mi-sol-dó-mi, repetindo e depois indo para o segundo grau e fazer o mesmo em ré menor) e de repente o seu estômago rosnava de fome e ele corria para a cozinha e esquecia-se da ideia musical que estava a ter. Não se poderia chamar a esses dois compassos o preludio nº 1, mas o facto é que se ele não se tivesse esquecido da ideia, provavelmente a teria completado. Felizmente não teve fome nesse momento .
Ora aqui coloca-se o problema que nos faz questionar a partir de quando uma ideia musical ganha a forma de música. Aos oito compassos? Aos doze? Bastante complexa e profunda esta questão somada a outra que é se uma melodia, ritmo ou harmonia quando isolados são considerados música?
Durante toda a história da música houve sempre abortos musicais. Terão sido eles todos involuntários?
E um plágio? Poderá ser o plágio considerado aborto? Um plágio é uma espécie de barriga de aluguer, logo se houver interrupção voluntária do plágio é considerado aborto. Neste caso obviamente sem punição moral.
Há também a questão dos gémeos (não génios) musicais. O João e o António têm a mesma ideia musical em simultâneo. De quem é a música? Visto não existirem testes ADN de autoria musical será impossível classificar e resolver esta situação.
Como podem ver esta questão do aborto musical é muito complexa e levanta muitas questões. Questões essas que me estão a deixar com uma ligeira dor de cabeça, causa que me encaminhará directamente ao consultório musical (post 31-12-06) para solicitar aos Drs. Contratempos e Partituras uma prescrição musical rápida e eficaz.
Existe outra questão que é a da interrupção voluntária da ideia musical. Se, por exemplo, alguém me interromper o pensamento musical e me transferir a atenção para outro pensamento, fazendo-me esquecer da música, isso será uma interrupção involuntária do pensamento musical à qual já não poderemos chamar de aborto. Mas se for eu próprio a distrair-me e a interromper o pensamento musical poderemos nós classificar o voluntariado dessa acção de interrupção? Penso que não.
Outra questão pertinente é se será o embrião musical considerado música?
Ora imaginem que o João Sebastião Ribeirinho quando estava a ter uma ideia musical que consistia num começo de arpejos (género dó-mi-sol-dó-mi-sol-dó-mi, repetindo e depois indo para o segundo grau e fazer o mesmo em ré menor) e de repente o seu estômago rosnava de fome e ele corria para a cozinha e esquecia-se da ideia musical que estava a ter. Não se poderia chamar a esses dois compassos o preludio nº 1, mas o facto é que se ele não se tivesse esquecido da ideia, provavelmente a teria completado. Felizmente não teve fome nesse momento .
Ora aqui coloca-se o problema que nos faz questionar a partir de quando uma ideia musical ganha a forma de música. Aos oito compassos? Aos doze? Bastante complexa e profunda esta questão somada a outra que é se uma melodia, ritmo ou harmonia quando isolados são considerados música?
Durante toda a história da música houve sempre abortos musicais. Terão sido eles todos involuntários?
E um plágio? Poderá ser o plágio considerado aborto? Um plágio é uma espécie de barriga de aluguer, logo se houver interrupção voluntária do plágio é considerado aborto. Neste caso obviamente sem punição moral.
Há também a questão dos gémeos (não génios) musicais. O João e o António têm a mesma ideia musical em simultâneo. De quem é a música? Visto não existirem testes ADN de autoria musical será impossível classificar e resolver esta situação.
Como podem ver esta questão do aborto musical é muito complexa e levanta muitas questões. Questões essas que me estão a deixar com uma ligeira dor de cabeça, causa que me encaminhará directamente ao consultório musical (post 31-12-06) para solicitar aos Drs. Contratempos e Partituras uma prescrição musical rápida e eficaz.
41 comentários:
obrigado sr. rui rebelo por abordar o tema proposto por mim.
Se por acaso tiver um problem de necessidade de interrup (ups...shiummmm,..) precoce de um tema musical, por favor, espere um pouco mais...eu tenho muitas pautas em branco prontinhas para as suas fecundas noitadas musicais. Por favor deixe-me ficar com um só tema, mesmo ligeiro, ou dois gémeozinhos, um loiro e o outro moreno, que alegria para o Senhor. Se é por dinheiro eu dou uma ajudinha..mas por favor não rasgue a pauta, ou apague o ficheiro wave ou mp3, envie-me uma mensagem para nãonãoaoabortomusical@anacruses.pt
Muito obrigado sr. rui, deus lhe pague essas notinhas tão bonitinhas...
cumprimentos,
o vosso A.S.
Apoiado. Não ao Aborto Musical. Não aos contaceptivos musicais que fazem com que as notas isoladas não fecundem. Vivam as composições com numerosas notas e cheias de polifonia. Em frente com a proliferação das partituras rascunhadas e emendadas. Que nenhuma nota seja deitada fora pois nunca saberemos que musica brotaria dela.
E a masturbação musical? Fazer música só para mim e não a mostrar a ninguém não é aborto. Viva a punheta musical!
Hoje à tarde ouvi uma história engraçada e aparentemente verídica.
Uma vez um músico foi chamado à corte em Sintra para tocar flauta para El Rei.
O músico tinha a ousadía de responder com uma pauta de 8 notas: Sol-Lá-Mi-Ré-Si-Fá-Sol-Lá.
Um trocadilho musical que lhe pode ter custado caro, não sei como a história acabou...se El Rei percebeu e achou graça ou não, se o músico ficou com a sua cabeça no sítio ou não. Como classificar esta brincadeira no contexto deste post, ó maestro?
sol-si-fá-lá, si-fá-lá-cá
mi?
si-fá-lá-lá!
si-ut-ré-si
mi-sol-fá-si
ma, is-tu.ér.los
mi-ré-si-sol
O.K.,O.K., não se apoquente, caro Rui.
A "tradução/descodificação" seria:
"Só lá m'irei, si faz Sol lá"(português renascentista!?)
Caro Rui,
Aproveito este meu curto momento de lucidez para o felicitar. Tivesse eu conhecimento precoce do seu aborto musical e não estaria nesta situação. Pelo menos teria melhor música de fundo.
E o aborto espiritual? Não existirão atitudes que bloqueiam, impedem e mesmo aniquilam a oportunidade da verdadeira Vida - o arpejo de Deus - seja gerada em cada coração humano?
Aborto espiritual? Também não, obrigado.
essa eu percebi caro palhaço do xadrez.
Não percebi foi a minha resposta ao seu comentário.
recorro ao ut, inverto as letras e mesmo assim não consigo entender o que é que eu quiz dizer ontem!!!
caro joincanto.
Por vezes a capa "do crente profissional" esconde o verdadeiro o individuo genético e social, não o deixando alcançar o seu Ser.
Aconselho canto gregoriano alternado com puro samba de favela três vezes ao dia sentindo assim as várias tonalidades, ritmos e timbres dos arpejos de Deus. medicamentos não disponiveis ainda na nossa farmácia. Mas ´`a venda numa FNAC perto de si.
Caro sr. Rui Rebelo (e os outros do blogue também),
Eu gostaria de encontrar na vossa farmácia musical, na prateleira das músicas sem prescrição, alguns exemplos de ABORTOS MUSICAIS. Deixo ao vosso critério e sabedoria a escolha dos adequados musicofármacos, respectivas posologias e indicações.
Gostava também que me indicassem um local em Lisboa onde seja possível ouvir Abortos musicais, pois eu vou estar aí no fim de semana e queria ver e ouvir uns abortinhos.
muito obrigado,
cumprimentos
vosso
A.S.
Caro anónimo Silva,
Cientificómusicalmente falando, o aborto musical é a interrupção voluntária da ideia musical antes de ser música. Claro que o termo também pode ser empregue como aberração ou monstruosidade musical. Penso que a sua referência se enquadrava dentro desta segunda definição.
Vá à FNAC e compre o cd da Floribella ou dos Morangos com Açucar e poderá ouvir verdadeiros abortos musicais.
Mas depois passe no Consultório musical e consulte os nossos especialistas.
E plágios e clones não serão a mesma coisa?! Haverá diferenças?
clones são cópias digitais dos originais. Não vamos confundir por favor.
Caro anónimo silva.
Já estamos a sentir a sua falta.
É o anónimo mais famoso deste blogue e eu queria potr-lhe uma homenagem com o tema que escolher.
Vá passando por cá e deixando a sua preciosa anónima contribuição silva.
Como em muitos casos, o problema são os abortos que andam por aí. Musicais ou não.
Gostei deste texto.
Cumprimentos em dó maior.
Caro Sr. Rui Rebelo
Um muito obrigado pela sua atenção.
Gostaria no entanto referir que as sugestões de abortos musicais nao me agradaram...agradeço na mesma a sua gentileza.
Parece-me que está na altura de revelar a minha identidade, visto que já existe uma certa intimidade...e além disso eu faço questão.
O meu nome é antónio silva, tenho quase 47 anos e vivo em torres vedras. Eu próprio toquei numa banda filarmónica durante alguns anos...primeiro bombo e depois aprendi uma melodias no trompete...tapava buracos dos muidos mais novos que ressacavam no domingo de manhã. Sou contabilista de profissão e desde que aprendi as novas tecnologias começei a participar intensamente na internet.
Encontrei o vosso blogue por acaso pois queria certificar-me da definição e também da origem da palavra anacruses...o google em portugal deu logo o vosso blog. Começei a ler e achei muito interessante a história do hospital musical.
bem já chega de conversa,
muito obrigado
A.S. (ex A.S.)
Caro António Silva,
Tenho de lhe confessar que pensei que era um dos meus colegas bloguistas ou alguém conhecido. Confesso-lhe que ainda penso que poderá ser o caso, pelo que lhe pedia que me resolvesse esta dúvida.
Sendo ou não o António Silva queria agradecer-lhe a sua maravilhosa prestação neste espaço que ainda ninguém sabe o que é e muito menos onde vai chegar.
O seu sentido de humor e capacidade de percepção da linguagem que aqui se vai criando, levou-me a pensar que só alguém muito próximo o poderia fazer. Como saberia que eu poderia ter fecundas noitadas musicais? E ter pautas em branco à espera?...
Em relação aos abortos musicais que não lhe agradaram, vou pensar no assunto e fazer nova proposta.
Caro Sr. António Silva, quero fazer minhas as palavras de agradecimento do meu colega Sr. Rui Rebelo. Muito boas são as recordações que tenho de Torres Vedras como músico. Nos últimos anos fiz lá quase uma dezena de actuações como acordeonista em projectos de música ao ar livre como "Os Sarroncas" ( a ver em http://rodapedaleira.com.sapo.pt/sarroncas.htm ), "Bigodes Band" ou "Evergreens". Se calhar já encontrámo-nos em feiras de agricultura (primeiro sábado do mês) ou na feira Expo-Torres.
Em particular, lembro-me de uma actuação em tempo de eleições municipais, onde fomos convidados a participar num festim com dois porcos inteiros no espeto e vinho à descrição. Assim é que vale a pena trabalhar, sim senhor!
Também aprecio bastante, como filho de camponeses holandeses, a linguagem explícita praticada na vossa terra. No entanto, devo dizer-lhe, entre nós, que nem sempre ela é bem entendida aqui na capital. Por exemplo, quando você fala: "Eu tapava (na banda filarmónica) buracos dos miudos mais novos que ressacavam no domingo de manhã", a leitura desta afirmação podia, aqui em Lisboa, com o caso Casa Pia ainda em tribunal, dar azo a uma certa incompreensão. Por favor, caro António, não me leva a mal esta observação algo brincalhona, não tenho dúvidas que você é um homem às direitas...
Um forte abraço!
Sim caro Dr. Partituras, “capas” há muitas... veja por exemplo aqueles que gostam de brincar com “capas” de médicos... isto, para não falar nos que gostam de brincar com supositórios, como por exemplo o vosso romântico Piotr Ilhitch Tchaikóvski.
Mas como cada um veste (e despe) a capa que gosta, guarde os conselhos FNACeiros para si...
Calma caro joincanto,
não o sabia tão agressivo. Já não lhe receito mais nada pois pelos vistos levou a mal a minha prescrição desinteressada e brincalhona. Obviamente que a quem me tenta agredir eu dou a outra face. Onde é que eu aprendi isto?...
Peço desculpa se o ofendi. Realmente não deveria dar consultas fora do consultório e muito menoss quando não solicitadas. Informo-lhe só que isto não é uma capa. É puro divertimento gerador de felicidade.
“No problem Doc!”
Eu também só estava desinteressadamente a divertir-me. Não fiquei ofendido.
Receba um abraço, acompanhado com um "Xanax Sebastian Bach".
:)
caro joincanto,
fico mais descansado.
um "ludwig van benuron" para si acompanhado de um abraço.
Caro sr. Rui rebelo,
Muito obrigado pelo que me toca.
Não me parece que seja o caso. Talvez já nos cruzamos mas como meros anónimos. É certo que já vi duas ou três peças do teatro chapitó em Lisboa (foi a única companhia que reconheço no seu CV...) com alguns amigos, mas acho pouco provável que o conheça (não sou bom a associar nomes e caras...peço desculpa se é conhecido da televisão/teatro e eu estou aqui a armar-me aos pombos, a fingir que não o conheço).
Relativamente a "fecundas noitadas musicais? E ter pautas em branco à espera?..." Meu caro amigo, eu na minha idade já fiz e conheci muita coisa...passei pela panca de escrever poesia e depois romances durante quase...sei lá, prá lá de 10 anos...ficaram muitas folhas em branco mas por vezes com alguma inspiração amorosa e o corpo abandonado ao álcool consegui umas noitadas fecundas... Tenho alguns amigos na rádio/jornal de torres e professores que também passam por estas histórias na vida....
Já falei com alguns destes amigos sobre o vosso blog e eles também se fartaram de rir com as histórias do hospital musical.
um abraço e obrigado pelo vosso trabalho. Espero que continue.
A.S.
caro sr. Reini luyks,
Muito obrigado!
É bom saber que gosta de torres. Esta terra é pequena comparada a lisboa, mas tem a sua piada. A malta aqui é porreira e bebe-se bom copo. Eu costumo ir à expo e às vezes vejo lá música, se calhar já o ví, mas normalmente estou num stand de tractores de um cunhado meu a ajudar aquilo que posso.
Olhe que ainda me fartei de rir com a história dos putos que faltavam na banda...acredito que seja verdade em lisboa por causa da casa pia, mas aqui são todos vizinhos. O problema é que se metem nas boites até desoras e tá queto de manhã...lá ía eu tapar os buracos mas é na marcha.
Ó amigo esteja à vontade, eu precebi que era na gozação. O pessoal por cá também gosta de rir.
Espero que goste aqui de portugal. Vive cá ou está só de passagem ? a holanda parece que um bocado fria, não é?
bem tenho ainda umas contas para fazer...no inicio do ano com os balanços para fazer...é só noitadas, como outro sr. Rui.
um abraço para lisboa
Caro António Silva,
nesse caso ainda me agrada mais a sua presença neste blogue.
Faz-me pensar que vale a pena passar umas horas semanais a brincar à blogaria.
Vá aparecendo.
Posso para já entregar-lhe o titulo de visitante honorário, meio caminho andado obter o doutoramento honoris causa pela universidade anacrusica (onde o Dr. Contatempos e Partituras se doutoraram)
portanto, a partir de hoje o António Silva passa a ser designado, pelos elementos deste blogue, por Sir António Silva.
Parece-lhe bem?
Estamos sempre abertos às suas propostas.
Um abraço e vá passando por cá.
P.S. Tem prescrição para as suas (hemo...) no consultório musical
Caro Sr. Sir António Silva,
Eu sabia que você tem o sentido de humor apurado para poder apreciar pequenas brincadeiras. Alíás, o Dr. Contratempos no "Consultório" também tomou alguma liberdade na sua prescrição para si, parece me. Quem me dera poder falar em dialecto português, dá logo um outra proximidade entre as pessoas. Já estou em Portugal há 20 anos, mas os dialectos são inatos, não dá para aprender, soa logo ridículo...paciência!
Na minha terra natal, o sul da Holanda, também sabemos dizer as coisas com pimenta, uma vez por ano vou lá tirar a barriga da miséria, como se diz, mas sabe sempre a pouco, é o Destino do Emigrante...
Até sempre, caro António!
P.S. O meu nome escreve-se RINI, não REINI. Já oiço há quase 20 anos piadas em relação ao meu nome e a pastilha contra a azia RENNIE (por acaso tenho isto sempre em casa). Na Holanda era o meu apelido LUYKS que dava para gozar: é uma marca conhecida de mostarda, pequenos pepinos e cebolinhas em frascos. Como vê, um gajo não está seguro em lado nenhum.
..UMA outra proximidade...
Pesquisas feitas por investigadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, levaram à descoberta de que pessoas bem-humoradas, otimistas e que têm emoções positivas, possuem a parte esquerda do cérebro mais ativa, melhorando assim a sua capacidade imonnológica.
Este blog é disso exemplo.
Caro Paciente Português, (é mesmo Português, soletrando "otimista, ativa")?
O seu comentário fez-me lembrar que na Feira do Livro do ano passado comprei os três livros do Prof. António Damâsio: "O Erro de Descartes", "O Sentimento de Si" e "Ao encontro de Espinosa" (os três volumes pelo preço de dois, claro, só assim o pobre consegue consumir alguma cultura). Não sei se a investigação de Damâsio no vasto campo das funções cerebrais também inclui a música. Um bom momento para começar a leitura a sério desta obra que já adiei por várias vezes.
Quanto à relação entre o "bom humor e optimismo" e a actividade da parte esquerda do cérebro, isto significa que o mau humor e depressão vêm da parte direita? Esta parte está, pelo que eu sei, também ligada aos sentimentos e à criatividade. Bad news for the artists?! Isto explica de facto porque, no ano passado com a crise de falta de trabalho e em plena Depressão Maior (ou Aguda), eu continuei freneticamente a sacar pautas e propor arranjos a colegas músicos para projectos que não deram em nada por falta de verbas e que pelo contrário só aprofundaram ainda mais a minha depressão, para eu sacar ainda mais pautas etc. etc.
Curioso, se calhar temos de chamar o nosso novo colaborador bioquímico Dr. Xico para que se faça alguma luz sobre esta questão!?
Acho que neste caso já não podemos falar de aborto músical, pois as obras já nasceram (até pode haver grande proliferação!), o músico tem toda a vontade de executá-las (no sentido de fazer as obras chegar aos ouvidos de outrem, claro), mas por factores externos ele é impedido de fazê-lo (a não ser de borla o que é um atentado à dignidade do artista profissional). Não podemos falar nese caso de ASSASSINATO ou até MATANÇA MUSICAL? Os meus colaboradores neste blogue já devem achar que estou sempre a politizar as questões nos meus posts e comentários, mas realmente, não vejo outra maneira! Com aquelas Gémeas Maldosas nos Ministérios de Cultura e Educaçaõ e o Eng. Trocastes no comando não há safa possível. (Pronto, mais um prego no meu caixão).
Acho que vou dedicar um post a este assunto quando estou um bocadinho mais calmo. Para já preciso outra vez de uma prescrição de um dos peritos Dr. Partituras ou Dr. Contratempos, escrever este comentário acabou por deixar-me bastante enervado....ai!
Pois, pois, caro anfitrião, tenha calma. Para já proponho a audição repetida (umas dezenas de vezes, tipo penitência agradável) do 2º andamento ("Largo") de "L'inverno", RV 297 em "Le quattro Stagioni" de Antonio Vivaldi.
ooops,
Caro Dr. Contratempos,
Devido à sua relação de próximidade com o sr Rini, e desaconselhável que lhe prescreva medicação.
o texto é francamente divertido e coloca e apresenta o acto criativo de uma forma em que ainda não tinha pensado nele!!! ;)
cara fábula,
aqui no anacruses as coisas ganham outros sentidos.
Para que é que serve?
Para nos divertirmos todos. Porque isso faz bem à cabeça.
apareça sempre
muito bom! Sou o anónimo lá de cima, penso que não me deveria identificar aqui. seria falta de ética...
hahaha
lindo!!!
genial!!! parabéns. adorei o texto e a foto.
MARAVILHOSO!!!!!!!!!!!
Vou roubar com a devida citação.
Obrigado por Blog intiresny
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