28/02/2009
Alaaf!
26/02/2009
Sporting 0 - Bayern de Munique 5
24/02/2009
"Fossils" (Le Carnaval des Animaux / 9)
Cinzas: "Porque tu és pó e ao pó voltarás" (Génesis, 3, 19)
ou no http://www.youtube.com/watch?v=vGI-hYVslPU , com animação a condizer...
"Aquarium" (Le Carnaval des Animaux / 7) - Camille Saint Saëns (1886)
"De la baleine à la sardine et du poisson rouge à l'anchois dans le fond de l'eau chacun dîne d'un plus petit que soi " ( http://fr.wikipedia.org/wiki/Le_Carnaval_des_animaux ).
Depois de uma noite de folia é bom acordar suavemente com esta música.
"Zadelpijn" - um incómodo tipicamente holandês
"Zadelpijn" = "dor nas nádegas por causa de estar montado numa sela ou num selim".
É Carnaval, ninguém leva a mal.... este fragmento é um clássico da televisão holandesa!
21/02/2009
Carnaval: na minha terra chama-se "Vastenavend"...
"Wagetjes kijke" ("espreitar os carros alegóricos") é um evento muito apreciado no fim-de-semana antes de "Vastenavend" em Bergen op Zoom (Holanda), pois durante o desfile é quase impossível ver de perto toda a beleza das construções.
A canção no vídeo é um clássico do Carnaval: "Ik ben zo blij, zo blij dat mijn neus van voren zit en niet opzij!" (para manter a rima: "Estou tão contente, tão contente por ter nariz, não no lado (da cabeça) mas na frente"!)
20/02/2009
Acção Fantasma em Defesa do Clarinete - AFDC
17/02/2009
Bandoneon: hasta la victoria final - Aníbal Troilo "Pichuco" & Tango Fire!
A última parte deste vídeo (Troilo e orquestra) é lindíssima... ver e ouvir a versão inteira do tema "Quejas de Bandoneon" em http://www.youtube.com/watch?v=yXVLktRRkwY
Fuego!
16/02/2009
Narizes
"Até me parece infantil esta do nariz, mesmo que na resolução coxa do cartaz o esticado do nariz deixe muito a desejar, sem requinte, desenhado não como inexplicável mistério de crescimento exponencial da carne, porventura exercido sob alçada de um poder da verdade a castigar mentiras, mas esteticamente aposto como uma prótese, miserável quanto a flor de plástico na iludida espera dos labores da abelha e virtudes do pólen fertilizador.
Seria a meu ver menos ofensivo para o nariz e também para o feliz contemplado, se o nariz de que se fala fosse de clown – quem não gostará, uma vez na vida, de mudar de nariz, mesmo num episódico Carnaval na política espectáculo?
Só mesmo na personagem de Gogol o nariz foge do dono e este desespera, a identidade perdida. Sem nariz, nem sequer estatuto de proletário avant la lettre, nobreza leninista por vir, nem mujique, nada, um vácuo de ser. E como o horror ao vazio nos determina mais que o medo do chefe, eis a tragédia metida a farsa: “sou ou não sou, diz-me lá nariz meu que partiste”. Acresce no caso gogoliano que ELE vem com bigode, bilateral e promontório plantado a meio do rosto, ou melhor, do seu desaparecimento, um nariz e peras, protagonista.
Embora em Portugal se diga depreciativamente que tal tipo é um palhaço, constituindo isso ofensa, um nariz de palhaço ao lado de um de Pinóquio fazem parelha, casal bucha e estica, complemento de extremos desiguais irmanados. Portanto o Pinóquio também é um Clown, mas não sabe e não traz com ele geneticamente a graça que baptiza o outro.
É das coisas burras que cá se faz, essa depreciação do palhaço – és um palhaço pá – já que é arte subtil e tradição de origens ricas, uma delas nossa. O bobo da corte, assim como o parvo vicentino, cá está, são arautos do que é necessário que se saiba mas não se deve dizer, que o rei vai nu – e nisso o nariz ajuda, porque mascara quem o diz, anonimato que evita policiamento e permite dizer sem peias, ou, outra hipótese, dirige a verdade na direcção para que aponta, míssil, como o nariz antiquíssimo do Capitão da Commedia dell’arte. Neste caso, todo perfil. Il Naso mais que um estatuto é uma máquina de guerra.
Nos antípodas destes, um nariz clandestino, o de Cyrano, capaz de suspiroso verbo e no amor inexcedível, amante dedicado mesmo que interposto alcoviteiro solidário, interessado sem interesses, como não há nesta era da comissão. E este é talvez o mais nobre de entre os narizes, tocado pela flor da beleza. Não há semelhante localmente, peritos em saudade e não em amor prospectivo.
É extraordinário como certos narizes se relacionam com a verdade e com verdades sociais: no caso do clown, o mundo de pernas para o ar baseado numa vocação do apego ao literal retrata o podre das hierarquias, verdade oficial incutida ou imposição inseminada ideológica abrangente.
O nariz do parvo vicentino não é reconhecível à primeira. Infelizmente como tipo não tem o estatuto ímpar da marca portuguesa, mais fidalgote na pose e único concorrente do Arlequim italiano. Do fidalgote, e das Beiras (eles lá são aos molhos), diz-se: “Assim que bafejais logo me cheirais a nabos”, responde quem os vê dentro sabendo como desejam Lisboa e andares nas Avenidas. O parvo vicentino é só nariz, espirra sem sentidos que podem ser lidos como matriz do absurdo, cócegas no calcanhar de intelectuais de setentas ou de noventas, nada a ver com Beckett, criador do supremo clown, homem detrito, sem qualidades.
Como amante das clowneries, memória de Fellini e também do russo Popov – vi-o no Coliseu – diria que se há quem não tenha qualquer possibilidade de ser tocado pela graça genuína do clown é certamente o Primeiro-Ministro. Nem com o nariz de Pinóquio, sem gag, ou de um gag só. Para pior só mesmo o Presidente Cavaco. Nenhum deles se ajeita. Já falando da figura do palhaço rico, isso sim, seriam candidatos possíveis num casting aberto. E já agora que se fala muito de ricos, espero que os taxem também no corte das deduções, aos palhaços ricos. Os palhaços pobres vão rezar por isso."
Fernando Mora Ramos
Escrevinhador
15/02/2009
Fim-de-semana é fim-de-semana...
14/02/2009
The Tempest
Astor Piazzolla - Bandoneon - Tango Nuevo
Olhando para os resultados da votação até agora, acho que o bandoneon tem uma boa hipótese de ganhar a competição parcial dos aerofones livres, vamos ver se consegue ameaçar a flauta na classificação geral!
Aqui um "masterclass" de Astor Piazzolla sobre o Tango Nuevo (mais de 45 minutos em 5 partes, clicar duas vezes na imagem para procurar as outras partes na coluna do lado direito da página).
Na terceira parte Astor fala um pouco sobre a história e a técnica do bandoneon: "The person who wants to learn this instrument must be a little out of his mind!"
11/02/2009
Karl Richter toca J.S. Bach - Passacaglia & Fuga em Dó menor, BWV 582
O maestro Karl Richter no Dreifaltigkeitsorgel (Órgão da Trindade) da Basílica de Ottobeuren, isto deve trazer votos a este instrumento majestuoso! Aqui a primeira parte com a Passacaglia, a segunda parte com a Fuga em http://www.youtube.com/watch?v=TOnNMXPggVs .
A inscrição no órgão diz: "Laudate Deum in chordis et organo" (vídeo às 6 min. 20 seg.), podia ser o lema destas eleições!
Já dediquei um post ao grande intérprete Karl Richter (16 de Novembro 2007) a tocar a "Toccata & Fuga em Ré menor, BWV 565" no mesmo instrumento: http://www.youtube.com/watch?v=qMycbc7Lusw .
Fa Ut La - A mágica flauta
09/02/2009
Oboé - hobo!?
Tempo de antena para um "aerofono rissonante" menos votado: eu gosto muito do oboé. A palavra vem do francês "hautbois", em muitos línguas germânicas é escrita e/ou pronunciada como "(h)obo".
Um aparte, mas uma questão que me intriga: será que há uma relação etimológica com a palavra "hobo", o fenómeno americano do início do século XX? Um "hobo" era (é) um sem abrigo por opção, sempre "on the road", viajava de preferência em comboios de mercadorias, vivia de biscates, muitas vezes trabalhos que ninguém quis fazer. A população de "hobos" aumentou muito na era da Grande Depressão (foto), o "Charlot" de Charles Chaplin (personagem criada já em 1912) foi um "hobo" por excelência.
Na Wikipédia inglesa encontramos muitos dados interessantes sobre a "hobo-culture": linguágem "hobo", código de símbolos, código ético(!), uma lista de "hobos" famosos, p.ex. Woody Guthrie, Jack Kerouac, Jack London, Robert Mitchum, George Orwell (ver link "Orwell Diaries" nas nossas "Harmonias"!), John Steinbeck, etc. http://en.wikipedia.org/wiki/Hobo .
Sobre a origem da palavra "hobo" há várias teorias. Um site "American Dialect Society"" fala da existência das palavras "oboe/hautbois/hautboy/hoboy/hobo".
Uma citação de um diário de 1848: "A year's bronzing and "ho-boying" about among the mountains of that charming country called Mexico, has given me a slight dash of the Spanish." Também no século XIX a palavra "hoboy" era outro nome para a profissão de "nightman": alguém que limpava as latrinas públicas durante a noite; será que houve "hoboys" oboistas!?
Direito de Antena - Flauta
07/02/2009
A vida privada de Salazar
Então amanhã e segunda-feira vamos saber tudo sobre "A Vida Privada de Salazar" em dois episódios na SIC. Mal posso esperar....
06/02/2009
Richard Galliano & Michel Portal - "Mozambique"
Consultei o "Metrónomo" e parece que o meu post "Richard Galliano plays Piazzolla" provocou uma queda a pique nas audiências deste blogue, menos de 100 visitantes anteontem, a "cotação" mais baixa em meses. Para salvar o blogue é preciso uma nova injecção de "capital"!
Acordeão e saxofone, dois dos aerofones mais votados até agora, um "libero" , o outro "rissonante", um bom casamento...
Bail Out Bill - Toma-lá uma nota e safa-te como puderes!
03/02/2009
Eleição do AEROFONE
02/02/2009
Flat Life (Jonas Geirnaert, Bélgica - 2004)
Seja voyeur e lembre-se, nem sempre estamos sós...!"
(Prémio do Júri curtas-metragens Festival de Cannes 2004, hoje na Onda-Curta na RTP 2)
01/02/2009
Violoncelo e Piano - Os grandes vencedores
"Welterusten, Mijnheer de President" - Boudewijn de Groot (1967)
Depois de ouvir a canção "Le deserteur" de Boris Vian lembrei-me desta "protest song" holandesa de Boudewijn de Groot (letra de Lennaert Nijgh) contra a guerra no Vietnam.
Reapareceu neste vídeo YouTube 40 anos depois por causa da guerra no Iraque (clicar em "mais informações" à direita para ver a letra original e a tradução em inglês).
A versão com imagens de 1967 em http://www.youtube.com/watch?v=zxYXLcy6WP8
Balanço das Eleições do Cordofone - o chamado BEC
Alaúde | 15 (5%) |
Contrabaixo | 22 (7%) |
Cravo | 8 (2%) |
Guitarra | 36 (12%) |
Harpa | 58 (20%) |
Piano | 125 (43%) |
Saltério | 9 (3%) |
Viola | 27 (9%) |
Violino | 51 (17%) |
Violoncelo | 126 (44%) |
Um primo de um destes | 7 (2%) |
Votes so far: 285
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