23/11/2007
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do Grego aná, para cima + kroûsis, acção de bater. A palavra é essencialmente utilizada em música quando a melodia começa no tempo fraco que precede um tempo forte. É algo que precede, que antecipa, que prepara, mas também o movimento que simboliza e antecipa a batida, possibilitando a noção do seu preciso momento.
9 comentários:
Caramba! Espero ter uma voz assim aos 72 anos (e a Liesbeth também está bem "conservada" aos 64).
Claro. Para além desse aspecto, é comovente a entrega de ambos. "Chapeau"!
Velhos são os trapos!!!
Este nem necessita de ser remendado como a Liesbeth!
É por isso que alguns são eternos ...
Muito bem!
Bom fim de semana para todos vós.
Claro que eu estava a falar sobre a beleza interior da interpretação deste dueto, parece-me que existe uma predestinação feliz nesta união artística de mais de quatro décadas.
Ambos tiveram uma juventude dramática.
Ramses Shaffy nasceu em 1933 em Neuilly-sur-Seine, perto de Paris, filho de um diplomata egípcio (só conheceu o pai nos anos '80) e uma condessa polaca de origem russa. Quando a mãe ficou doente (tuberculose) ele foi viver com uma tia na Holanda, depois colocado numa instituição para crianças e afinal numa família de acolhimento. Aqui teve uma adolescência feliz e entrou em 1952 na Escola de Teatro de Amesterdão.
Liesbeth List nasceu em 1941 como Elisabeth Driessen num campo de concentração japonês em Bandung (Indonésia, na altura colónia holandesa). A mãe suicidou-se aqui e depois da guerra, a Liesbeth viajou com o pai para a Holanda. O pai casou de novo mas a madrasta não quis saber da menina e depois de umas férias na ilha de Vlieland ela foi adoptada por uma familia List, que vivia lá num farol. Aí a Liesbeth teve uma juventude feliz e aos 18 anos foi estudar canto em Amesterdão. Ela ficou conhecida pelas interpretações de "chansons" de Jacques Brel e Edith Piaf e recebeu em 2005 a condecoração francesa "Chevalier de la Légion d'Honneur" (a mesma que foi atribuida à cantora portuguesa Misia).
Outro gigante da música holandesa, Herman van Veen, homenageou Ramses Shaffy com uma versão bonita da mesma canção "Laat me" (segundo alguns até mais bonito do que o original).
Post a seguir.
Muito bem Rini. A história da Liesbeth é ainda mais dramática do que eu pensava. Talvez seja possivel encontrar algum vídeo dela com interpretações do "Mauthausen Cyclus" de Mikis Theodorakis. Lembro-me de ter lido as opiniões do compositor, que considerava as versões de Liesbeth ao nível das originais (cantadas por Maria Farantouri).
Liesbeth canatando Vivre pour Vivre é dilacerantemente lindo...
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