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do Grego aná, para cima + kroûsis, acção de bater. A palavra é essencialmente utilizada em música quando a melodia começa no tempo fraco que precede um tempo forte. É algo que precede, que antecipa, que prepara, mas também o movimento que simboliza e antecipa a batida, possibilitando a noção do seu preciso momento.
7 comentários:
Rui, este teu desabafo tem algo
por trás que eu não sei o que é! Mas não interessa, porque assim
de repente lembro-me de várias razões:
-a primeira é logo a do acaso, do factor desordem, caos, se quiseres;
-a segunda a da educação, porque costumam andar juntas, consciência cívica/educação/princípios morais;
-a terceira porque houve muita gente, no passado não muito remoto, que arriscou muito das suas vidas e do seu sossego para nós podermos ter o direito a votar e a escolher quem nos governa.
Se depois desta filosofia de trazer por casa não te sentires minimamente satisfeito, podemos abrir uma espécie de fórum, entre os dois blogues e organizar uma disputatio!
Esta última é só para introduzir um pouco de credibilidade.
Um beijo, Susana
Uma pergunta pertinente, a do Rui. Mas nada prova que votar é democrático. O que é democrático, é poder escolher: votar ou não votar.
O voto é sempre um dever cívico democrático.
Talvez menos democrático do que efectivamente deveria ser, OBRIGATÓRIO DEMOCRATICAMENTE, para assim, ninguém se eximir a responsabilidades e assumi-las, mesmo à força! É a democracia musculada.
Não, não é essa que ... que o pensamento nos leva logo a rejeitar ...
É a consciência cívica, não vinculativa, que assim de repente, só consigo recordar em Freitas do Amaral, que não hipotecou a sua consciência cívica ao voto num cartão de partido.
Nas últimas eleições escreveu a apoiar, mais, a pedir uma maioria para o PS, que deixou o Portas, NU!
Esse mesmo militante, que pagou, com o dinheiro que ganhou através dos pareceres jurídicos, a campanha presidencial que o PSD de Cavaco, não pagou.
O mesmo Freitas do Amaral que quando da AD, viu-lhe fugir a mole humana, que compunha o partido, pelo que tudo fez para abatê-lo, o Santana Lopes, DESCULPEM, mas foi outro da sua laia, o BALSEMÃO.
Falo neste caso, de consciência cívica democrática, porque nunca votei nele, nem perto ...
Mas que cada um tem a sua consciência cívica ... e algumas bem reac ... já nem se usa, algumas bem retrógradas, lá isso é uma democracia não obrigatória.
Mas votar é democrático, porque até podemos colocar uma cruz maior que o pedido, dum canto ao canto contrário e vice-versa.
Podemos até escrever um poema de satisfação ...
Ou uma louvaminhice a qualquer títere ...
a democracia só distribui a mesma quantidade de votos por cada um - um. Votos para eleger quem não manda realmente, quem não nos pode representar em nada do que gostariamos de ser representados.
Deveria ser instituida uma "oligarquia da cidadania exemplar que não sirva o proveito próprio" - aqueles que mais contribuem positivamente para a sociedade têm direito a mais votos. E aqueles que nem sequer sabem o que estão a fazer quando votam, é-lhes retirado o direito de voto.
parece fascizóide esta ideia mas na realidade não o é.
desculpem mas não me identifico.
cumprimentos,
z
O comportamento dos próprios políticos na chamada "democracia parlementar" revela ausência de consciência cívica, é um pântano de lobbies e interesses. Na oposição são todos campeões em defesa dos pobres, uma vez no governo todas as promessas vão para a gaveta. Veja por exemplo o discurso hipócrito da senhora Teresa Caeiro "a favor" dos intermitentes (post dia 10 de Novembro, emissão TVI) ou, a nível local, o despedimento de funcionários na Câmara de Lisboa (António Costa assim contrariando as suas promessas eleitorais, ver p.ex. o blogue http://lisboaemalerta.blogspot.com/, um site com revelações interessantes como uma lista de funcionários da CML auferindo ordenados acima dos 2500 euros...).
Os governantes eleitos deviam dar um bom exemplo de credibilidade, não sendo isso o caso a única atitude civicamente correcta parece-me: não votar neles e praticar a luta extra-parlementar.
O problema é que aos políticos em geral não são pedidas "contas" pelas medidas erradas que tomam. Se perdem as eleições (o pior que lhes pode acontecer) logo aparece um convite para integrarem uma administração de um banco ou de uma empresa qualquer. A política, tornou-se uma lugar de passagem para outros empregos e não o contrário. Há políticos (Sócrates, por exemplo) que nunca tiveram um emprego. Começaram nas juventudes partidárias (no caso dele, na JSD) e nunca fizeram mais nada... É por estas e por outras que a política tem cada vez menos credibilidade.
A luta extra-parlamentar implica uma forte consciência política e de cidadania que, no caso de Portugal, ainda é fraca. Lá chegaremos, espero...
Cara Susana,
O problema é que a democracia deveria ser uma igualdade de direitos e deveres e esses valores estão pervertidos a partir do momento em que o poder político (mesmo o dito representativo) serve sempre os mesmos interesses, os de muito poucos, que não são os nossos. Quem manda realmente é o dinheiro e as armas. Há muito que é assim. A liberdade conquistada é relativa se pensarmos na quantidade de opressão e mortes que as “ditas democracias” têm feito. Dão-nos um voto e um sistema para nos ajeitarmos. Dão-nos a ideia de liberdade com a condição de estar submissa a um sistema que não controlamos de todo.
Pois é Rui Mota, concordo que nada prova que votar é democrático mas a escolha neste caso está em votar ou abster-se. O Não ao voto não existe, nem mesmo no voto branco ou nulo. Votar é um jogo viciado à partida. É uma coisa ou outra, não pode ser nenhuma das duas.
Caro z,
Acho que sei quem és.
Essa tua "oligarquia da cidadania exemplar que não sirva o proveito próprio" está próximo do conceito de aristocracia dos gregos em que os mais sábios tinham o poder. Mas o problema é sempre o mesmo. A pirâmide fica invertida. Invertida porque se dá o poder de organização da sociedade quando ele é de cada um e é dentro de cada um que se pode construir uma sociedade e uma eventual democracia.
Caro Rini,
Se começamos a falar de políticas e políticos difícil será encontrar coisas boas para dizer (e que também deveriam ser ditas) e isso só demonstra que estas “democracias mosculadas” ou pior “democracias fantochadas” não estão a levar o mundo num rumo nada prometedor.
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