14/02/2008

"A Guerra" de Carlo Goldoni, no Teatro Nacional D. Maria II

diz no site do Teatro Nacional:

"Trata-se de um texto que tem como personagem principal a própria Guerra e que pretende desvendar os bastidores dos conflitos bélicos: a guerra acontece, afinal, porque há interesses que o justificam, e muitas vezes são estimuladas por quem não a faz directamente, mas que com ela beneficia. Para encerrar as comemorações dos 300 anos de Carlo Goldoni, José Peixoto vai encenar um texto que lhe merece os maiores elogios e que, diz, “deve ter influenciado Brecht quando escreveu ‘Mãe Coragem’.” Para o encenador e director do Teatro dos Aloés, eis-nos perante a melhor peça que Goldoni escreveu na sua longa e extremamente profícua carreira. Uma comédia amarga com a guerra como protagonista que expõe as virtudes e os defeitos dos seres humanos. Uma comédia do século XVIII que nos faz reflectir sobre os nossos dias."

tradução José Colaço Barreiros
encenação e dramaturgia José Peixoto
cenografia e figurinos João Rodrigues
música original Rui Rebelo
desenho de luz Carlos Gonçalves
coreografia Kot-Kotecki
com: Álvaro Corte Real, Elsa Valentim, Guilherme Noronha, Jorge Baião, Jorge Silva, José Russo, Juana Pereira da Silva, Luís Barros, Maria Marrafa, Mário Barradas, Patrícia André, Rui Nuno, Simon Frankel, Tiago Mateus e Victor Zambujo

6 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Até com a verdade somos enganados ...

Afinal as guerras sempre foram conflitos de interesses.

Eu que sempre desconfiei que começava entre vizinhos e se espalhava pela rua, bairro, vila, cidade, cidades e país.

Sempre fui um crente!!!Quero dizer, um crédulo!!!

Rini Luyks disse...

"A guerra acontece, afinal, porque há interesses que a justificam, e muitas vezes são estimuladas por quem não a fez directamente, mas que com ela beneficia."
Parece que não mudou muito desde o tempo de Goldoni até "Zeitgeist" (post de anteontem).
Só que...no século 17/18 um soldado tinha que apontar o seu arcabuz ou a sua espingarda a um ser humano inimigo, hoje o piloto do F16 fixa o alvo e pressiona o botão. Destruição maciça, menos problemas de consciência.

Anónimo disse...

É verdade Rini,

Hoje, durante a estreia estava a pensar no zeitgeist e na necessária desidentificação generalizada de quase todos os conceitos aos quais fomos induzidos.

E no palco a minha música misturava-se com canhões e tudo parecia fazer sentido...

Anónimo disse...

fui ver ontem. não me disse nada mas estava tudo bem feito exceptuando a fraca interpretação de alguns actores.

mas porquê os animais em cena?

quase que saí a meio...

Anónimo disse...

de facto rafael, também não entendo porque é que se usam animais em cena. Apesar de achar a cena mais interessante e de saber que os animais são muito bem tratados.

Anónimo disse...

muito mau espectáculo. assim vai o nosso TNDMII