09/03/2010

Canti Italiani da Monteverdi a Pasolini


Na quinta-feira dia 11 de Março às 18h30 na Sala dos Espelhos do Palácio Foz (Restauradores): um concerto com Laura Polimeno (voz) e Stefano Cardi (guitarra), organizado pelo Instituto Italiano de Cultura, http://www.iiclisbona.esteri.it/IIC_Lisbona

Programma

“Villanelle”, danças e canções renascentistas

- Vorrìa crudel tornare - Giovanni Leonardo dell’Arpa (1520-1602)
- La Morte Di Marito (Roma, 1537) - Anonimo
- Calliope per chitarra sola - Vincenzo Galilei (1520 –1591)
- Tre Donne Belle - Gian Leonardo Primavera (Venezia, 1565)
- Canzone - (Vaghe bellezze e bionde trecce d’oro) per chitarra sola - Anonimo (XVI sec.)
- Il bianco fiore per chitarra sola - Cesare Negri (1535-1604)

Canções dos séculos XVII e XVIII

- Sì dolce è ’l tormento Canzonetta - Claudio Monteverdi (1567-1643)
- Amante felice - Giovanni Stefani (XVII sec.)
- Mi credeva d’esser sola; Sento che ‘l cuor me manca
Due canzoni da battello* (Venezia XVIII sec.) - Anonimo
- Tarantella per chitarra sola - Mauro Giuliani (1781-1829)

Erudito e popular no século XX

- ‘A vucchella (Arietta di Posillipo) Gabriele D’Annunzio (1863-1938) Francesco Paolo Tosti (1846-1916)
- Che cosa sono le nuvole Domenico Modugno (1928-1994) - Pier Paolo Pasolini (1922-1975)
- Mmiezz’ ‘o grano - Evemero Nardella (1846-1916)
- Frammento dal Mefistofele (Trascr. Francisco Tárrega) per chitarra sola
Arrigo Boito (1842-1918)
- Lu primu amuri - Tradizionale (Sicilia)
- Lo Guarracino - Tradizionale (Campania XVIII sec.)
- La viola - Tradizionale (Lazio)
- Tarantella - Tradizionale (Lucania)

Um programa invulgar, introduzido assim por Stefano Cardi:
“Através da força evocativa e da natural capacidade de “trazer histórias”, a guitarra, como os seus “antepassados”, foi sempre a companheira ideal da voz humana, criando com esta uma união perfeita para transmitir, através da música, as mais diversas culturas musicais e mitológicas. Desde os cantos de Orfeu, acompanhado pela sua lira, aos cantadores populares de todas as épocas, dos bobos da comédia da arte à magia amorosa das serenatas, das canções de contestação social ao grito rock. Um texto cantado e um instrumento dedilhado conseguem aproximar mundos tão diferentes entre eles, fazendo com que sejam ambos protagonistas. Resolvemos portanto não hesitar na escolha do programa, evidenciar as diferenças e os contrastes na sequência e nas aproximações das peças. Numa “villanella” de ‘500, assim como numa canção de Domenico Modugno, encontra-se o sentido evocativo de uma história traduzida em música que apaixona e envolve o ouvinte e lhe permite atravessar, de forma agradável, épocas e linguagens tão distantes no tempo”.

Não vou faltar, algumas canções do programa fazem me lembrar o tempo (início anos '90) em que estive no Coro da U.T.L. (Universidade Técnica de Lisboa) com o maestro Luis Pedro Faro, "a cantar com as tripas"!

2 comentários:

Rini Luyks disse...

Gostei mais da segunda parte (canções século XVII e XVIII).
De resto: um espaço mais intimista tinha sido preferível para este concerto. A Sala dos Espelhos sem amplificação foi muito grande para este dueto (falta de volume e de projecção de voz).

M.Júlia disse...

Concordo consigo,mas quem estivesse
mais perto dos músicos não sentiria
a necessidade de amplificação.
Pessoalmente gosto de ouvir música
sem "electricidade", o que vai sendo cada vez mais raro e muitas
vezes mesmo impossível.