Primeiro foi o Procurador Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, a garantir que "em Portugal a Lei é igual para todos, independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado pelos suspeitos".
A seguir o Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, contrapôs que "97% dos presos são pobres" e criticou no seu estilo polémico e explícito (eu gosto!) a "privatização da justiça e os privilégios dos bancos".
O problema é que pessoas com opiniões fortes como ele (por exemplo o economista Henrique Medina Carreira ou o filósofo José Gil) dificilmente vão chegar aos lugares onde se tomam as decisões...
7 comentários:
Rini,
A frontalidade, como já deves ter reparado, não é o forte dos portugueses.Tem a ver com uma herança ancestral que ancora no catolicismo e a obediência em que fomos educados. Vozes como as de Marinho Pinto, Carreira ou Gil (há mais, felizmente) são minoritárias porque não existe "massa crítica" e as pessoas têm medo de perder privilégios. Por isso, calam-se. Ninguém ousa criticar nada, para não ferir susceptibilidades. Em frente uns dos outros, os portugueses são muito simpáticos, mas cuidado...São muitos séculos de hipocrisia e estas coisas tornam-se parte integrante da cultura dominante. À falta de coragem, os portugueses preferem dizer mal e contar anedotas. Não muda nada, mas alivia...
Mas, aqui, estamos de acordo, penso.
Se chegassem aos lugares onde se tomam decisões Portugal deixava de o ser e passava a ser outra coisa.
É ver quem ganhou o primeiro Big Brother em Portugal...o Zé Maria que não fazia fosquices de natureza nenhuma!
(sim aquele concurso televisivo, horroroso que espreitei a espaços e ...)
:))
pois é Rini,
o problema dos poderes corrompidos em portugal é muito semelhante à de muitos países do dito terceiro mundo. tem apenas um aspecto mais civilizado... enquanto o povo se mantiver inculto, será sempre mais fácil a corrupção afectar os poderes do estado.
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