06/06/2008

Flautuando Baixo

Ontem estive no estúdio com o contrabaixista João Madeira e decidimos gravar um minuto de improviso para o Anacruses. Levou depois apenas um loop mal enjorcado de uns harmónicos que tinhamos feito noutra gravação.

Tomem lá.



9 comentários:

Fernando Mota disse...

Bela música para começar o dia!

Não ouço aí nada mal enjorcado...

Abraços de Bragança...

... sem parança!

xistosa, josé torres disse...

Sou "duro" de ouvido, não distingo instrumento nenhum ...
Talvez um violino duma flauta, ainda faça a destrinça.
Se estava mal enjorcado, coloquem o que é bom ... porque sou mesmo "surdo"

Anónimo disse...

Grande Som! Devias fazer mais posts destes. Afinal és músico...

Rini Luyks disse...

Já me convidaste, Rui, para aparecer no teu estúdio e depois de ouvir esta improvisação...vemo-nos então na próxima sexta no aniversário da Companhia do Chapitô, como combinado.
A minha vista já não é o que era e assim li o título deste post "à primeira vista" como "Flatulando Baixo" (nem sei se o verbo existe, mas devia existir). Espero que os dois intérpretes não fiquem ofendidos, mas o ritmo que oiço neste improvisação: 1-2-3-4-1-2, 1-2-3-4-1-2- etc. não seria de todo incongruente com essa "misreading": 4 tempos de acumular pressão, 2 tempos de alívio. Just kidding, of course!

Fernando, estás em Bragança? Então não podes passar por Estevais de Mogadouro e dar um abraço ao venerado escritor José Rentes Carvalho (blogue "Tempo Contado" nas nossas "Harmonias")?

Rini Luyks disse...

Caro Rui, o teu silêncio preocupa-me... será que estás chateado por causa do meu comentário!?
Podes associar o meu "Flatulando baixo" ao teu post de 29 de Março 2007 (outra improvisação tua em flauta) que entusiasmou o visitante "Xicote" de tal maneira que ele comentou: "Cagas música com uma facilidade que mete raiva!". O meu comentário também vai nesse sentido...

Anónimo disse...

Caro Rini,

O meu silêncio deve-se ao facto de estar a passar uns dias numa quinta no Alentejo onde o acesso à net é muito lento. Daí o meu curto post de ontem.

A ver se para a semana vens lá ao estúdio para gravares uma música no acordeão para colocar no Anacruses. Eu tenciono começar a divulgar gravações de improvisos cujo destino tem sido a gaveta.

abraço,

rui

Anónimo disse...

O Alentejo não seria o Alentejo sem acesso lento à internet. Os Megabytes também não gostam da canseira, ça va sans dire....

Anónimo disse...

Não é lentidão Rini. É mesmo outro conceito de tempo. pássaros, água, árvores, céu e sol, proporcionam aos nossos sentidos uma noção mais real do tempo.

abraços alentejanos (duram mais)

Rini Luyks disse...

Mesmo assim acho que também a lentidão em termos de "tempo útil" tem o seu valor. Há 20 anos uma amiga por correspondência alemã mandou-me um livro: "Die Entdeckung der Langsamkeit" ("A Descoberta da Lentidão") do escritor alemão Sten Nadolny, livro que ficou famoso na tradução para inglês de Ralph Freedman: "The Discovery of Slowness". Trata-se da adaptação a romance da vida do explorador árctico Sir John Franklin (1786-1847).
A ideia é que uma lentidão inata em vez de uma desvantagem (do tipo atraso mental) pode ser um trunfo poderoso: uma pessoa lenta por natureza pode esperar porque TEM de esperar e afinal as suas decisões bem ponderadas (pela lentidão!) podem valer mais.
Podia ser uma boa temática para uma peça da Companhia do Chapitó! O Mowat deve conhecer o livro (senão eu tenho).