27/12/2006

UAKTI: Aria - Bachianas 5 (Villa-Lobos)

Já que estamos "sob o signo" do You Tube e do Bach, aqui fica a 5ª Bachiana por um dos meus ensembles instrumentais preferidos. Ver também http://www.uakti.com.br/.

12 comentários:

Pedro Branco disse...

Aquele abraço, Fernando!

Registei a tua morada para vir cá mais vezes.

Anónimo disse...

já tinha visto este video mas ouve-se muito mal.

Anónimo disse...

Com que colunas...?

Anónimo disse...

não foiu com as tuas...

Rini Luyks disse...

Caro Fernando,

Boas Festas.
Se calhar achas que estou a abusar um pouco da vossa hospitalidade (foi por isso que revelaste a minha identidade? Ainda por cima com o trema na letra errada, era no y, melhor ainda era sem trema nem apelido..), mas fiquei bastante apanhado por a ideia da Farmâcia da Música. Com certeza também tens prescrições sensatas a fazer!?

Um abraço

Rini (já agora)

Rini Luyks disse...

..PELA ideia... aiai

Anónimo disse...

posta tudo o que quiseres. este espaço também é teu.
Receito-te Chet Baker. posologia: antes de dormir entre 3 a 4 temas cantados e com solo de trompete.

Anónimo disse...

ó mota, vê lá se aprendes holandês...

Anónimo disse...

As minhas mais encarecidas desculpas, Palhaço do Xadrez. Não era minha intenção revelar a sua indentidade. Foi só uma forma desajeitada de dizer um olá. É que eu sou um pouco maçarico nestas bloguices e nem me lembrei de tal coisa. Em relação ao trema, lamento mais uma vez. Quis ser mais papista que o papa e quilhei-me. Quanto à sua participação neste blog, nunca lhe poderei agradecer o suficiente a forma dedicada como tem partilhado as suas ideias conosco. Apareça sempre. Como palhaço ou como... oops, lá ia eu outra vez. ;) Abraço.

Anónimo disse...

a ideia da farmácia é boa não é? de quem terá sido?

Rini Luyks disse...

Caro Fernando, não te preocupes, a minha maneira de dizer "Olá" no vosso blogue também foi bastante "mei generis". Como já reparaste com certeza: até agora passei um bom bocado no "Anacruses" e tenciono continuar a fazê-lo.
Mandaste-me hoje um mail com a pergunta: "Como se diz "perdão" em holandês?"
Aqui a minha resposta:
"Perdão" em holandês diz-se de várias maneiras: de facto os meus compatriotas não param de pedir perdão por tudo e mais alguma coisa, no entanto, raramente existe a intenção de pedir desculpa...
Uma pequena introdução:
1. "Pardon", dito com voz aguda e em staccato, vais ouvir nas tuas costas, quando estas a obstruir (sem querer, claro, a não ser que faças parte de uma quadrilha de carteiristas) a porta de saída de um autocarro numa paragem; a frase intencionada era: "Sai do caminho imediatamente, ó seu camelo".
2. "Neem mij niet kwalijk, zeg" ou mais polido (mas só aparentemente) "Neemt u mij niet kwalijk, zeg". Sem a palavrinha "zeg" esta expressão seria verdadeira e sincera (por exemplo: "Neemt u mij niet kwalijk, ALSTUBLIEFT" já é um pedido de desculpa irrecusável, capaz de produzir logo um sorriso bondoso na cara do destinatário, é bom saber estas coisas, "Alstublieft" corresponde a um solene "se Lhe apraz").
Pelo contrário, esta palavrinha "zeg" ("diz-lá") muda por completo o significado dessa pequena frase, transformando-a numa expressão de forte desagrado e agressividade. Em geral o destinatário ou se encolhe timidamente ou (muito mais frequente) tem uma réplica pronta. Não são raros os casos onde se chega a vias de facto (e não são do género amoroso).
3. "O sorry, hoor" é a resposta mais indicada tanto no caso 1. como no caso 2. para quem queira sair airosamente da situação sem irritar mais o "interlocutor", muito importante num país stressado como a Holanda.
Estas três palavrinhas "O sorry, hoor" deveriam por isso fazer parte do vocabulário básico para turistas, são de facto muito úteis em qualquer situação. Por exemplo: "Is hier ergens een coffee-shop, o sorry hoor!?" - "Existe um coffee-shop algures por aqui?" ou a tentativa de engate num supermercado: "Gô, ga je dat allemaal alleen opeten, o sorry hoor?" - "É pá, vais comer tudo isto sozinho/sozinha?"
Uma vez despertada a curiosidade, interessados podem dirigir-se a mim para um curso intensivo "Como sobreviver na Holanda?" Excluidos deste curso são Portugueses recém-retornados da Holanda que trabalharam lá vários meses sem terem recebido um cêntimo: 1º porque têm uma imagem desajustada do país e 2º porque não têm dinheiro para pagar o curso intensivo (isto é um exemplo típico do "sick joke" holandês, a aprendizagem do qual também faz parte do curso intensivo, sendo o saber praticar deste "sick joke" uma condição imprescindível para a sobrevivência na Holanda).
As inscrições estão abertas!

Anónimo disse...

O Grande Villa-Lobos.
Obrigado por teres existido

Após viagens pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, no final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio, mas não chegou a concluir o curso, devido à sua desadaptação e descontentamento com o ensino académico.

As suas primeiras peças tiveram alguma influência de Puccini e Wagner, mas a de Stravinsky foi mais decisiva, como se vê nos baletts Amazonas e Uirapuru (ambos de 1917) e mais tarde Bach. Apesar das suas obras terem aspectos da escrita europeia, Villa-Lobos sempre fundiu as suas obras com aspectos da música realizada no Brasil. Utilizava sons da mata, de eventos indígenas, africanos, cantigas, choros, sambas e outros géneros muito utilizados no país. O meio académico desprezava o que escrevia, até que uma turné do pianista polaco Arthur Rubinstein pela América do Sul, em 1918, proporcionou uma amizade sólida, que abriria as portas para a mudança de Villa-Lobos para Paris, em 1923.

Na Semana de Arte Moderna, em 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade perante as reações ardorosas despertadas pelo evento.