20/12/2006

Bach/Gounod - Avé Maria

Bobby McFerrin no seu recorrente hit

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23 comentários:

Anónimo disse...

Ninguém comenta este post?

Rini Luyks disse...

Uma inversão de papéis (entre cantor e músico) que conduz a uma situação clássica do circo. Sem regatear o virtuosismo do Sr. McFerrin é de ressaltar o espirito de sacrifício do Sr. Violoncelista.
Ele vê-se irremediavelmente relegado para o segundo plano, para o papel de palhaço pobre, como torna evidente uma visão mais atenta do video. Todo o público está a olhar para o Sr. McFerrin com destaque para as duas senhoras de tez morena que aparecem por volta do minuto 1.10 min., já bastante amanteigadas, e depois no fim, minuto 3.00, completamente derretidas. O Sr. Violoncelista tem direito à imagem durante alguns segundos (entre minuto 1.30 e 1.40), o espectador menos experiente poderia pensar que ele está em comunicação sublimada com o cantor, mas nós sabemos melhor!
O olhar de soslaio dele é apenas para aquelas duas morenas que nesta noite só podem fazer parte do seu imaginário.... A isto é que eu chamo verdadeira abnegação artística!
No entanto, eu preferia, depois do show, estar na pele do Sr. McFerrin.

Rini Luyks disse...

..como torna evidente um VISIONAMENTO mais atento do video..
(de madrugada o português é difícil para estrangeiros)...

Anónimo disse...

obrigado palhaço do xadrez. se não fosses tu ninguém tinha comentado este postal.
Já sei os primeiros 16 compassos do preludio do bach. estou a cantá-lo em La mas eventualmente será melhor em sol. deixa chegar ao fim e digo-te. tens a partitura do gounod?

Rini Luyks disse...

Caro Rui, encontrei na net duas partituras do "Avé Maria" do Gounod, uma para canto (melodia e letra) em Fá no site www.coraldelchiaro.com.br/, outra para instrumento (cifra e letra) em Sol no site www.cifras.com.br/.
Proponho o seguinte:

Fase 1. Como no video do Bobby McFerrin "Virtuoso" e Sr. Violoncelista "Palhaço Pobre": tu cantas o Präludium como Virtuoso e eu toco o Avé Maria como Palhaço Pobre, um papel ao qual já estou bem habituado na cena portuguesa, como indica a minha alcunha neste blogue (pequeno desabafo em relação ao "xadrez": no ano passado entrei nos top-40 de Portugal com norma de Mestre Nacional; em qualquer outro Desporto de Alta Competição esta posição podia abrir possibilidades para uma existência razoavelmente desafogada, no xadrez não dá para onde cair morto, está tudo dito).

Fase 2. Mais tarde eu podia ambicionar que "as morenas no público" (veja o meu comentário anterior) também olhassem de vez em quando na minha direcção (para já não peço mais do que isso, ó caro Virtuoso). Para tal atrevimento eu cantava o "Avé Maria" e tocava no acordeão os acordes, como os encontrei nos sites já mencionados. Deveras uma árdua tarefa para qual ainda estou a ganhar coragem, mas quem sabe!?

Como observas muito bem, caro Rui, para decidir a tonalidade do canto é mesmo preciso ir até ao fim: na minha partitura para piano do Präludium (em Dó) a extensão nos últimos dois compassos vai de Dó1 até Fá4!! Bom apetite, ó Virtuoso, possívelmente dá para escamotear uma oitava nesses compassos (uma sugestão pouco honrosa, eu sei, mil vezes perdão), mas continua a ser o tal "exercício hercúleo".
Para a minha "Fase 2" eu já estou preocupado com extensões bem mais modestas: o "Avé Maria" em Sol vai de Ré2 até Si3, em Lá de Mi2 até Dó#4 nos compassos 36 e 34 (dos 40 em total) respectivamente. Um bom desafio para o mês invernoso de Janeiro. Com humidade na atmosfera e a tal garrafinha de tinto ao alcance da mão acho que consigo chegar ao Ré2, seria a pauta em Sol então.
Para terminar um fait divers: a minha partitura para piano do Präludium encontrei no fundo dum caixote, faz parte do livro "Einführung in die Klassiker, Band I" da autoria do Richard Krentzlin (1963). Tocava esta peça pela primeira vez há 40 anos e foi um grande privilégio, na minha aldeia na Holanda eu era o único rapaz a ter aulas de piano. Na altura nem sempre soube apreciar este facto: pela janela ao lado do piano vi com olhos cheios de inveja como os amiguinhos da vizinhança jogaram futebol na pradaria enquanto eu tinha de torturar-me com aqueles arpejos de cinco notas...
Vá lá, um pormenor escatológico, para matar saudades: nos jogos de futebol naquela pradaria bostas secas dos ruminantes que andavam por aí serviam de postes de baliza. Só que as vezes as bostas tinham crostas finas e não estavam tão secas como o guarda-redes pensava: intervenção espectacular a evitar o golo, a espera dos elogios dos companheiros, em vez disto uma camisa cheia de merda e uma sova da mãe a vista. Às vezes era melhor tocar Bach.

Rui Rebelo disse...

caro palhaço do xadrez,

eu canto mal mas tenho uma extensão brutal que vai de E1 a A4, mudando de registo no G3. penso que a tonalidade certa é G. perco projecção nos graves mas não esganiço tanto nos agudos. Por mim fica fechada em G.
Tens que nos contar mais histórias da tua infância ou outras quaisquer. os teus comentários têm um gosto muito requintado que muito me apraz.
Ainda tocas piano?

Estive a praticar o meu holandês:

Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 maart 1685 — Leipzig, 28 juli 1750 (Juliaanse kalender)) was een Duits componist, klavecinist, organist, violist en dirigent van barokmuziek. Hij wordt algemeen gezien als een van de grootste en invloedrijkste componisten uit de geschiedenis van de klassieke muziek.

Zijn oeuvre valt met name op door groot componeer-technisch vakmanschap en sterke emotionele zeggingskracht. Het is een unieke en zeer persoonlijke synthese van de verworvenheden van de polyfone muziek met die van de monodie: een hoogtepunt van de muzikale barok, en van grote betekenis gebleken voor veel componisten met hem als (vooral) na hem. In de behandeling van muzikale vormen en genres bereikt Bach in het samengaan van polyfonie en harmonie een kwaliteit, waarin hij de grenzen van wat tot dan toe gerealiseerd was verre overschreed. Bachs oeuvre omvat vrijwel alle stijlen en vormen die in zijn tijd gangbaar waren, met uitzondering van de opera.

o que achas?

Anónimo disse...

sabes que o que eu mais gosto neste video é a cara dos músicos que não estão a tocar e quase que se ouve o seu pensamento dizendo - Este gajo nunca mais acaba para irmos para casa. Quantas palhaçadas ele irá fazer mais?

repara bem, especialmente o violionista mais gordinho aos 2m22s

Rini Luyks disse...

Caro Rui, parabéns, a tua prática do holandês escrito encontra-se num nível bem acima da média, estou curioso para conhecer as tuas habilidades do holandês falado. Acabo de abrir o curso intensivo: "Como sobreviver na Holanda?" como resposta a um pedido específico to teu co-bloguista Fernando Mota (veja o meu último comentário ao post "UAKTI" neste blogue). Os primeiro inscritos podem beneficiar de um pequeno desconto (pequeno, senão ninguém acreditava que o curso era dado por um verdadeiro Holandês). Interessado!?

Rui Rebelo disse...

quanto ao meu holandês falado o google ainda não possui nenhum tradutor audio mas assim que exista eu prometo-te uma demonstração.

Quanto ao curso de holandês, se palavra fôr tão dificil de dizer quanto perdão parece-me que vai ser um pouco dificil.

Sabes, cheguei ao compasso 22 e começa a ser muito dificil, muito mesmo. Mas estou a conseguir aldrabar pois tenho a cifra à frente e canto os mesmos acordes mas com menos notas. O realmente importante são as duas notas mais agudas de cada arpejo, pois juntamente com a mais grave são as que te situam na harmonia. A nota grave pode então ser qualquer uma da tríade que compõe o acorde. Penso que é mais sensato com aldrabice bem feita pois se continuar a tentar fazer correctamente vou dar em doido antes de ficar afónico.

Sabes se o dr. contratempo alinha em abrir um consultório?

Rui Rebelo disse...

se CADA palavra

Anónimo disse...

O Dr. Contratempos (fala o próprio) tem todo o gosto de abrir um consultório músical consigo, caro Virtuoso.
Queria lançar uma pequena questão académica em relação ao Präludium que o faz sofrer bastante como julgo deduzir das suas palavras.
Concorda comigo que se pode falar de "pseudo-anacruses" no caso deste Präludium em relação às primeiras notas de cada compasso? Explico: já ouvi esta peça (sem dúvida mal) tocado com acento na segunda nota do compasso, transformando a primeira nota (ainda por cima uma mínima...) em "anacruse"!

Anónimo disse...

dr. contratempos,
seja bem vindo. tenho estado à sua espera para iniciarmos a nossa actividade de musicoterapeutas.

em relação ao acentuar a segunda nota isso dificulltar-me-ia ainda mais a tarefa de conseguir cantar a obra. esboçar as primeiras notas dos arpejos e aproveitar para respirar nesses tempos parece-me a mentira mais aceitável.

se tiver ideias para o consultório pode sempre enviar-me um mail. vou postá-lo durante o fim de semana.

cumprimentos,

sr virtuoso

Rini Luyks disse...

Bela frase, tão cheia de voluntarismo e teimosia, caro Rui: "Eu canto mal, mas tenho uma extensão brutal (que vai de E1 até A4)". Quem me dera poder afirmar coisa semelhante...
Absolutamente notável!

Rui Rebelo disse...

não é uma afirmação mas sim uma constatação.

Anónimo disse...

parece que o palhaço do xadrez é chamado ao post de 12.18.06

Rini Luyks disse...

O.K. Anonymous, já vou ver o que se passa no post 12.18.06

Anónimo disse...

Genial. Adorei. Obrigada.
vou andar por aqui...
quero conhecer mais daquilo que me têm para dizer.
assino anónimo identificável...

Rui Rebelo disse...

anónimo identificável ou anónima?

obrigada faz uma diferenciação de género a menos que se exprima num português menos correcto que o resto da frase também revela no "me têm para" em vez de "têm para me"

vá aparecendo é sempre benvindo(a)

Anónimo disse...

maravilhoso

Anónimo disse...

a parte do bach em C
http://gardenofpraise.com/images/prelude1.pdf

Anónimo disse...

a partitura do ave maria de gounod em C:
http://www.musicexpress.com.br/partituras/avemaria.pdf

Anónimo disse...

bem dito blog. eu andava à procura da partitura do ave maria de gounod com cifra e achei aqui.
Valeu.

Unknown disse...

anacruses.blogspot.com