30/01/2008
O Dia 30 de Janeiro
29/01/2008
Aleluia
No Music
Berlin Alexanderplatz (Rainer Werner Fassbinder, 1980)
Logo depois do nosso almoço anacrúsico da semana passada vi na FNAC a apresentação do DVD (edição remasterizada) da série televisiva "Berlin Alexanderplatz", para mim a obra máxima do realizador alemão Rainer Werner Fassbinder. É uma adaptação cinematográfica de um romance de Alfred Döblin de 1929 (o livro foi publicado em portugues pela editora Dom Quixote). Retrata a classe operária e o submundo no Berlim dos anos '20, protagonista é Franz Biberkopf (papel magnífico de Günter Lamprecht), participações de outros grandes actores e actrizes "fétiches" de Fassbinder: Hanna Schygulla, Barbara Sukowa, Gottfried John, Elisabeth Trissenaar, Brigitte Mira, música de Peer Raben.
Aqui os primeiros minutos do primeiro episódio, onde Biberkopf sai da prisão depois de cumprir quatro anos por homicídio.
Um curto comentário do realizador em http://www.youtube.com/watch?v=OLgNkvtovV4.
Mais info no site: http://en.wikipedia.org/wiki/Berlin_Alexanderplatz_%28television%29
21/01/2008
18/01/2008
Stichting B.A.M. (Fundação Protecção Ambiente contra Poluição Sonora)
14/01/2008
Reposição da "Fábrica do Nada"
Tradução: David Bracke e Miguel Castro Caldas
Encenação: Jorge Silva Melo
Direcção musical: Rui Rebelo
Música: Paulo Curado e Rui Rebelo
Com Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão / Inês Nogueira, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Mílton Lopes, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Grilo, Vítor Correia
Músicos: Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks e Rui Faustino.
No Teatro Municipal de Almada de 16 a 20 de Janeiro de 2008
No Teatro Virgínia (Torres Novas) a 24 de Janeiro de 2008
Na Casa das Artes (Famalicão) a 1 de Fevereiro de 2008
No Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) a 6 de Março de 2008
No Teatro da Malaposta de 14 de Fevereiro a 16 de Março de 2008
Estes operários que preferem fazer nada a nada fazer inscrevem-se mais na linha do saber ver quando se vê do Alberto Caeiro e do fazer não fazendo do Lau Tsu, do que no preferia não o fazer do Bartleby. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes. Estes operários dizem-nos assim, a cantar: a fábrica fecha, não faz mal, nós continuamos na mesma, não nos vão ver aos molhos nos noticiários a protestar à porta da fábrica, nem vamos calados para casa perder a nossa dignidade no sofá. Não precisamos de mais nada do que estarmos uns com os outros porque força como esta só existe outra, que também temos: a música.