A "Fábrica do Nada" ou "Fábrica de Nada" estreou a 7 de Novembro de 2005 na Culturgest. É um espectáculo de Teatro Musical destinado a um público jovem, onde música e teatro se fundem na narrativa e dão lugar a uma linguagem própria que pouco passa pelas convenções do musical ou da opereta.
Uma produção Artistas Unidos / Culturgest / Teatro Viriato / DeVIR/CAPa / Centro das Artes Casa das Mudas, com o apoio da Embaixada dos Paises Baixos
Autora: Judith Herzberg
Tradução: David Bracke e Miguel Castro Caldas
Encenação: Jorge Silva Melo
Direcção musical: Rui Rebelo
Música: Paulo Curado e Rui Rebelo
Com Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão / Inês Nogueira, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Mílton Lopes, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Grilo, Vítor Correia
Músicos: Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks e Rui Faustino.
No Teatro Municipal de Almada de 16 a 20 de Janeiro de 2008
No Teatro Virgínia (Torres Novas) a 24 de Janeiro de 2008
Na Casa das Artes (Famalicão) a 1 de Fevereiro de 2008
No Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) a 6 de Março de 2008
No Teatro da Malaposta de 14 de Fevereiro a 16 de Março de 2008
Tradução: David Bracke e Miguel Castro Caldas
Encenação: Jorge Silva Melo
Direcção musical: Rui Rebelo
Música: Paulo Curado e Rui Rebelo
Com Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão / Inês Nogueira, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Mílton Lopes, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Grilo, Vítor Correia
Músicos: Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks e Rui Faustino.
No Teatro Municipal de Almada de 16 a 20 de Janeiro de 2008
No Teatro Virgínia (Torres Novas) a 24 de Janeiro de 2008
Na Casa das Artes (Famalicão) a 1 de Fevereiro de 2008
No Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) a 6 de Março de 2008
No Teatro da Malaposta de 14 de Fevereiro a 16 de Março de 2008
Uma fábrica de cinzeiros fecha, e os trabalhadores, não querendo ficar desempregados, resolvem continuar a trabalhar numa nova produção: nada. À volta de nada organiza-se tudo, desde a escolha do gerente da fábrica, aos furtos dos produtos e aos tribunais, com muita música cantada e tocada a mostrar por que caminhos segue esta história.
Estes operários que preferem fazer nada a nada fazer inscrevem-se mais na linha do saber ver quando se vê do Alberto Caeiro e do fazer não fazendo do Lau Tsu, do que no preferia não o fazer do Bartleby. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes. Estes operários dizem-nos assim, a cantar: a fábrica fecha, não faz mal, nós continuamos na mesma, não nos vão ver aos molhos nos noticiários a protestar à porta da fábrica, nem vamos calados para casa perder a nossa dignidade no sofá. Não precisamos de mais nada do que estarmos uns com os outros porque força como esta só existe outra, que também temos: a música.
Estes operários que preferem fazer nada a nada fazer inscrevem-se mais na linha do saber ver quando se vê do Alberto Caeiro e do fazer não fazendo do Lau Tsu, do que no preferia não o fazer do Bartleby. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes. Estes operários dizem-nos assim, a cantar: a fábrica fecha, não faz mal, nós continuamos na mesma, não nos vão ver aos molhos nos noticiários a protestar à porta da fábrica, nem vamos calados para casa perder a nossa dignidade no sofá. Não precisamos de mais nada do que estarmos uns com os outros porque força como esta só existe outra, que também temos: a música.
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6 comentários:
Falhei as actuações na Culturgeste mas hei-de ir à Malaposta, fica aqui mais próximo dos meus locais do quotidiano...
Dervich
Vi na Culturgest e vou ver agora em Almada. Boa ruizão, Grande espectáculo. Grande Música.
Pelo que tenho lido aqui e noutros blogs, que não menciono o nome, mas são conhecidos, eestáculos para o Porto ???? nicles ...
Eu sei que o Rui Rio, (ele não se importa que o trate assim, pois é um crápula como eu ...), não gosta de cultura ... não lhe podemos abrir a cabeça com uma lobotomia e colocar-lhe um livro ... quem nasce a zurrar ... pouco pode aspirar!!!!
muita merda!
Fabuloso Espectáculo. Vi em Famalicão. Estava pouca gente mas foi um dos melhores espectáculos que vi na vida. Parabéns pela música. É muito boa e bem diferente de tudo o que se costuma ouvir.
Obrigado, caro Luís Mateus!
Realmente houve pouco público, tanto na sessão da noite para o público em geral, como (mais surpreendente) na sessaõ da tarde para escolas.
Mas os espectáculos correram bem em ambiente acolhedor.
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