28/03/2007

E assim se passou mais um Dia do Teatro

Visto as comemorações do Dia Mundial do Teatro em Lisboa estarem divididas por vários locais, eu e a Sofia fomos percorrer as “capelinhas” com quatro convites na mão.

1ª- São Luiz à tarde; liam-se desejos gravados em vídeo e havia beberete. O momento alto foi o discurso ridículo do Vereador da Cultura, José Amaral Lopes, com toda a gente a lembrar-se da história do Brasil quando estava no IA, o que deu direito a risota colectiva e silenciosa. Valeu pela quantidade de colegas e amigos que já não via há muito.

2ª - Teatro Nacional D. Maria II; íamos para a homenagem a vários actores e actrizes prevista para as 20h mas adiada para as 23h pois a fila no Rossio ainda era longa.
“O povo foi ao Nacional”. Encontrámos uma colega e fomos para o Maria Matos.

3ª - Maria Matos para assistir à estreia de “Dúvida” de John Patrick Shanley. Espectáculo “light” de “largo espectro” mas eficiente quanto ao seu público alvo. No intervalo ouvia opiniões de gente que se sente inteligente e culta por ir ao teatro mas que não tem a mínima consciência do ridículo dos seus comentários.
Fica a belíssima interpretação da Senhora Dona Eunice e uma jornalista da revista “Caras” que conhecia o ANACRUSES.

4ª - No Chapitô havia festa mas a hora já tardava e as crianças ainda não estavam na cama. Por isso os papás foram para casa.

Quando é que os agentes culturais se entendem entre si e começam a organizar eventos em conjunto? Se fosse 4 em 1 seria perfeito.

18 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito do vosso blogue, tem assuntos que me interessam muito, em especial o teatro.
Obrigada pelas palmas.

Spicy Tutuboy disse...

Obrigado Rui, pelo teu comentário no nosso blog: curto, mas claro nas suas intenções.
Deu-me a oportunidade de conhecer o teu blog. (apenas uma questão: quando a página do teu blog se abre, há outras janelas que se abrem querendo instalar não sei que programa... da primeira vez fez com que tudo se fechásse e eu perdesse acesso à tua página)
Em relação ao que dizes sobre os agentes culturais: infelizmente é assim em todo o lado.
Vou apresentar o meu espectáculo «Subsidiem-me» dia 28 de Abril no Montijo, mas ao princípio o Cine-Teatro queria que fôsse no dia 29 (Dia Mundial da Dança). Expliquei-lhes que haveria imensas actividades nesse dia noutras autarquias (Palmela, Almada e sobretudo Lisboa) o que faria diminuir o público no nosso espectáculo. Eles não se mostraram muito preocupados com isso, mas acabei por conseguir mudar o espectáculo para a véspera (com montagens e ensaios tudo no mesmo dia!). E ainda bem, pois dia 29 no Teatro Aveirense a REDE (Associação de Estruturas de Dança Contemporânea) organiza uma Maratona comemorativa do Dia Mundial da Dança, na qual irei mesmo participar!
Isto tudo para dizer que pelos vistos a inteligência da cooperação parece não ser uma prioridade dos agentes culturais, que parecem preferir a competição!
Finalmente somos nós, artistas, a tentarmos conciliar as coisas da melhor maneira.
Continuação de bom trabalho!

Anónimo disse...

Vim até aqui por "culpa" do Rui.
E foi honra ter feito esta agradável viagem.
Obrigado pela visita ao meu sitio.
Obrigado também pelo comentário de aprovação á minha escolha do Dia mundial do Teatro.
Vindo de tão conceituado profissional e, defensor das artes nacionais um "muito bem" soa a ... isso mesmo.

Anónimo disse...

a desunião faz a fraqueza...
não há classe e os artistas não têm força de intervenção pois não estão juntos, e quando hajem isoladamente enfraquecem-se a si mesmos.
parabéns pela qualidade do blogue. é bom encontrar coerência e bom gosto neste mar de futilidade e ignorância que é a blogosfera.

Anónimo disse...

Ora aí está o que vou teimando, Rui, e que algumas vezes causou algumas imprecisões de comunicação entre nós: a falta de gestão no que à cultura diz respeito!
Abraço

Anónimo disse...

Obrigado Carla e Diniz. voltem sempre.

jel, obrigado pelo seu exagerado elogio.

é isso mesmo ricardo.

é verdade Carlos, o problema é que não existe nenhuma gestão e nem sequer podemos discutir qual será a melhor, assunto sobre o qual teriamos bastante para dizer.
abraço.

Anónimo disse...

Obrigado pelo comentário, apesar de evasivo e algo irónico. Mesmo assim, mostrou interesse em visitar a página de A TROUXA MOUXA, o que nos agrada muito. Visitei o vosso blog, pareceu-me muito interessante. Abraços transmontanos!

Anónimo disse...

um blogue de músicos sem música dos mesmos???

aminhapele disse...

Gosto sempre de vos visitar.
Faço-vos uma confidência:uma das minhas últimas actividades estudantis foi o CITAC.O meu último encenador foi Carlos Avilez!
O meu último "palco" ardeu há poucos dias...

Anónimo disse...

nós gostamos sempre que nos venha visitar. E ficamos sempre a saber mais histórias.
O meu primeiro palco foi o Garcia de Resende em Évora. Fui para lá em 75 e passei lá grande parte da minha infância e juventude. Ainda hoje me emociono quando lá vou.

aminhapele disse...

É um lindíssimo sítio.
Estive lá,uma década antes,com A NOSSA CIDADE.
Um abraço,companheiro.

Anónimo disse...

no CITAC com o Avilez? Esopaida ou Bodas de Sangue?
"A Nossa Cidade" encenado pelo Jacinto Ramos em 64?
abraço

aminhapele disse...

Confirmo.
O meu primeiro Director foi António Pedro.

manela disse...

Em Évora, no Garcia de Resende, em 1975, faziam-se cursos de actores e pequenos grupos de teatro com malta nova e cheia de genica.
Lembro-me bem duma pequena peça acerca de um soldado que regressava do ultramar...mas morto, e que eu fazia o papel duma irmâ que não falava mas gesticulava insistentemente. Lembro-me de alguns alunos que hoje vejo actuar nos nossos palcos. Lembro-me das aulas de expressão corporal e lembro-me de ser gato e ficar 10 minutos a acordar dum sono que imaginei ... à gato!!! Momentos que não esquecem, apesar de não ter enveredado pelos caminhos do teatro. Os nossos jovens deveriam ter essa oportunidade nas escolas, como hobby ou de qualquer outra forma. Passa por aí o saber ser, o saber estar e o saber querer. Parabéns pelo blog.

Anónimo disse...

é verdade manela. foram tempos de grande entusiasmor e criatividade. tive a sorte de viver esses anos com intensidade e alegria. São grande parte dos meus alicerces como ser humano.

Anónimo disse...

Que felicidade que deve ser ter "capelinhas" para percorrer, por cá pelo Porto o dia do teatro passou despercebido. Infelizmente não há "capelinhas" para percorrer. Agora com o La Féria ainda vai haver menos.
ana

Anónimo disse...

Pois é ana. É uma questão que deveria colocar ao Ricardo Pais.
O La Feria no Porto dói mais do que em Lisboa pois não passa despercebido. Não vos invejo.
um beijinho,
rui

Anónimo disse...

O la Feria já não vai para o Rivoli. Sou o único a ler jornais ou estarei a alucinar?