19/08/2011
"Saudade!" - Lucretia Divina (1993)
Fresquinho no Youtube: "Saudade!", o outro tema (além de "Maria") que levou os Lucretia Divina à final do concurso RTP "Aqui d'el Rock" 1990 na Costa da Caparica, vencedores na final foram os também novinhos Quinta do Bill.
Para nós, caso tivéssemos ganho, não teria sido fácil concretizar o primeiro prémio: a gravação dum álbum, pois só tínhamos as duas músicas do concurso! Assim gravámos três anos mais tarde, para desaparecer da cena no ano seguinte, acontece.
Saudade, na mesma!
Já que estamos numa de "revival", encontrei uma crítica graciosa no blogue "Under Review":
http://underrrreview.blogspot.com/2009/05/lucretia-divina.html
17/08/2011
Festa do Perdão - "rebaja" de pecados em Madrid!
A festa da juventude católica em Madrid ficou hoje marcada pela instalação de um autêntico “confessionódromo” no Parque do Retiro.
Foram edificados nos jardins duzentos confessionários para que os peregrinos pudessem alcançar o perdão.
O Vaticano deu entretanto uma autorização especial aos sacerdotes para perdoarem o pecado do aborto nas confissões ouvidas durante as Jornadas Mundiais da Juventude (essa é muito boa!).
Mas nem só de profissões de fé se faz a festa. Uma pastelaria de Madrid colocou à venda três bolos comemorativos do evento: com a fotografia de Bento XVI ("Come o Papa, meninos", http://anacruses.blogspot.com/2010/05/afinal-nao-eram-os-comunistas.html ), com a bandeira do Vaticano e com o logótipo das Jornadas Mundiais da Juventude. Esta é talvez uma forma de adoçar a boca aos milhares de espanhóis que protestam contra os gastos do Estado com a visita do papa.
(fonte: Euronews)
Why am I not surprised!?
O último teorema de Fermat (1601-1665)
Hoje é o dia de nascimento do cientista francês Pierre de Fermat, responsável por um dos mais famosos teoremas na matemática, resolvido só em 1995 pelo inglês Andrew Wiles: http://en.wikipedia.org/wiki/Fermat%27s_Last_Theorem .
12/08/2011
11/08/2011
João Leopoldo & Rini Luyks no Espaço SOU - Lisboa
Sábado 6 de Agosto, "almost midnight" no espaço SOU, mini-concerto de João e Rini para duas belas donzelas argentinas Sole e Eli, a quem somos gratos por este registo em vídeo.
09/08/2011
"Apocalipse" - João Habitualmente
Lembrei-me deste poema na insuperável interpretação do saudoso Joaquim Castro Caldas no bar do Chapitô nos anos '90
http://anacruses.blogspot.com/2009/01/homenagem-joaquim-castro-caldas-1956.html
1
recatai-vos velhas
fugi para a igreja
abanai o sino
fechai bem no quarto
o vosso netinho
o vosso menino
para que não veja
para que não saiba
para que não seja
assim como esses
que são cabeludos
que só têm barba
dizem palavrões
e dão encontrões
nas ruas da baixa
aos senhores sisudos
são uns parvalhões
recatai-vos velhas
trazei um polícia
uma esquadra inteira
ai tanta sujeira
imaginem só
andam-se a drogar
até metem dó
a cambalear
isto está perdido
ó velhas fugi
ide para ali
que aqui está fodido
recatai-vos velhas
tapai as orelhas
guardai o menino
fechai-o no quarto
metei-o na cama
para que não veja
para que não ouça
para que não seja
para que não tenha
para que não venha
perdeu-se o respeito
já não há moral
ó velhas fugi
olhem para ali
beijam-se na rua
fodem ao luar
antes de casar
já nem vão à tropa
só querem dinheiro
todo para estourar
já nem vão às putas
mostrar que são homens
ó senhor prior
já nem vão à missa
não têm missal
isto é um horror
vamos mesmo mal
fechai os olhos
não vejais o netinho
guardai-o no fundo
de um quarto comprido
para que não veja
para que não tenha
para que não seja
para que não venha
recatai-vos velhas
que já nem na praia
se consegue estar
ó virgem maria
ó senhor do céu
essas estrangeiras
deu-lhes para andar
de mamas ao léu
a tremelicar
ó velhas cuidado
assim é que não
inda a procissão
só vai no adro
não deixes que a merda
se ponha a medrar
gritai pelas ruas
falai prós jornais
morra a juventude
fine a desvergonha
chamemos quem ponha
estes animais
c'o a corda rente
ó velhas chamai
o presidente
2
libertai-vos velhas
vinde para o sol
dançar rock n' roll
ide até a lua
c'uma ganza fixe
esticai o dedo
apanhai boleia
fumai muito haxixe
ponde a casa cheia
dos nossos poetas
dos nosso malucos
andai de autocarro
a fugir ao pica
libertai-vos velhas
não pagueis a taxa
acabai com a graxa
aos vossos patrões
cagai no juízo
nas boas maneiras
cagai nas peneiras
ó velhas então?
vinde para aqui
para a confusão
ó velhas vesti
uma mini-saia
deixai que vos caia
esse ar tão mortiço
essa cara chocha
mostrai a coxa
gritai uma asneira
uma malandrice
pelos microfones
das rádios-pirata
ouvi os Police
os Rolling Stones
não vos afoguei
em mais água benta
bebei um bagaço
jogai a dinheiro
ide ao cangalheiro
adiai a morte
ide pelo mundo
por estradas à sorte
vinde para aqui
para o reviralho
e se não quiserdes
ide para o caralho!
http://anacruses.blogspot.com/2009/01/homenagem-joaquim-castro-caldas-1956.html
1
recatai-vos velhas
fugi para a igreja
abanai o sino
fechai bem no quarto
o vosso netinho
o vosso menino
para que não veja
para que não saiba
para que não seja
assim como esses
que são cabeludos
que só têm barba
dizem palavrões
e dão encontrões
nas ruas da baixa
aos senhores sisudos
são uns parvalhões
recatai-vos velhas
trazei um polícia
uma esquadra inteira
ai tanta sujeira
imaginem só
andam-se a drogar
até metem dó
a cambalear
isto está perdido
ó velhas fugi
ide para ali
que aqui está fodido
recatai-vos velhas
tapai as orelhas
guardai o menino
fechai-o no quarto
metei-o na cama
para que não veja
para que não ouça
para que não seja
para que não tenha
para que não venha
perdeu-se o respeito
já não há moral
ó velhas fugi
olhem para ali
beijam-se na rua
fodem ao luar
antes de casar
já nem vão à tropa
só querem dinheiro
todo para estourar
já nem vão às putas
mostrar que são homens
ó senhor prior
já nem vão à missa
não têm missal
isto é um horror
vamos mesmo mal
fechai os olhos
não vejais o netinho
guardai-o no fundo
de um quarto comprido
para que não veja
para que não tenha
para que não seja
para que não venha
recatai-vos velhas
que já nem na praia
se consegue estar
ó virgem maria
ó senhor do céu
essas estrangeiras
deu-lhes para andar
de mamas ao léu
a tremelicar
ó velhas cuidado
assim é que não
inda a procissão
só vai no adro
não deixes que a merda
se ponha a medrar
gritai pelas ruas
falai prós jornais
morra a juventude
fine a desvergonha
chamemos quem ponha
estes animais
c'o a corda rente
ó velhas chamai
o presidente
2
libertai-vos velhas
vinde para o sol
dançar rock n' roll
ide até a lua
c'uma ganza fixe
esticai o dedo
apanhai boleia
fumai muito haxixe
ponde a casa cheia
dos nossos poetas
dos nosso malucos
andai de autocarro
a fugir ao pica
libertai-vos velhas
não pagueis a taxa
acabai com a graxa
aos vossos patrões
cagai no juízo
nas boas maneiras
cagai nas peneiras
ó velhas então?
vinde para aqui
para a confusão
ó velhas vesti
uma mini-saia
deixai que vos caia
esse ar tão mortiço
essa cara chocha
mostrai a coxa
gritai uma asneira
uma malandrice
pelos microfones
das rádios-pirata
ouvi os Police
os Rolling Stones
não vos afoguei
em mais água benta
bebei um bagaço
jogai a dinheiro
ide ao cangalheiro
adiai a morte
ide pelo mundo
por estradas à sorte
vinde para aqui
para o reviralho
e se não quiserdes
ide para o caralho!
07/08/2011
João Leopoldo, ontem em Lisboa
Após uma tournée de sucesso na Itália este singular pianista/performer brasileiro actuou ontem em Lisboa, num concerto intimista para uma dúzia de pessoas na livraria/galeria Fabula Urbis (onde em Maio foi gravado o vídeo aqui acima).
Depois estava previsto um concerto no Espaço SOU, mas às 23h30 estavam lá só duas meninas sul-americanas e eu com acordeão, assim fizemos um mini-concerto a dois para duas, mais intimista ainda, em parte gravado em vídeo.
Mal posso esperar para ver as imagens...
06/08/2011
É Doce Morrer no Mar
Música composta em 1941, numa reunião na casa do pai do escritor Jorge Amado, coronel João Amado de Faria. Conforme depoimento do próprio Caymmi "no calor da festa, criei a canção sobre o tema de Mar Morto, romance de Jorge Amado sobre os mestres de saveiros" . Caymmi fez os primeiros versos "é doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar". Em seguida Jorge Amado compôs mais alguns versos "Nas ondas verdes do mar meu bem/ ele foi se afogar/ fez sua cama de noivo/ no colo de Iemanjá..." . Chegou-se a fazer até uma espécie de concurso nessa reunião, onde também fizeram versos os escritores Érico Veríssimo, Clóvis Amorim e outros, mas prevaleceram os versos de Caymmi e Amado.
É doce morrer no mar
(1941)
(Dorival Caymmi e Jorge Amado)
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi a se afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
(1941)
(Dorival Caymmi e Jorge Amado)
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi a se afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
01/08/2011
Cantigas do Maio - Sétima Legião (1994)
Excelente versão deste tema de Zeca Afonso, incluido no álbum de homenagem "Os Filhos da Madrugada" (1994).
A voz de Pedro Oliveira, solos de Paulo Marinho (gaita de foles) e Gabriel Gomes (acordeão), "camadas" de percussões, coros, teclas e cordas.
Sétima Legião no seu melhor.
Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal
Dei-lhe o meu lenço de linho
Que é do mais fino bragal
Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda
Para nela se cobrir
Eu fui ver uma solteira
Numa salinha a fiar
Dei-lhe uma rosa vermelha
Para de mim se encantar
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou
Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para de mim se prender
Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou
Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não param
Umas voltam outras não
Ouvido ontem no carro entre Torres Vedras e Lisboa, foi um bálsamo sobre as almas feridas da equipa do Grupo de Xadrez Alekhine após uma descida da 1ª divisão nacional tão inglória como desnecessária neste fim-de-semana.
Mais sobre esse assunto no blogue http://ogatodoalekhine.blogspot.com/ , mais tarde...
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