11/10/2009

Ave Maria - Vladimir Vavilov (1925-1973)



Ontem assisti na Sé de Lisboa a um concerto "Voz e Órgão" com o soprano Cecilia Blais-Manzoni e o organista Éric Saint-Marc.

O ponto alto foi para mim a interpretação dum "Ave Maria", em geral atribuido ao compositor barroco (?, ver comentários) Giulio Caccini (1551 - 1618), http://meetinginmusic.blogspot.com/2009/07/giulio-caccini-le-nuove-musiche-1601.html , mas que na realidade parece ser obra do compositor contemporâneo russo Vladimir Vavilov (1925 - 1973), http://en.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Fyodorovich_Vavilov .

Das muitas versões que encontrei na net, esta da Simona Gubello está próxima da interpretação que ouvi ontem na Sé...

2 comentários:

Rui Rebelo disse...

Penso que Cuccini foi claramente um compositor renascentista e não barroco como alguns historiadores o apelidam.

Rini Luyks disse...

Pois, Rui: Caccini (1551-1618), as datas parecem remeter para o (fim do) Renascimento ou transição Renascimento/Barroco.
Não sendo perito nem na teoria nem na história da música fui ver uns sites, gostei do blogue "Meeting in Music" (link no post acima).
Este Caccini foi pelos vistos "quite a character" e nem sempre pelas melhores razões...
Sobre a sua obra "Le Nuove Musiche" de 1601 o blogue escreve: "...long before Caccini's first collection of chordally accompanied solo songs appeared in print ("Le Nuove Musiche"), one had composed and performed this type of song. The "newness" of the music primarily lay in the fact that the instrumental parts were not polyphonic but instead formed a chordal accompaniment, as well as in the fact, that one tolerated intervals forbidden by the rules of classical polyphony, such as dissonances or leaps above a chord that has been struck once in order to enhance the expression of the text with "una certa nobile sprezzatura di canto", a certain noble nonchalance, as Caccini called it in the preface of Nuove Musiche".

Um cheirinho do Barroco, então!?