Para quem (como eu) não viu a entrevista de Mário Crespo com o filósofo José Gil, na semana passada logo a seguir ao debate do Estado da Nação, aqui o link:
Vale a pena dedicar vinte minutos de atenção a este grande pensador, mesmo quando a sua análise não é nada optimista: "Ter esta ideia (= do actual Governo) da democracia é monstruoso!"
2 comentários:
Eu ouvi e o tom era de tal modo que quase me apetecia cometer suicídio. Acho bem que veja cruamente as coisas, mas também tem de enquadrar o presente numa dinâmica mais alargada e tentar, de algum modo, descortinar sinais de esperança. Até parece que o que se passa hoje só resulta dos últimos 4 anos e da dimensão governativa. Um pensador tem de ir além da espuma dos dias. Acho eu que sou leiga e, portanto, posso estar errada.
:))
Cara mdsol,
O desencanto de José Gil de certeza não tem ligação partidária.
Ainda tenho um e-mail entusiasmado que enviei ao Francisco José Viegas no início de Fevereiro 2005.
Ele tinha acabado de entrevistar José Gil no programa "Livro Aberto" (RTP 2, infelizmente já desaparecido) por causa da apresentação do seu livro "Portugal hoje - o medo de existir". Para mim era uma lufada de ar fresco ouvir falar este homem, na altura ele tinha muitas críticas em relação aos governos de Duraõ Barroso e Santana Lopes (já primeiro ministro demissionário em 2005).
Acho muito bem que ainda haja pensadores sem papas na língua em Portugal, são mais necessários do que nunca.
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