29/12/2012

Rui Rebelo III

Rui Rebelo

14/12/2012

Rui Rebelo II

Ora cá vai mais uma musiquinha cantada pelo Rui Rebelo e mais uma foto do Rui Rebelo.

Rui Rebelo

03/12/2012

Rui Rebelo

Ora aqui está um post apenas com o meu nome, uma foto minha e eu a cantar uma música linda...
 Rui Rebelo

https://soundcloud.com/ruirebelo/estrela

26/09/2012

Bigodes Band no Festival Big Bang (CCB)



28 e 29 Set 2012
Caminho Pedonal 10:00, 12:45 e 15:30
Praça CCB (Cubo de Vidro) 14:00
Praça CCB 18:00
M/4
Finalmente o tão esperado regresso da Bigodes Band, uma banda mítica do início do século!
Escapados de um filme de Fellini, Luigi, il principe, Aurélio, il diplomatico, Rini, l’olandese trepidante, e António, il piccolo capo, transportam-nos para o universo «fellibigodiano»: têm números perigosos, cantam, discutem muito, dançam o samba, emocionam-se!
Com reportório renovado, a Bigodes Band está de volta para nos dar humor, nostalgia e quilos de swing: uma música única, capaz de fazer chorar as pedras da calçada ou de dar vida a um morto!
Buono divertimento!

Concepção, bateria e percussão antóniopedro
Clarinete, saxofone Luís Bastos
Bombardino Aurélio Alegria
Acordeão Rini Luyks

Coaching encenação Caroline Bergeron
Produção Caótica
Apoio Artemanha

Programa
10:00 Prosciutto con melone - A Bigodes Band dá-lhe as boas vindas, numa prima colazione musical
12:45 Big Hors d´oeuvre – um pequeno antipasti para abrir o apetite
14:00 Primi Piatti – swing, nostalgia, circo, Rota e Fellini: todos os ingredientes da Bigodes, num concerto com muitas calorias, mas das boas!
15:30 Dolce – Sorvete à Nino
18:00 Big Bigodes Band Júnior Finale (com Big Band Júnior)

Unidas pelo seu amor ao swing, a Bigodes Band e a Big Band Junior juntam-se num Big Bang histórico!
Numa espécie de ritual de iniciação, na passagem do buço para o bigode, as duas big-bandas misturam reportórios, improvisações e delírios fellinianos.
Adivinha-se por fim um grande motim, em que António, il picolo capo, irá provavelmente ter um dos seus famosos ataques cardíacos musicais!
Um concerto de pelo na venta!

 


20/09/2012

"O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão" até 30 de Setembro no Teatro Meridional

Miguel Seabra e Rui Rebelo
Que prazer é fazer este espectáculo com o meu amigo Miguel. É todos os dias uma viagem maravilhosa e no final, o retorno das palmas longas, fortes e de pé fazem-nos sentir que esse prazer passa para o público. É tão bom perceber que tocamos mesmo as pessoas...

16/09/2012

Uma manif diferente...

  
Nunca se viu a Praça de Espanha assim, óptima escolha alternativa, já estou farto das romarias à Assembleia da República...
 
 

Um mar de gente, no fundo o talude onde estava antigamente o Teatro Aberto, ao mesmo tempo estavam também a Avenida de Berna e a Avenida António Augusto de Aguiar completamente cheias, meio milhão de pessoas segundo as estimativas, acredito...


 
...pois...
 
 
 
...outro clássico que continua actual, o gajo não estuda pá, é só asneiras...
 
 
...
...rima fácil, mas eficaz... 
 
 
 
...uma miúda sem papas na língua... 
 
 
 
...o país não está à venda: a vibrar com a bandeira no punho...
 
 

15/09/2012

Dar uma sova na troika - ensaio na cozinha

 
A troika portuguesa: Pedro P. Coelho, Gasparzinho e M. Rãlvas... 
 
 

                                                              ...já em posição para levar a tão merecida sova


 
Olá, aqui estou eu, preparadíssimo ...
 
 
 
..e concentradíssimo para dar uma sova a valer...
 
 
 
Zás! logo nas orelhas, uma sova bem feita! 
 
Hoje à tarde há mais, 17h00 Praça José Fontana!

19/08/2012

1º Festival "Cinema Bioscoop"



"Cinema Bioscoop", o primeiro Festival de Cinema em Língua Neerlandesa vai decorrer de 6 a 9 de Setembro no Teatro do Bairro.

Programa no site: http://www.cinemabioscoop.eu/start.htm   

Link Facebook: http://www.facebook.com/CinemaBioscoop

69 %


(o meu post de hoje no Facebook)
69% dos universitários querem emigrar depois de acabar o curso, segundo um estudo publicado em toda a comunicação social e por isso também n' "A Bola",
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=347201 

(aparte, site que consultei por outra razão: o resultado de Benfica-Braga 2-2 com o novo jovem lateral benfiquista Melgarejo decisivo e de que maneira: marcou o primeiro golo do Braga na próprio baliza e contribuiu para o segundo com um mau alívio para Alan, http://www.dailymotion.com/video/xswsqc_benfica-2-2-sc-braga-resumo_sport , a responsabilidade é de Jorge Jesus, claro, ai Fábio Coentrão, como você faz falta...),

69% então, dizia eu, número preocupante segundo o inquérito... também "curioso número" segundo o então presidente da Assembleia da República João Bosco Mota Amaral em 2002 no Parlamento
 ( http://www.youtube.com/watch?v=IwPIN8XHhx0  ).
No caso dele valeu um antigo ditado que aprendi há pouco: "pode mais um pentelho de gaja, que uma junta de bois" (= quando as hormonas dominam o cérebro).

Com a actual presidente Assunção Esteves deve haver menos "espectáculo de vernáculo", ela está mais preocupada com a tão merecida (aos 42 anos) reforma de 7000 euros por 10 anos de trabalho como juiza do Tribunal Constitucional
( http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=34253  ).

Mas que confusão deliciosa este post, só no Facebook.

(e agora também no Anacruses)

19/07/2012

Espectáculo de Honra 2013 do Festival de Almada

O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão

(Miguel Seabra e Rui Rebelo)

16/07/2012

"O Sr. Ibrahim e as Flores do Corão" estreia no Festival de Almada

Em Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de onze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua Bleue. Mas as aparências iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu. No ano em que o Teatro Meridional comemora 20 anos de existência e numa altura em que o contexto social e político promove a insegurança, contamos uma história em que a simplicidade e a dimensão afectiva são o esteio da representação: o “encontro” de um homem com outro homem que aconteceu no tempo de uma vida. Se cada um de nós olhar para trás na sua vida, perceberá certamente que existiu, existiram e/ou existem figuras tutelares que determinam as pessoas que hoje somos. E, porque tantas vezes nos cruzamos com elas sem lhes devolver o seu significado profundo ou as deixamos partir sem lhes dizer a importância que tiveram, este é um texto sobre a escolha de caminhos e a importância da amizade.
Teatro Meridional

Eric-Emmanuel Schmitt é um dos dramaturgos de língua francesa mais lidos e representados no Mundo. Os seus livros foram traduzidos para 43 línguas e as suas peças são representadas regularmente em mais de 50 países. Continua a escrever imparavelmente – muitas vezes ao ritmo de uma peça ou mais por ano. Em 2000 recebeu o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto da sua obra teatral, e em 2004 o Grande Prémio do Público, em Leipzig.

Intérpretes Miguel Seabra, Rui Rebelo
Tradução Carlos Correia M. Oliveira
Espaço cénico Marta Carreiras, Miguel Seabra
Figurinos Marta Carreiras
Música original e sonoplastia Rui Rebelo
Desenho de luz Miguel Seabra
Montagem Marco Fonseca, Nuno Figueira
Operação de luz e som Nuno Figueira
Produção executiva Natália Alves
Direcção de produção Maria Folque
Direcção artística do Teatro Meridional Miguel Seabra, Natália Luiza

28/05/2012

Há 15 anos...


(clicar para ampliar...um pouco)

17/05/2012

Festa dos Contos 2012 - Montemor-o-Novo



18 e 19 de Maio, começa já amanhã!

Mais info:
http://festadoscontos.blogspot.pt/

Passagem pela Primavera Global




O que quis dizer com o seguinte comentário a um dos posts no Facebook group “Primavera Global”  é que para mim as manifs em todas as suas aparências, sendo necessárias, não são suficientes como protesto, pois não põem em causa o Sistema que provoca todos os males, são absorvidas pelo próprio Sistema, não são uma ameaça para a “democracia totalitária”, uma temática já abordada em 1964 pelo filósofo Herbert Marcuse em “One Dimensional Man” e outros textos.
Defendo a Desobediência Civil, a não-colaboração não-violenta em todas as suas possíveis vertentes, uma prática já defendida há séculos (Étienne de La Boétie – séc. 16, Henry David Thoreau e Tolstoi - séc. 19), até aos nossos dias Gandhi, Martin Luther King, Dalai Lama…

Passagem pela Primavera Global

No domingo à noite passei pelo Parque Eduardo VII / acampamento Primavera Global com o meu acordeão nas costas, ambiente de tertúlia/debate, cozinha vegetariana, uma “árvore dos pecados”, um espaço Gandabaile, onde não toquei porque estava cansado após uma actuação (tipo ensaio) de uma hora e meia com um clarinetista, precário também, na Rua do Carmo, actualmente um local de trabalho ao fim de tarde/noite quando não há outro ou seja: frequentemente.
Rendimento no chapéu: 12 euros e 43 cêntimos, a dividir por dois, costuma ser um pouco melhor...

Outras entradas no diário precário deste mês de Maio:
- malabarismos contabilísticos cinzentos para tentar salvar dois espectáculos para duas Câmaras Municipais a exigir Declarações de Não-Dívida, agora não só às Finanças mas também à Segurança Social (novo para mim), uma complicação, porque desde 1 de Janeiro 2011 a minha relação com os Serviços da Segurança Social é de Desobediência Civil Assumida http://anacruses.blogspot.pt/2011/03/war-zone-ii.html , texto que enviei aos referidos Serviços com acusação de recepção pelos mesmos;
- interrupção pela polícia no dia 1 de Maio às 17h00, após queixa anónima de vizinhos, dum ensaio caseiro (não há dinheiro para ensaiar em estúdio) do Tchekhov Trio (composição do trio: 1 contrabaixo, 1 clarinete, 1 acordeão, não amplificados) a preparar a estreia no Adufe Bar no sábado passado (próximo espectáculo em Junho na Casa Conveniente, a anunciar em breve); ameaça de multa de 150 euros em caso de recidiva;
- interrupção pela Polícia Municipal da minha actuação na Rua do Carmo, dia 3 de Maio às 21h30, após queixa anónima. Fui abordado por dois polícias, montados em Segway human transporters “sempre em pé” (crisis? what crisis?), um deles, um extra-terrestre preto com capacete branco perguntou-me: “Where do you come from?” Tentação de responder: “I’m from Mars. And you, where do you come from?”; ameaça de multa 150 euros em caso de recidiva.
Um músico de rua em Lisboa deve pagar à Câmara uma taxa de 350 euros, chamada pelo funcionário de serviço: “taxa de desincentivo” (que não haja dúvida), mais uma taxa de aluguer de um metro quadrado de rua (ouvi dizer), também de várias centenas de euros.
Comparação: Há cidades (Londres, Sydney) onde a Câmara PAGA músicos para tocar na rua (ouviu, Exmo. Sr. António Costa!?).




07/05/2012

O Macro e o micro


The Universe made possible by Number Sleuth

14/04/2012

Centenário de Robert Doisneau (1912 - 1994)



O fotógrafo Robert Doisneau nasceu há cem anos.
Aqui a sua imagem mais famosa: "O beijo do Hotel de Ville" (1950)

"As maravilhas da vida cotidiana são tão emocionantes. Nenhum director de filmes pode organizar o inesperado que você encontra na rua" - Robert Doisneau

http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Doisneau

07/04/2012

"Pour un flirt" - Michel Delpech (1971)



Quando andávamos todos com calças à boca de sino...la la la la la la...pois é...

26/03/2012

A Morte de Danton no D. Maria, até 22 de Abril


























A MORTE DE DANTON de Georg Büchner
Tradução Maria Adélia e Jorge Silva Melo
Com Miguel Borges, Pedro Gil, Sylvie Rocha, João Meireles, Maria João Pinho, Rita Brütt, Afonso Lagarto, Alexandra Viveiros, Américo Silva, António Simão, Elmano Sancho, Estêvão Antunes, Gustavo Vargas, Hugo Samora, Joana Barros, João Delgado, João de Brito, José Neves, Luís Moreira, Marco Trindade, Mafalda Jara, Mirró Pereira, Nuno Bernardo, Nuno Pardal, Pedro Luzindro, Pedro Mendes, Tiago Matias, Tiago Nogueira, Ricardo Neves-Neves, Rúben Gomes, Rui Rebelo, Vânia Rodrigues e estagiários da ESTC (Bernardo Nabais, Damião Vieira, Daniel Viana, Diogo Tormenta, Filipe Velez, Isac Graça, Ivo Silva, João Pedro Mamede, João Ventura, Pedro Loureiro, Rafael Gomes, Ricardo Teixeira) Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Direcção Musical Rui Rebelo Assistência Leonor Cabral Encenação Jorge Silva Melo Em Co-Produção com o Teatro Nacional D. Maria II /Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura/ Artistas Unidos

No Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) 2 e 3 de Março de 2012
No Teatro Nacional D. Maria II (Sala Garrett) de 15 de Março 22 de Abril de 2012

Danton Sabemos tão pouco um do outro. Somos elefantes de pele grossa, estendemos as mãos, mas é uma perca de tempo, roçamos só os nossos couros um contra o outro - estamos muito sós.
Georg Büchner, A Morte de Danton

Pretender fazer A Morte de Danton, o enigmático texto de Georg Büchner é desejo profundo de quem começou a dirigir espectáculos nos velhos anos 70 daquele outro século, sanguinário também. Porque é na Morte de Danton que se lançam todas as questões do teatro que depois nos viria a interessar, é nela que a herança de Shakespeare é ultrapassada e o seu sopro histórico absorvido. Peça desequilibrada, insólita, premonitória, desarrumada, desalinhada - em que às cenas de multidão se sucedem as insónias mais íntimas, em que a História é vista como um pesadelo nocturno, peça de um negro pessimismo, é a peça sangrenta de um rapaz fixando a morte. E a mim sempre me interessaram os escritos de juventude. Do jovem Brecht à jovem Sarah Kane, do jovem Harrower ao jovem Fosse ou ao José Maria Vieira Mendes - tenho-me encontrado sistematicamente entre aqueles que afinam ainda a voz, que ainda não encontraram o equilíbrio formal, que ainda sangram. E A Morte de Danton é esse texto: as convulsões da História vistas por um rapaz perplexo, aflito, inseguro, perante a morte.
Jorge Silva Melo

A peça segue o destino de George Danton, poderoso orador e líder das forças antimonárquicas pós-revolucionárias, que se volta contra o poder exercido pelos seus correligionários (nomeadamente Robespierre) e tenta parar as medidas que trazem tanto sofrimento ao povo. Robespierre manda prendê-lo e usa o Tribunal para condenar Danton e toda a oposição à morte, consolidar o seu poder e chacinar inúmeros milhares de homens, mulheres e crianças. Mas, “em vez de um drama, em vez de uma acção que se desenrola, se intensifica e enfraquece, A Morte de Danton segue os últimos sobressaltos e os últimos estertores que precedem a morte”, escreveu Karl Kutzov, mal leu o texto que Büchner, lhe enviou. O sofrimento e a morte ocupam um lugar preponderante no drama: a morte seria uma “doença que faz perder a memória” , ela é “a encantadora senhora Putrefacção” “o grande manto sob o qual todos os corações deixam de bater e todos os olhos se fecham”; uma realidade obcecante, que as pessoas desafiam e temem. Sofrer é um pensamento insuportável: “Não receio a morte, mas a dor, ela é o único pecado, e o sofrimento é o único vício”.
Jean-Louis Besson, Le thèâtre de Georg Büchner

Büchner, apaixonadamente humano, politicamente rebelde, manifestando-se com impaciência, queria claramente que a forma da sua peça se ajustasse às suas visões radicais das personagens, da política e da história. A Morte de Danton é a primeira peça a começar depois do seu clímax. O destino do protagonista já está mais que decidido antes de a peça começar. A peça poderia igualmente chamar-se Danton a Morrer. A peça ainda nem tem um minuto e já nós estamos completamente imersos nela. Ao longo da peça, cenas longas e curtas, activas e introspectivas quase se atropelam umas às outras. A ideia da fusão de cenas através de mudanças de luzes, algo muito familiar ao teatro de hoje - e, claro, ao cinema - era rudimentar num teatro que ainda não tinha, nem tinha sequer concebido, a iluminação eléctrica.
Stanley Kauffmann, Büchner: A Revelation

12/03/2012

Amina Alaoui - Lamento de Tristan



No CCB, quarta-feira dia 14 às 21h00.

"Depois de colaborar num registo com Jon Balke, Arco Iris marca a estreia de Amina Alaoui no catálogo da ECM com um projeto próprio. Cantora versátil e de influências diversas, Alaoui, que nasceu em Fez, explora as relações entre o flamenco, o fado e a música do Magrebe e do al-Andalus. É uma música quente e exótica, cujas sonoridades nos soam estranhamente familiares."

Amina Alaoui voz, daf
Saïfallah Ben Abderrazak violino
Sofiane Negra oud
José Luis Montón guitarra flamenca
Eduardo Miranda bandolim
Idriss Agnel percussão, guitarra elétrica

10/03/2012

"Whiter Shade of Pale" - Procol Harum (1967 & 2006)



Quase 40 anos separam as duas versões do "top-hit" dos Procol Harum, segundo a Wikipedia a música mais tocada no Reino Unido nos últimos 75 anos, com mais de 1000 versões "cover" Espantoso o vocalista Gary Brooker, quem não gostaria de conservar a voz assim?


"We skipped the light fandango
turned cartwheels 'cross the floor
I was feeling kinda seasick
but the crowd called out for more
The room was humming harder
as the ceiling flew away
When we called out for another drink
the waiter brought a tray

And so it was that later
as the miller told his tale
that her face, at first just ghostly,
turned a whiter shade of pale

She said, 'There is no reason
and the truth is plain to see.'
But I wandered through my playing cards
and would not let her be
one of sixteen vestal virgins
who were leaving for the coast
and although my eyes were open
they might have just as well've been closed

And so it was that later
as the miller told his tale
that her face, at first just ghostly,
turned a whiter shade of pale."

09/03/2012

Livraria Portugal (1941 - 2012)



A Livraria Portugal na Rua do Carmo fechou na semana passada e ontem à noite assisti ao vivo à demolição do interior.
Mais um histórico espaço de cultura que desaparece, resistiu ao incêndio de 1988, não resistiu a esta crise.

Algumas imagens:
http://oarqueolojista.blogspot.com/2012/02/livraria-portugal.html

Entrevista com o funcionário mais antigo Joaquim Carneiro e sócio António Machado:
http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=65c6abb8-3576-4b1d-b4ca-115e8372841c

23/02/2012

José Gil sobre o Acordo Ortográfico


Parece que, a pouco e pouco, o Acordo Ortográfico vai perdendo terreno. Todos os argumentos que o criticam foram já repetidamente enunciados: desde a importância da etimologia ser irreconhecível nas palavras desfiguradas, ao facto, intolerável, de se impedir assim o livre desenvolvimento e transformação do português. Este é, sem dúvida, um dos aspectos mais graves desse Acordo imposto artificialmente a todo um mundo de falantes da língua portuguesa.

Uma língua é um organismo vivo e, segundo o seu contexto social, geográfico, histórico, demográfico, económico, geopolítico, transforma-se imprevisivelmente. É a multiplicidade livre dos movimentos que fazem evoluir naturalmente uma língua que permite o surgimento de casos extremos, geniais, que subvertem a língua ao ponto de inventarem novas sintaxes dentro da sintaxe habitual: esses casos, revolucionários, como o de Guimarães Rosa ou de Pessoa, só são possíveis quando o espaço virtual de liberdade interna da língua se solta e ousa, para além do uso rotineiro e correcto da gramática.
Então nascem novas gramáticas (como a do Livro do Desassossego ou a do Grande Sertão: Veredas), novas palavras e expressões, os horizontes da língua abrem-se indefinidamente (até onde Pessoa poderia ter ido para além de onde foi? Ninguém duvida que poderia ter ido mais longe ainda, mas ninguém sabe para onde e até onde teria ido). Então descobre-se a maravilha de ser possível uma outra expressão linguística, um insuspeitável sentido das coisas, um outro pensamento. E uma outra expressão é uma dimensão até ali escondida, por dizer e para ser dita, da liberdade. Porque impede (ou entrava) tudo isto, o AO é repressivo e destruidor.

MAS NÃO SÃO Só AS POSSIBILIDADES dos casos extremos que são afectadas. Porque todos nós vivemos nesse meio natural das distâncias soltas e invisíveis que a língua cria a cada instante: no calão (língua do corpo), no humor, no jogo certeiro de um argumento, na invenção, por uma criança, de um palavrão. Vivemos mergulhados na liberdade da língua, para a qual permanentemente contribuímos. É que nós dizemos mesmo o que não sabemos que dizemos. Através do inconsciente da língua, o sentido físico, arcaico, dos fonemas, as sensações ligadas às letras, a doçura e a aspereza do ar inspirado e expirado no som inarticulado ou palreado pelo bebé são retomados sem o saber pelo adulto na palavra articulada. A ortografia é afectiva, polissémica, racional e fugidia, conectiva e disjuntivas (aliterações, ressonâncias, ritmos, cromatismos, etc), indutora de associações com novas palavras e construindo non-sens. Induz um espaço indefinido de criação. Como eu amava «auto-retrato» e me sinto esmagado pelo «autorretrato»! Porque contraria este movimento natural da escrita, o AO é néscio e grosseiro.

UM ÚLTIMO EFEITO, talvez o mais grave: o Acordo mutila o pensamento. A simplificação das palavras, a redução à pura fonética, o «acto» que se torna «ato», tornam simplesmente a língua num veículo transparente de comunicação. Todo o mistério essencial da escrita que lhe vem da opacidade da ortografia, do seu esoterismo, desaparece agora. O fim das consoantes mudas, as mudanças nos hífenes, a eliminação dos acentos, etc, transformam o português numa língua prática, utilitária, manipulável como um utensílio. Com se expusesse todo a seu sentido à superfície da escrita. O AO afecta não só a forma da língua portuguesa, mas o nosso pensamento: com ele seremos levados, imperceptivelmente, a pensar de outro modo, mesmo se, aparentemente, a semântica permanece intacta. É que, além de ser afectiva, a ortografia marca um espaço virtual de pensamento. Com o AO teremos, desse espaço, limites e contornos mais visíveis que serão muros de uma prisão onde os movimentos possíveis da língua empobrecerão. Como numa suave lavagem de cérebro.

(Agradecimento à revista Visão de 16/02/2012)

Foi há 25 anos - Zeca sempre


Faz hoje 25 anos que morreu Zeca Afonso.

Há tributos em vários lugares, em Lisboa na Academia de Santo Amaro em Alcântara:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=559918

Há 5 anos houve, muito a propósito, dois posts em simultâneo neste blogue:
- http://anacruses.blogspot.com/2007/02/zeca-afonso_23.html

Dies irae - Theatrum - Rodrigo Leão & Vox Ensemble (1996)


O meu apelido sempre foi um problema neste país ("Rini Luyki"!? - clicar para ampliar), mas gostei de colaborar neste álbum.

06/02/2012

François Truffaut nasceu há 80 anos

Não costumo ir atrás das efeméridas sugeridas pelo Google, mas no caso do cineasta François Truffaut (1932 - 1984) existe justificação.
Eu não fazia ideia que a sua vida demasiado curta tinha sido tão dramática e impetuosa, excelente retrato na Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Truffaut

Aqui o trailer de uma das suas obras primas: "Jules et Jim" (1962)

04/02/2012

Glenn Gould - 32 Variations in C minor - Beethoven



Um bom exercício para o ouvido...hoje logo de manhã na Antena 2.

02/02/2012

Libertação



Finalmente!

01/02/2012

Mísia - "Senhora da Noite" - 4 de Fevereiro no Teatro São Luiz!


"Senhora da Noite" representa um claro retorno de Mísia - 10 anos depois de Ritual (2001) - ao fado tradicional, o terreno emocional mais íntimo da cantora. Pela primeira vez na gravação de um disco de fado, poesia escrita exclusivamente por mãos femininas: por escritoras e poetisas, como Agustina Bessa-Luís, Hélia Correia, Lídia Jorge, Florbela Espanca, Natália Correia, Manuela de Freitas, Maria do Rosário Pedreira, Rosa Lobato de Faria; por cantoras e fadistas, como é o caso de Amália Rodrigues, Amélia Muge, Adriana Calcanhotto e Aldina Duarte ou a própria Mísia. Um trabalho onde se evidencia o estatuto criativo da Mulher. Reencontramos aqui a sonoridade de Mísia constituída pela base tradicional do fado (guitarra portuguesa, viola de fado e baixo acústico) e a cumplicidade musical do acordeão, violino e piano. Este é também um trabalho que assinala 20 anos de carreira discográfica da cantora.

e ainda...

AS AUTORAS DE SENHORA DA NOITE
3 FEV
SEXTA ÀS 19H00
JARDIM DE INVERNO
ENTRADA LIVRE

Lídia Jorge, Amélia Muge e Teresa Villaverde à conversa com Mísia, num encontro moderado por Nuno Pacheco, onde se falará sobre o estatuto criativo da Mulher no fado e não só, para além do seu papel habitual de médium/intérprete. Também se abordará a experiência de escrever para este género musical, sendo esta uma estreia para algumas das convidadas.





P.S. Sou fã dela, claro está...

Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros

Reformas na Suíça com tecto máximo de 1700 euros - Mundo - Notícias - RTP

Suiça, um país bem mais quente do que Portugal...

31/01/2012

Cabaret Arte & Manha + Bigodes Band


No domingo passado a "reborn" Bigodes Band acompanhou os números do Cabaret Arte & Manha com música de Nino Rota para films de Federico Fellini.


26/01/2012

Theodoros Angelopoulos (1935-2012)

Como se os gregos ainda não sofressem o suficiente: perderam anteontem o seu maior cineasta, vítima dum estúpido acidente de atropelamento.

Palma de Ouro em Cannes 1998 para "A Eternidade e um Dia"

24/01/2012

Petição Pedido de Demissão do Presidente da República



Para:
Cidadãos Portugueses

Nas suas recentes declarações enquanto Presidente da República Portuguesa o Sr. Aníbal Cavaco Silva afirma temer que as suas pensões num total acumulado 10.042€ (em 2011), sendo uma delas através do Banco de Portugal a qual não esteve sujeita aos cortes aplicados aos restantes cidadãos da Republica Portuguesa, não sejam suficientes para suportar as suas despesas, estas declarações estão a inundar de estupefacção e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros".

Perante tão grande falta de senso e de respeito para com a População Portuguesa, entendem os abaixo-assinados cidadãos que Presidente da República Aníbal António Cavaco Silva, não reúne mais condições nem pode perante tais declarações continuar a representar a população Portuguesa.

Peso isto bem como o medíocre desempenho do Sr. Presidente da República face à sua diminuta intervenção nos assuntos fundamentais e fracturantes da Sociedade Portuguesa, os cidadãos abaixo assinados vêm por este modo transmitir que não se sentem representados, nem para tal reconhecem autoridade ao Sr. Aníbal António Cavaco Silva e pedem a sua imediata demissão do cargo de Presidente da República Portuguesa.

Os signatários


Assinar petição em: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N19482

15/01/2012

"As ruas são tão tristes..." - fotos do elenco

Duas noites com casa cheia (400 e tal lugares) no Teatro da Trindade, isso significa que este espectáculo musical merece ter continuação.
Aqui umas imagens dos intervenientes (fotos Alípio Padilha)

José Vitorino e Márcia Cardoso (no fundo Martim Pedroso) - "Bom dia, como está?!?... "Mal!"

Victor Gonçalves - "Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso..."

Inês Lago - "Estou triste, eu estou mesmo, mesmo triste..."

Alexandra Viveiros - "Póóó-óóó-óóór-co!!"


Paula Só - "O que é humano é terrível e possui uma espécie de palpitante e ambígua beleza..."

O coro...
...e os músicos
Faltam os criadores/encenadores Ana Ribeiro e António Duarte (também músico), aos quais agradecemos o convite.

04/01/2012

"As ruas são tão tristes..."


"As ruas são tão tristes, precisam de mais luz..."
13 e 14 de Janeiro de 2012
21h
Teatro da Trindade

Este espectáculo é a última parte de um tríptico, que começou em Junho com " Ignorância é força" na sala-estúdio do Teatro da Trindade, seguiu-se em Julho " Quem Controla o passado, controla o futuro" no Teatro de Turim.

"As ruas são tão tristes precisam de mais luz" é uma psicanálise musical do momento politico e social que atravessamos.

Convoca memórias: umas recalcadas, outras esquecidas e aquelas que o consciente colectivo se recusa a abandonar.

Um manifesto? Um concerto? Teatro?
Pouco importa, a procura é: questões de todos para todos. Cantai.

De: Ana Ribeiro e António Duarte

Com: Alexandra Viveiros, Berta Bustorff, Dadá, Carmo Gelpi, Dora Pinto, Elizabete Claro, Helena Guimarães,
Inês Lago, Joaquim Carpelho, José Antunes Lopes, José Fonseca, José Vitorino, Marçal Alves, Márcia Cardoso, Maria do Céu Lopes, Maria de Fátima Dias, Maria Silva Baptista, Marina Pascoal, Martim Pedroso, Paula Só, Ricardo Valente, Victor Gonçalves

Músicos/Arranjos: António Duarte ( Piano), Alexandre Sousa Carvalho (Guitarra), Gonçalo Lopes (Clarinete), João Madeira ( Contrabaixo), Miguel Raposo ( Bateria) e Rini Luyks ( Acordeão)

Co-produção:
Organização e Teatro da Trindade/ Inatel

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