Dia 17 de Setembro, em Wall Street performers e cidadãos indignados protestam frente à Bolsa de New York contra a irresponsabilidade e desgoverno de banqueiros e politicos, em vários pontos da europa acçções semelhantes se realizam neste dia. Em Portugal, convido tod@s os artistas e pessoas ligadas ao sector da Cultura e das Artes a manifestarem na rua a sua indignação face ao actual estado de desmantelamento da arte e da Cultura em Portugal ou de como argumentos economicistas de duvidosa consistência pretendem "acabar de vez com a Cultura!" A pergunta é afinal a mesma que em muitos outros sectores da sociedade portuguesa: porque é que têm de ser os trabalhadores e criadores do sector das artes e da cultura (e o público que as desfruta) a pagar a crise que não provocaram?
Nestes últimos anos, o sector da cultura e das artes tem sido palco de uma inaceitável política de desinvestimento, desmantelamento e desertificação que nos afecta a tod@s como cidadãos: morte anunciada dos modelos de apoio estatal à arte e cultura, extinção da tutela ministerial destas áreas, precaridade e desemprego artistico exponencial, desencentivo na formação artística nas escolas em todos os graus de ensino, limitação dos espaços de intervenção artística, julgamentos inaceitáveis em plena democracia, encerramento de espaços culturais, falta de apoio a festivais e eventos artísticos, impasse eternizado na definição das carreiras artísticas ou no estatuto de trabalhador intermitente, museus e centros culturais abandonados e sem recursos, lei do mecenato completamente inadequada, regulamentação e "vigilência" do espaço público como espaço de criação e àgora democrática, investimento apenas na "mercadorização" de produtos de consumo rápido ou mega-eventos sem sustentabilidade, inviabilização de projectos experimentais ou alternativos de intervenção artística ou cultural por mera "aritemética mercantil", "imposição" (mais ou menos explicita) de regras, modelos ou de processos criativos para cumprir metas estatísticas de "resultados artísticos" dependentes de financiamentos públicos, entre muitas outras medidas. A meta do 1% do orçamento geral para a Cultura é hoje uma anedota de corredores ministeriais. Os trabalhadores do sector da Arte e Cultura têm sabido manifestar por diversas ocasiões este desconforto, esta indignação, e até o empenhamento em procurar soluções alternativas. Aproveitemos este dia para nos mostrarmos indignados na rua, no espaço público, partilhando com a população, com as pessoas, a nossa profunda discordância com estas políticas suicidárias que os responsáveis do país têm, de uma forma ou de outra, levado a cabo. Acabar de vez com a Cultura - cujo direito de acesso é um preceito constitucional e um direito humano inalianável - é abandonar definitivamente o barco...os públicos, os estudantes e os trabalhadores do sector das Artes e da Cultura podem na rua exprimir, ensaiar e propôr uma outra visão do mundo, talvez melhor do que a triste visão que nos têm oferecido nestes últimos tempos certos políticos e banqueiros...
Uma mera sugestão performativa para o dia 17 de Setembro: que se apresentem na rua com os vossos instrumentos de trabalho (corpo, instrumentos musicais, livros, poemas, objectos, partituras, malabares, pinceis, gravadores e camaras, etc) com uma única frase escrita num cartaz, no corpo, na obra, na partitura: Artista Indignado!
Depois, a conversa fluirá na direcção que cada um quiser...e na direcção daqueles que vos interpelarem na rua. Convidamos tod@s os que se quieram juntar ao protesto, artistas e criadores, trabalhadores do sector das artes e da cultura, público e espectadores emancipados e indignados.
Concentração final pelas 19h na Praça do Rossio de tod@s os trabalhadores e criadores das Artes e da Cultura e do público em geral para se promover o diálogo, estimular a discussão, e apresnetar propostas.
Para que não se acabe de vez com a Cultura!
Indignação Geral!
Nestes últimos anos, o sector da cultura e das artes tem sido palco de uma inaceitável política de desinvestimento, desmantelamento e desertificação que nos afecta a tod@s como cidadãos: morte anunciada dos modelos de apoio estatal à arte e cultura, extinção da tutela ministerial destas áreas, precaridade e desemprego artistico exponencial, desencentivo na formação artística nas escolas em todos os graus de ensino, limitação dos espaços de intervenção artística, julgamentos inaceitáveis em plena democracia, encerramento de espaços culturais, falta de apoio a festivais e eventos artísticos, impasse eternizado na definição das carreiras artísticas ou no estatuto de trabalhador intermitente, museus e centros culturais abandonados e sem recursos, lei do mecenato completamente inadequada, regulamentação e "vigilência" do espaço público como espaço de criação e àgora democrática, investimento apenas na "mercadorização" de produtos de consumo rápido ou mega-eventos sem sustentabilidade, inviabilização de projectos experimentais ou alternativos de intervenção artística ou cultural por mera "aritemética mercantil", "imposição" (mais ou menos explicita) de regras, modelos ou de processos criativos para cumprir metas estatísticas de "resultados artísticos" dependentes de financiamentos públicos, entre muitas outras medidas. A meta do 1% do orçamento geral para a Cultura é hoje uma anedota de corredores ministeriais. Os trabalhadores do sector da Arte e Cultura têm sabido manifestar por diversas ocasiões este desconforto, esta indignação, e até o empenhamento em procurar soluções alternativas. Aproveitemos este dia para nos mostrarmos indignados na rua, no espaço público, partilhando com a população, com as pessoas, a nossa profunda discordância com estas políticas suicidárias que os responsáveis do país têm, de uma forma ou de outra, levado a cabo. Acabar de vez com a Cultura - cujo direito de acesso é um preceito constitucional e um direito humano inalianável - é abandonar definitivamente o barco...os públicos, os estudantes e os trabalhadores do sector das Artes e da Cultura podem na rua exprimir, ensaiar e propôr uma outra visão do mundo, talvez melhor do que a triste visão que nos têm oferecido nestes últimos tempos certos políticos e banqueiros...
Uma mera sugestão performativa para o dia 17 de Setembro: que se apresentem na rua com os vossos instrumentos de trabalho (corpo, instrumentos musicais, livros, poemas, objectos, partituras, malabares, pinceis, gravadores e camaras, etc) com uma única frase escrita num cartaz, no corpo, na obra, na partitura: Artista Indignado!
Depois, a conversa fluirá na direcção que cada um quiser...e na direcção daqueles que vos interpelarem na rua. Convidamos tod@s os que se quieram juntar ao protesto, artistas e criadores, trabalhadores do sector das artes e da cultura, público e espectadores emancipados e indignados.
Concentração final pelas 19h na Praça do Rossio de tod@s os trabalhadores e criadores das Artes e da Cultura e do público em geral para se promover o diálogo, estimular a discussão, e apresnetar propostas.
Para que não se acabe de vez com a Cultura!
Indignação Geral!
3 comentários:
Estar lá às 17h00 não vou conseguir por causa do ensaio geral para o "Baile no Jardim" no Maria Matos, onde sou responsável para a coordenação musical.
Mas espero estar na concentração às 19h00.
espero que consigas ir. e se conseguires levar o acordeão seria fantástico.
I was there, na grande batucada final!
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